FIM DE TARDE
CLÁUDIA
TELLES
COMPOSITORES:
MAURA MOTTA &
ROBSON JORGE
PAÍS:
BRASIL
ÁLBUM:
CLAUDIA TELLES
GRAVADORA:
GÊNERO:
BLUES
ANO:
2019
Cláudia Telles de Mello Mattos(Rio de Janeiro, 26 de
agosto de 1957 – Ibid., 21 de fevereiro de 2020) foi uma cantora, compositora e
instrumentista brasileira, de ascendência portuguesa e francesa, intérprete de
canções românticas, dentre elas as mais tocadas: "Fim de Tarde" e
"Eu Preciso Te Esquecer".
Filha do violonista, compositor e advogado Candinho, e de
uma das precursoras da bossa nova, a cantora Sylvia Telles, Cláudia Telles,
ainda menina, foi convidada pela mãe para subir ao palco do Teatro Santa Rosa,
no Rio, no último show da temporada do espetáculo "Reencontro", que
reuniu Sylvia Telles, Edu Lobo, Trio Tamba e Quinteto Villa-Lobos, para cantar "Arrastão"
(de Edu Lobo e Vinicius de Moraes). Ficou órfã de mãe aos nove anos, tendo sido
criada por seus avós maternos, tendo tido pouco contato com o pai. Aos
dezesseis anos, após ter perdido os avós, foi viver sozinha no apartamento que
era de sua mãe, em Copacabana. Nesta época trabalhava em musicais no teatro.
Cláudia iniciou sua carreira fazendo coro para artistas
famosos em suas gravações, entre eles The Fevers, Roberto Carlos, José Augusto,
Gilberto Gil, Jerry Adriani, Jorge Ben, Belchior, Simone, Rita Lee, Fafá de
Belém, entre vários outros. Sua chance de "brilhar" veio, entretanto,
quando uma amiga do Trio Esperança, Regina, precisou se afastar do grupo por causa
da gravidez, Claudia a substituiu em gravações e shows, ganhando experiência de
público. Daí para frente ela se dedicaria completamente à arte musical.
Além das gravações em estúdio, Claudia foi crooner do
conjunto de Chiquinho do Acordeon, um dos mais conceituados da época, durante
um ano. Saiu quando Walter D'Ávila Filho, ao escutar uma música nova de seu
parceiro e também produtor na época da CBS (hoje Sony Music) Mauro Motta, se
lembrou dela e de sua voz - um pouco parecida com a da mãe, mas com um timbre
metálico, diferente das vozes que havia no mercado e deu-lhe, a título de
experiência a “tal” música para gravar. O sucesso foi estrondoso.
A música logo passou aos primeiros lugares das paradas.
Todos queriam saber de quem era aquela voz suave e vieram os diversos convites
para programas de televisão. O público jovem se identificou imediatamente com
aquela menina de cabelos escorridos, tímida, que lhes derramava versos de amor.
"Fim de Tarde" foi um dos grandes sucessos daquele ano de 1976 e
agora menina-mulher, amadurecida pelo tempo e pelas circunstâncias, conhecia a
fama. Foram vendidas mais de 500 mil cópias do compacto simples, o que lhe
valeu o primeiro disco de ouro da carreira, oportunidades para excursionar e
também para gravar a música em inglês e espanhol.
Aos 19 anos, Cláudia se projetava nos mesmos caminhos
antes trilhados com incomparável êxito pela mãe. Passou então a ser requisitada
para shows, cantando do samba ao bolero. Mas sua paixão era a Bossa Nova,
chegando a ser considerada a mais perfeita intérprete de "Dindi", uma
das muitas músicas que havia feito de sua mãe uma celebridade e unanimidade
nacional, ultrapassando as fronteiras do Brasil.
No seu primeiro LP, em 1977, Claudia regrava “Dindi”, de
Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, grande sucesso na voz de sua mãe, e faz mais
dois grandes sucessos, “Eu preciso te esquecer” e “Aprenda a amar”.
Cláudia nunca escondeu de ninguém o prazer que sentiu ao
gravar "Dindi", um dos grandes sucessos de Sylvinha Telles: "Foi
uma forma de homenageá-la". A homenagem foi além, veio em forma de
batalha. A mesma batalha empreendida por Sylvinha para mostrar o que queria e
do que era capaz, apenas com uma diferença: a dura comparação do seu trabalho
com o da mãe, a eterna luta para provar que chegou onde quis sem nunca contar
apenas com o fato de ser mais uma filha da mãe famosa.
Quatro anos após o sucesso de "Fim de Tarde",
em entrevista à revista O Cruzeiro, contou do seu desejo de resgatar à memória
os sucessos da Bossa Nova. Seria um tributo a sua mãe e ao maior movimento da
história da música brasileira. Entrou em contato com sua gravadora e discutiram
esta possibilidade. A ideia, entretanto, nunca saiu da gaveta, deixando seu
sonho adormecido por algum tempo.
Tudo se perdeu
Foi tudo em vão
Da vida que eu pensei
De um sonho a dois
No meu peito uma saudade
Veio sem querer
E as coisas que são tuas
Eu não posso esquecer
Tanto tempo
Eu tive pra dizer
Que tudo que eu te fiz
Foi sem querer
Já não tem por que chorar
Se eu sei que te perdi
E a mágoa que você deixou
Só faz eu te dizer agora
(2x):
Eu preciso te esquecer
E ter que seguir
Sem pensar em você
Uh, uh, uh!