Indicações: World Music Award: Melhor Álbum do Mundo
NOTA: A acompanhar a fadista nos seus espectáculos ao
vivo estarão Ângelo Freire (guitarra
portuguesa), Pedro Soares (viola de
fado), André Moreira (baixo e contrabaixo), João Gomes (teclados) e Márcio
Costa (bateria e percussões).
Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente
Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu
pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande certeza de não estar certa de nada
HINO AO AMOR
MAYSA
AUTOR: EDITH PIAF E MARGUERITE MONNOT
VERSÃO: ODAYR MARSANO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MAYSA É MAYSA... É MAYSA... É
MAYSA...
GRAVADORA: RGE
GÊNERO: CANÇÃO ROMÂNTICA
ANO: 1959
Maysa
Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa
(Rio
de Janeiro, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de
janeiro de 1977),
foi uma cantora, compositora,
instrumentista e atriz brasileira.
Maysa
nasceu numa família tradicional do Espírito Santo. Era filha de Alcebíades
Guaraná Monjardim, e Inah Figueira Monjardim, e possuía um único irmão. A
cantora era neta do barão de Monjardim, que
foi presidente da província do Espírito Santo por cinco
vezes, e bisneta do comendador José Francisco de Andrade
e Almeida Monjardim, que presidiu a província do Espírito Santo por treze
vezes, e que foi membro da junta governativa capixaba de
1822-1824. Sua família, os Monjardim, eram donos da histórica Fazenda
Jucutuquara, em Vitória, Espírito Santo. A sede da
fazenda, hoje é o Museu Solar Monjardim, no bairro Jucutuquara,
em Vitória. A fazenda era propriedade do capitão-mor
Francisco Pinto Homem de Azevedo, trisavô de Maysa. A filha e herdeira do
capitão-mor Francisco Pinto Homem de Azevedo, Ana Francisca Maria da Penha
Benedito Homem de Azevedo, casou-se com o comendador José Francisco de Andrade
e Almeida Monjardim, passando a fazenda a ser propriedade da família Monjardim.
Nascida
e criada em uma mansão no tradicional bairrocarioca de Botafogo, em 1947 a família
mudou-se para Bauru,
no interior paulista, devido à transferência de
posto de trabalho de seu pai. Posteriormente, em 1950, mudaram-se para
a Cidade de São Paulo, onde Maysa estudou, na adolescência, no
tradicional colégio paulistano Assunção, no Ginásio Ofélia Fonseca, e, contra
sua vontade, foi enviada aos sete anos de idade por seus pais para estudar no
colégio interno de freirasSacré-Cœur de Marie, em Paris, onde toda
menina de família rica e tradicional deveria estudar para ter um bom currículo,
só tendo voltado ao Brasil aos 11 anos, quando sua família saiu do Rio para
Bauru.
Desde
criança
sonhava em ser cantora.
Se apresentava cantando e tocando violão apenas
para os familiares. Com aptidão natural para a música, só
estudou canto para se aperfeiçoar. Era uma jovem a frente de seu tempo. Gostava
de beber e fumar em público, além de usar cabelos
curtos e calças, hábitos masculinos na época, o que causava atritos familiares.
Apesar disto, era extremamente vaidosa, e romântica, gostando de escrever, além
de músicas, poemas e cartas de amor. Casou-se aos dezoito anos em uma grande
cerimônia na Igreja da Sé com seu noivo, o empresário
André Matarazzo, amigo de sua família há muitos anos, e dezessete anos mais
velho que a cantora, por quem ela era secretamente apaixonada desde adolescente.
Após o matrimônio, passou a assinar Maysa Monjardim Matarazzo. Seu marido era
membro do importante ramo ítalo-brasileiro da família
Matarazzo, donos de uma fortuna bilionária e das Indústrias Reunidas Fábricas
Matarazzo - durante décadas o maior complexo industrial da América
Latina. Com pouco tempo de casados, nasceu Jayme
Monjardim Matarazzo, diretor
de cinema e telenovelas.
Desquitou-se do
marido em 1957: Ele
não aceitava a vocação de cantora da esposa, não apoiando seu sonho, dizendo
que uma Matarazzo era dona de casa e não trabalhava, muito menos na noite. Não
suportando as humilhações do marido, e por não se dar bem com sua sogra, optou por
sair de casa. Havia muito preconceito com atrizes e cantoras na época, sendo
julgadas de vulgares e mulheres que não eram de família. Mesmo sofrendo por
amar o marido, não teve medo de correr riscos e enfrentar preconceitos, e
decidiu seguir sua vontade e saiu de casa com o filho, indo morar novamente com
seus pais, um grande escândalo para aquela época conservadora. Após o desquite,
voltou a usar seu sobrenome de solteira, Figueira Monjardim, ficando furiosa
quando havia alguma matéria jornalística que ligasse seu nome ao sobrenome Matarazzo,
de quem não quis nada, nem pensão para se manter.
