DESFADO
ANA MOURA
COMPOSitor: Pedro da Silva Martins
ÁLBUM: DESFADO
GÊNERO: FADO
GRAVADORA: Universal Music Portugal, S.A.
Lançamento: 12 de novembro de 2012

Indicações: World Music Award: Melhor Álbum do Mundo

NOTA: A acompanhar a fadista nos seus espectáculos ao vivo estarão Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola de fado), André Moreira (baixo e contrabaixo), João Gomes (teclados) e Márcio Costa (bateria e percussões).


Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro


Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande certeza de não estar certa de nada
HINO AO AMOR
MAYSA
AUTOR: EDITH PIAF E MARGUERITE MONNOT
VERSÃO: ODAYR MARSANO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MAYSA É MAYSA... É MAYSA... É MAYSA...
GRAVADORA: RGE
GÊNERO: CANÇÃO ROMÂNTICA
ANO: 1959
 
              Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (Rio de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora, instrumentista e atriz brasileira.
          Maysa nasceu numa família tradicional do Espírito Santo. Era filha de Alcebíades Guaraná Monjardim, e Inah Figueira Monjardim, e possuía um único irmão. A cantora era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes, e bisneta do comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, que presidiu a província do Espírito Santo por treze vezes, e que foi membro da junta governativa capixaba de 1822-1824. Sua família, os Monjardim, eram donos da histórica Fazenda Jucutuquara, em Vitória, Espírito Santo. A sede da fazenda, hoje é o Museu Solar Monjardim, no bairro Jucutuquara, em Vitória. A fazenda era propriedade do capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, trisavô de Maysa. A filha e herdeira do capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, Ana Francisca Maria da Penha Benedito Homem de Azevedo, casou-se com o comendador José Francisco de Andrade e Almeida Monjardim, passando a fazenda a ser propriedade da família Monjardim.
            Nascida e criada em uma mansão no tradicional bairro carioca de Botafogo, em 1947 a família mudou-se para Bauru, no interior paulista, devido à transferência de posto de trabalho de seu pai. Posteriormente, em 1950, mudaram-se para a Cidade de São Paulo, onde Maysa estudou, na adolescência, no tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca, e, contra sua vontade, foi enviada aos sete anos de idade por seus pais para estudar no colégio interno de freiras Sacré-Cœur de Marie, em Paris, onde toda menina de família rica e tradicional deveria estudar para ter um bom currículo, só tendo voltado ao Brasil aos 11 anos, quando sua família saiu do Rio para Bauru.
       Desde criança sonhava em ser cantora. Se apresentava cantando e tocando violão apenas para os familiares. Com aptidão natural para a música, só estudou canto para se aperfeiçoar. Era uma jovem a frente de seu tempo. Gostava de beber e fumar em público, além de usar cabelos curtos e calças, hábitos masculinos na época, o que causava atritos familiares. Apesar disto, era extremamente vaidosa, e romântica, gostando de escrever, além de músicas, poemas e cartas de amor. Casou-se aos dezoito anos em uma grande cerimônia na Igreja da Sé com seu noivo, o empresário André Matarazzo, amigo de sua família há muitos anos, e dezessete anos mais velho que a cantora, por quem ela era secretamente apaixonada desde adolescente. Após o matrimônio, passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. Seu marido era membro do importante ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, donos de uma fortuna bilionária e das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo - durante décadas o maior complexo industrial da América Latina. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de cinema e telenovelas.
           Desquitou-se do marido em 1957: Ele não aceitava a vocação de cantora da esposa, não apoiando seu sonho, dizendo que uma Matarazzo era dona de casa e não trabalhava, muito menos na noite. Não suportando as humilhações do marido, e por não se dar bem com sua sogra, optou por sair de casa. Havia muito preconceito com atrizes e cantoras na época, sendo julgadas de vulgares e mulheres que não eram de família. Mesmo sofrendo por amar o marido, não teve medo de correr riscos e enfrentar preconceitos, e decidiu seguir sua vontade e saiu de casa com o filho, indo morar novamente com seus pais, um grande escândalo para aquela época conservadora. Após o desquite, voltou a usar seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo, de quem não quis nada, nem pensão para se manter.
            Com apenas um disco gravado, seu repertório foi um sucesso, recebendo convites para shows em todo o mundo. Seu disco vendeu milhares de cópias e o sucesso bateu à sua porta, porém, isto pesou na criação de Jayme, seu filho. Maysa teve que escolher entre o filho e a carreira. Para lhe dar um futuro melhor, optou pela carreira, e seu filho passou parte de sua infância sendo criado pelo pai e por sua nova esposa.
Se o azul do céu escurecer
E a alegria na Terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor
 
Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida
 
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
 
Se o destino então nos separar
Se a distante morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também
 
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças e castigos
Quero apenas te adorar
 
Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu eu te encontrar.

Lisboa menina e moça

Carlos do Carmo
COMPOSITORES: Ary dos Santos & Paulo de Carvalho
PAÍS: PORTUGAL
álbum: Fado Maestro
Gravadora: Universal Music
GÊNERO: FADO
ano: 2008
 
       Carlos Manuel de Ascenção do Carmo de Almeida (NASCIDO 21 dezembro 1939, na Mouraria, Lisboa, Portugal) mais conhecido como Carlos do Carmo é um dos melhores fadista portuguêses,"Lisbon Song". Filho de Lucília do Carmo, reconecida fadista por sua vez. (Lucília Nunes de Ascenção do Carmo, nascida em Portalegre em 4 Novembro 1919 faleceu em 1999, filha de Francisco).
             Começou a cantar e a gravar em 1963, quando gravou um ep record "Mário Simões e o seu Quarteto Apresentando Carlos do Carmo", e, também em 1963, O Disco "Carlos do Carmo e Orquestra de Joaquim Luiz Gomes". Até o fim de sua carreira, gravou mais cerca de onze discos. Com a chegada dos anos de 1970s fez sucesso em casa e gravou aproximadamente trinta discoa durante essa década.
               As suas mais famosas músicas são: Lágrimas de Orvalho, Lisboa Menina e Moça e Canoas do Tejo. Cantou muitas músicas compostas por compositores como: Ary dos Santos. Ajudou a abrir a casa Lisboa Fado He helped to open Lisbon Fado , responsável por outras influências, como o jazz e a música francesa, e acrescentou o som de orquestra ao fado tradicional, ao fado de guitarra de trio ou de quarteto.

No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

Lisboa menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

Lisboa no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
MENINA MOÇA
TITO MADI
COMPOSITORES: ARY DOS SANTOS, PAULO DE CARVALHO, FERNANDO TORDO & JOAQUIM PESSOA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: TITO MADI
GRAVADORA: COLUMBIA RECORDS
GÊNERO: SAMBA-CANÇÃO
ANO: 1960


Chauki Maddi, de nome artístico Tito Mad (Pirajuí, 12 de julho de 1929) é um cantor e compositor brasileiro que teve relativo sucesso durante as décadas de 1950 e 1960 como intérprete e escritor de samba-canções e junto à bossa nova. Gravado por diversos artistas dentro e fora da bossa nova é até hoje lembrado como compositor significativo nas carreiras de vários cantores, como Roberto Carlos e Wilson Simonal. Compositor da geração pré-bossa nova, teve influência sobre o movimento, com sambas-canções de harmonização moderna como "Cansei de Ilusões", "Sonho e Saudade", "Carinho e Amor", "Fracassos de Amor", "Gauchinha Bem-Querer", "Não Diga Não", "Balanço Zona Sul" e seu maior sucesso, "Chove lá Fora".
Você botão de rosa
Amanhã na flor mulher
Jóia preciosa cada um deseja e quer

De manhã banhada ao sol
Vem o mar beijar
Lua enciumada noite alta vai olhar

Você menina moça
Mais menina que mulher
Confissões não ouça
Abra os olhos se puder

Tudo tem seu tempo certo
Tempo para amar
Coração aberto faz chorar

A lua, o sol, a praia, o mar
Missão de Deus
A vida eterna para amar.