SEBASTIANA
JACKSON DO PANDEIRO
COMPOSITOR: ROSIL CAVALCANTI
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MILLENIUM: JACKSON DO PANDEIRO
GRAVADORA: UNIVERSAL MUSIC
GÊNERO: FORRÓ
ANO: (1953)2002

Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho (Alagoa Grande, 31 de agosto de 1919Brasília, 10 de julho de 1982), foi um cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro. Também conhecido como O Rei do Ritmo.
Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, no Engenho Tanques, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão. Através dela Jackson começou a tomar gosto pelo ritmo como tocador de zabumba. Após a morte do pai, José Gomes, no início dos anos 30, a família decide se mudar para Campina Grande. A pé, Flora e três filhos. José (Jackson), Severina e João, vão tentar uma nova vida, após quatro dias de viagem.
Em Campina Grande, Jackson trabalhou como engraxate, ajudante de padaria e nas noites, tocava no Cassino Eldorado de Josefa Tributino, sua madrinha artística, a qual foi homenageada na música Forró em Campina. Na feira central de Campina, conviveu com artistas populares, como cÔquistas e violeiros. Seu nome artístico originou-se das brincadeiras de criança, ainda em Alagoa Grande, dos filmes de faroeste, no tempo do cinema mudo, onde se autodenominava Jack, inspirado em Jack Perry, artista dos referidos filmes. O apelido pegou, e em Campina Grande, após iniciar como pandeirista ficou conhecido como Jack do Pandeiro, e passando a acompanhar artistas da terra. Mudou-se para João Pessoa nos anos 40 e continuou sua vida de músico tocando em boates e cabarés, sendo, logo a seguir contratado pela Rádio Tabajara para atuar na orquestra daquela emissora, sob a batuta do maestro Nozinho. Quando o maestro Nozinho foi contratado para a Rádio Jornal do Commércio, de Recife, levou alguns membros da orquestra Tabajara, entre eles Jackson do Pandeiro. Portanto Jackson já chegou em Recife formado no mundo dos ritmos, pois em Campina Grande e João Pessoa entre os anos 30 e 48 passou por zabumba, bateria, bongô, até chegar profissionalmente ao pandeiro.
Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.
Somente em 1953, com trinta e cinco anos, Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Albuquerque, com quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele se casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, com quem viveu até seus últimos dias de vida.
No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana" e "Um a Um". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, côco, samba-côco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo no Cassino Eldorado aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino. Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.
Convidei a comadre Sebastiana
Pra dançar e xaxado na Paraíba
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba
E gritava: A, E, I, O, U, Y

Já cansada no meio da brincadeira
E dançando fora do compasso
Segurei Sebastiana pelo braço
E gritei, não faça sujeira
O xaxado esquentou na gafieira
E Sebastiana não deu mais fracasso
E gritava: A, E, I, O, U, Y.
VAGABUNDO
ALTEMAR DUTRA
COMPOSITOR: VICTOR SIMON
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: NOVO MILLENNIUM
GRAVADORA: RCA VICTOR
GÊNERO: BOLERO
ANO: 2014

Altemar Dutra de Oliveira (Aimorés, 6 de outubro de 1940Nova Iorque, 9 de novembro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro.
Sucesso em toda a América Latina, interpretando obras como "Sentimental Demais", "O Trovador", "Brigas" e "Que Queres Tu de Mim", boa parte das canções de autoria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, foi progressivamente destacando-se no gênero musical bolero. De fato, veio a ser aclamado como o "rei do bolero" no Brasil.
Gravou seu primeiro disco na Tiger, com "Saudade que vem" (Oldemar Magalhães e Célio Ferreira) e "Somente uma vez" (Luís Mergulhão e Roberto Moreira). Por volta de 1963, foi levado por Jair Amorim para o programa Boleros Dentro da Noite, na Rádio Mundial, e no mesmo ano Joãozinho, do Trio Irakitan, levou-o para a Odeon, onde foi contratado. Logo atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso com Tudo de mim (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), tornando-se conhecido em todo o Brasil.
Em 1964, gravou com grande sucesso Que queres tu de mim, O trovador, Sentimental demais e Somos iguais (todas de Evaldo Gouveia e Jair Amorim). Destacou-se também na América Latina, fazendo apresentações em vários países e gravando um LP com Lucho Gatica: El bolero se canta así.
Com suas versões em espanhol, chegou a vender mais de 500 mil cópias na América Latina. Depois de ter dominado as paradas de sucesso locais, a partir de 1969 passou a conquistar fãs de origem latina nos Estados Unidos. Em pouco tempo tornou-se um dos mais populares cantores estrangeiros nos Estados Unidos. Apresentava um show para a comunidade latino-americana, no clube noturno "El Continente", em Nova Iorque, quando faleceu aos 43 anos, de derrame cerebral.
Que importa saber quem sou,
Nem de onde venho, nem pra onde vou.
O que eu quero são teus lindos olhos, morena,
Tão cheios de amor...
O Sol brilha no infinito,
E aquece o mundo aflito

Que importa saber quem sou,
Nem de onde venho, nem pra onde vou
Eu só quero é o teu amor,
Que me dá a vida, que me dá calor.

Tu me condenas por ser vagabundo,
Mas meu destino é viver ao léu,
Pois vagabundo é o próprio mundo,
Que vai girando no céu azul.

Que importa saber quem sou,
Nem de onde venho, nem pra onde vou
Eu só quero é o teu amor,
Que me dá a vida, que me dá calor.

Tu me condenas por ser vagabundo,
Mas meu destino é viver ao léu.
"Si vagabundo és el própio mundo,
Que va jirando en el cielo azul".