Com apenas um disco gravado, seu repertório foi
um sucesso, recebendo convites para shows em todo o mundo. Seu disco vendeu
milhares de cópias e o sucesso bateu à sua porta, porém, isto pesou na criação
de Jayme, seu filho. Maysa teve que escolher entre o filho e a carreira. Para
lhe dar um futuro melhor, optou pela carreira, e seu filho passou parte de sua
infância sendo criado pelo pai e por sua nova esposa.
Se o azul
do céu escurecer E a
alegria na Terra fenecer Não
importa, querido Viverei
do nosso amor Se tu és
o sonho dos dias meus Se os
meus beijos sempre foram teus Não
importa, querido O amargor
das dores desta vida Um
punhado de estrelas no infinito irei buscar E a teus
pés esparramar Não
importa os amigos, risos, crenças e castigos Quero
apenas te adorar Se o
destino então nos separar Se a
distante morte te encontrar Não
importa, querido Porque
morrerei também Um
punhado de estrelas no infinito irei buscar E a teus
pés esparramar Não
importa os amigos, risos, crenças e castigos Quero
apenas te adorar Quando
enfim a vida terminar E dos
sonhos nada mais restar Num
milagre supremo Deus fará
no céu eu te encontrar.
Lisboa menina e moça
Carlos do Carmo
COMPOSITORES: Ary dos Santos & Paulo
de Carvalho
PAÍS: PORTUGAL
álbum: Fado Maestro
Gravadora: Universal Music
GÊNERO: FADO
ano: 2008
Carlos Manuel de Ascenção do Carmo de Almeida (NASCIDO 21 dezembro 1939, na Mouraria, Lisboa, Portugal)
mais conhecido como Carlos do Carmo é um dos melhores fadista portuguêses,"Lisbon
Song". Filho de Lucília do Carmo, reconecida
fadista por sua vez.(Lucília
Nunes de Ascenção do Carmo, nascida em Portalegre em 4 Novembro 1919 faleceu em 1999,
filha de Francisco).
Começou a cantar
e a gravar em 1963, quando gravou um ep record "Mário Simões e o seu
Quarteto Apresentando Carlos do Carmo", e, também em 1963, O Disco
"Carlos do Carmo e Orquestra de Joaquim Luiz Gomes". Até o fim de sua
carreira, gravou mais cerca de onze discos. Com a chegada dos anos de 1970s fez
sucesso em casa e gravou aproximadamente trinta discoa durante essa década.
As suas mais
famosas músicas são: Lágrimas de Orvalho, Lisboa Menina e Moça e Canoas
do Tejo. Cantou muitas músicas compostas por compositores como: Ary dos Santos.
Ajudou a abrir a casa Lisboa Fado He helped to open Lisbon Fado , responsável
por outras influências, como o jazz e a música francesa, e acrescentou o som de
orquestra ao fado tradicional, ao fado de guitarra de trio ou de quarteto.
No
castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa
menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
No
terreiro eu passo por ti
Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar
Lisboa
menina e moça, menina
Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
Lisboa
no meu amor, deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida
MENINA MOÇA
TITO MADI
COMPOSITORES: ARY DOS
SANTOS, PAULO DE CARVALHO, FERNANDO TORDO & JOAQUIM PESSOA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: TITO MADI
GRAVADORA: COLUMBIA
RECORDS
GÊNERO: SAMBA-CANÇÃO
ANO: 1960
Chauki Maddi, de nome artístico
Tito Mad (Pirajuí,
12 de
julho de 1929)
é um cantor e compositor
brasileiro que
teve relativo sucesso durante as décadas
de 1950 e 1960 como intérprete e escritor de samba-canções
e junto à bossa
nova. Gravado por diversos artistas dentro e fora da bossa nova é até hoje
lembrado como compositor significativo nas carreiras de vários cantores, como Roberto
Carlos e Wilson Simonal. Compositor da geração pré-bossa
nova, teve influência sobre o movimento, com sambas-canções de harmonização
moderna como "Cansei de Ilusões", "Sonho e Saudade",
"Carinho e Amor", "Fracassos de Amor", "Gauchinha
Bem-Querer", "Não Diga Não", "Balanço Zona Sul" e seu maior sucesso, "Chove lá Fora".