FADO DO CIÚME
AMÁLIA RODRIGUES
COMPOSITORES: AMADEU DO VALE & FREDERICO VALÉRIO
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: AMÁLIA VOLTA A CANTAR FREDERICO VALÉRIO
GRAVADORA: EDIÇÕES VALENTIM DE CARVALHO S.A.
GÊNERO: FADO
ANO: 1992
Amália da Piedade Rodrigues GCSE •GCIH (Lisboa, 1 de
Julho de 1920 — Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz
portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais
brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os
portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e,
por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura
portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras
no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não
só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda
canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música
de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e
brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade
que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados,
depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas
e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos
maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro
Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre.
Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês.
Se
não esqueceste
O
amor que me dedicaste,
E
o que escreveste
Nas
cartas que me mandaste,
Esquece
o passado
E
volta para meu lado,
Porque
já estás perdoado
De
tudo o que me chamaste.
Volta
meu querido,
Mas
volta como disseste,
Arrependido
De
tudo o que me fizeste,
Haja
o que houver
Já
basta p'ra teu castigo
Essa
mulher
Que
andava agora contigo.
Se
é contrafeito
Não
voltes, toma cautela
Porque
eu aceito
Que
vivas antes com ela
Pois
podes crer
Que
antes prefiro morrer
Do
que contigo viver
Sabendo
que gostas dela.
Só
o que eu te peço
É
uma recordação,
Se
é que mereço
Um
pouco de compaixão,
Deixa
ficar
O
teu retrato comigo,
P'ra
eu julgar
Que
ainda vivo contigo.