Que importa saber quem sou,
Nem de onde venho, nem pra onde vou
Eu só quero é o teu amor,
Que me dá a vida, que me dá calor.

Tu me condenas por ser vagabundo,
Mas meu destino é viver ao léu.
"Si vagabundo és el própio mundo,
Que va jirando en el cielo azul".
JURA SECRETA
FAGNER
COMPOSITORES: ABEL SILVA & SUELI COSTA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: EU CANTO – QUEM VIVER CHORARÁ
GRAVADORA: CBS
GÊNERO: M. P. B.
ANO: 1978

Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de outubro de 1949), é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará
O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa
Em 2001, gravou o álbum que tem o título apenas de Fagner. Tem canções em parceria com Zeca Baleiro, Fausto Nilo, Abel Silva e Cazuza. A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu em 2003 um álbum de estúdio e um DVD ao vivo com o título "Raimundo Fagner & Zeca Baleiro" além de uma série de shows pelo Brasil. Em 2004, pela Indie Records, Fagner lançou o álbum Donos do Brasil. O Penúltimo disco lançado por Fagner foi Fortaleza, em 2007.Posteriormente lançou "Uma canção no Rádio" contendo nova parceria com Zeca Baleiro em 2009.
Eu Canto - Quem Viver Chorará é um álbum de estúdio do cantor, compositor e instrumentista cearense Raimundo Fagner lançado pelo selo CBS em 1978. Vendeu cerca de 1 milhão de cópias até os dias de hoje. Fazendo que Fagner dispute lado a lado com Roberto Carlos os mais vendidos do ano.
O título do disco é derivado de um trecho da canção "Motivo", baseada em um poema de Cecília Meirelles. A família da poetisa moveu um processo judicial, pelo uso indevido não apenas do referido poema nesta canção, como também de uma outra poesia de Meireles em "Canteiros", que estava no disco de estreia Manera Fru Fru, Manera (lançado pela PolyGram em 1973), porém, só se tornou conhecida do público quando este novo disco emplacou hits como "Revelação" e "Jura Secreta". Em virtude da ação, a gravadora CBS lançou uma nova edição do álbum, substituindo "Motivo" por "Quem Me Levará Sou Eu", campeã do Festival 79 da Rede Tupi.
Ao contrário do que aconteceu com Canteiros - em que a PolyGram pagou uma vultosa multa à família de Meirelles e nunca mais a relançou, substituindo-a por "Cavalo Ferro" -, em 1994 (quando a gravadora CBS já se chamava Sony Music), no primeiro lançamento do álbum em CD, "Motivo" foi incluída, como no disco original de 1978. Porém, novamente a Justiça foi acionada e, em 2001, na segunda reedição, foi obedecida a versão de 1979, com "Quem Me Levará Sou Eu". Em compensação, a Sony Music conseguiu um acordo para a liberação de "Canteiros" para o álbum "Ao Vivo" (2000).
     
Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri.
NOITES COM SOL
JANE DUBOC
COMPOSITOR: RONALDO BASTOS
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: PARTITURAS
GRAVADORA: MOVIPLAY
GÊNERO: M. P. B.
ANO: 1995

Jane Duboc Vaquer (Belém, 16 de novembro de 1950) é uma cantora, compositora, esportista e escritora brasileira. Jane, que aparece na posição 73 da lista As 100 Maiores Vozes da Música Brasileira pela Rolling Stone Brasil, alcançou sucesso nos anos 1980 com temas românticos, como “Chama da paixão”, “Sonhos” e “Besame”. Segundo a revista Rolling Stone Brasil, "sua interpretação de “Besame”, de Flávio Venturini, incluída na trilha da novela Vale Tudo (1988), é um dos pontos altos de sua trajetória".
Em 2006, seu álbum, Uma Voz... Uma Paixão, foi indicado ao Grammy Latino como "Melhor Álbum de MPB".
Além de sua sólida carreira solo, Jane ganhou notoriedade por ter gravado, em 1983, como vocalista, o álbum Depois do Fim, da banda brasileira de rock progressivo Bacamarte, considerado pela comunidade Prog Archives como um dos 100 Melhores Álbuns de Rock Progressivo de Todos os Tempos.
Seu fã-clube - "Minas em Mim" (nome de um de seus discos, lançado em 1988) - já conseguiu catalogar mais de cem discos com a participação de Jane Duboc. Discos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Hermeto Pascoal, Roberto Sion, Sarah Vaughan, além de discos infantis e curso de inglês. Sua voz pode ser ouvida freqüentemente em jingles comerciais, o que não impede que dê impulso à carreira de solista, bem-sucedida até mesmo no Japão.
Jane é conhecida também por ser a mãe do cantor Jay Vaquer, nascido do fruto de seu casamento com o também músico Jay Anthony Vaquer, que foi guitarrista do Raul Seixas
Partituras é o 11º álbum da cantora e compositora brasileira Jane Duboc. Ele foi lançado em 1995, em formato CD, com o selo Movieplay.
Neste álbum, Jane interpreta exclusivamente canções de Flávio Venturini. Destaque para a canção Besame, já gravada anteriormente pela cantora em 1989, exclusivamente para fazer parte da trilha sonora da novela Vale Tudo, da Rede Globo. A revista Rolling Stone Brasil considera a interpretação desta música o ponto alto da carreira da Jane. Outro destaque do álbum fica por conta da faixa "Partituras", composta por Flávio Venturini em parceria com a Jane. 
Ouvi dizer que são um milagre
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragem
Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar na retina
Deixa entrar o sol

Livre serás se não te prendem constelações
Então verás que não se vendem ilusões

Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
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