O MENINO DA LARANJA
GERALDO VANDRÉ
COMPOSITOR: THEO DE BARROS
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: GERALDO VANDRÉ
GRAVADORA: SOM LIVRE LTDA
GÊNERO: M. P. B.
ANO: 1964

Geraldo Vandré, nome artístico de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (João Pessoa, 12 de setembro de 1935), é um advogado, cantor, compositor e poeta brasileiro. Seu sobrenome artístico é uma abreviação do sobrenome de seu pai, o médico otorrinolaringologista, José Vandregíselo.
Vandré iniciou a carreira musical nos anos 60, tornando-se famoso pelas suas músicas que se tornaram ícones da oposição ao regime militar de 1964, como "Porta Estandarte", "Arueira", "Pra não dizer que não falei das flores", entre outras.
O sucesso maior veio com "Disparada", vencedora do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record em 1966, junto com "A Banda", de Chico Buarque. No livro "A era dos Festivais - Uma Parábola", de 2003, Zuza Homem de Mello revela que Chico Buarque, ao saber que sua música havia ganho, não concordou com o resultado, pois considerava "Disparada" melhor e não aceitaria o prêmio. A situação foi resolvida quando Chico foi informado que ele e Geraldo Vandré dividiriam o prêmio.
Em 1968, ao defender "Pra não dizer que não falei das flores" no Festival Internacional da Canção da TV Globo, criou o hino da resistência à ditadura militar que ficou conhecido pela primeira palavra: "Caminhando", além de estar em uma nova situação envolvendo-o e Chico Buarque. "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque, foi declarada vencedora, mas o público se revoltou, pois queriam Pra não dizer que não falei das flores, que acabou ficando em segundo lugar. Enquanto Cynara e Cybele ao lado de Tom Jobim e Chico Buarque apresentavam a música campeã, vaias se ouviam durante a apresentação. Este se tornou o momento mais emblemático da história dos festivais.
 
Menino que vai pra feira
Vender sua laranja até se acabar
É filho de mãe solteira
Cuja ignorância tem que sustentar

É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe já arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

Lá, no morro, o mundo acorda cedo
E é só trabalhar
Comida é muito pouca e muito a roupa
Que a cidade manda pra lavar

E já madrugada, ele, menino, vem pra feira
Tentando encontrar
Um pouco pra comer, viver até crescer
E a vida melhorar

Compra laranja doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

É madrugada, vai sentindo frio
Porque se o cesto não voltar vazio
A mãe já arranja um outro pra laranja
Esse filho vai ter que apanhar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!

Lá, no morro, a gente acorda cedo
E é só trabalhar
Comida é muito pouca e muito a roupa
Que a cidade manda pra lavar

E já madrugada, ele, menino, vem pra feira
Tentando encontrar
Um pouco pra comer, viver até crescer
E a vida melhorar

Compra laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
Compra laranja, laranja, laranja, doutor,
Ainda dou uma de quebra pro senhor!
INGRATA
CEZÁRIA ÉVORA
COMPOSITOR: CESÁRIA ÉVORA
PAÍS: PORTUGAL (CABO VERDE)
ÁLBUM: CESÁRIA ÉVORA
GRAVADORA: MANDINGA RECORDS
GÊNERO: FADO
ANO: 1995

Cesária Évora (Mindelo, 27 de agosto de 1941 – Mindelo, 17 de dezembro de 2011) foi a cantora de maior reconhecimento internacional de toda a história da música popular cabo-verdiana. Apesar de ser sucedida em diversos outros géneros musicais, Cesária Évora foi maioritariamente relacionada com a morna, por isso também apelidada de "rainha da morna". Era conhecida como a diva dos pés descalços. O filme Tchindas presta tributo a sua música.
Cesária Évora tinha quatro irmãos. O pai Justino da Cruz tocava cavaquinho, violão e violino. Quando jovem foi viver com a avó, que havia sido educada por freiras, e assim acabou passando por uma experiência que a ensinou a desconsiderar a moralidade excessivamente severa.
Entre os amigos estava B. Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cize, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a apresentar-se aos domingos na praça principal da cidade, acompanhada pelo irmão Lela, no saxofone. Mas a vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves. Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a "Rainha da Morna" pelos fãs.
Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo - companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliadas à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar a família. Durante este período, que se prolongou por dez anos, Cesária teve de lutar contra o alcoolismo. Cesária chamou a esse período de tempo, os Dark Years.
Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), Cesária Évora voltou a cantar, atuando em Portugal. Em Cabo Verde foi convidada por José da Silva a ir para Paris onde acabou por gravar um novo álbum em 1988 "La diva aux pieds nus" (A diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum "Miss Perfumado" (1992). Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.
Em setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na longa carreira.
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011, com 70 anos, por "insuficiência cardiorespiratória aguda e tensão cardíaca elevada". Um jornalista espanhol do jornal "Público" falou com ela 36 horas antes de sua morte, em sua casa, em Mindelo. 
Oh mar, oh mar, oh menina
Dexam tchorá
Sodade di bo m´crêtcheu

Quêl ingrata que bai que dixâm
Que dixâm co sodade na coraçon
Ma m'tem fé! Ma inda el ta volta
Até um dia si deus quiser!

Um dia molha o florzinha
Que bai volver
Dam um consolo
na nha vida

MI GUITARRA Y MI VOZ
LUIS DEL PARANÁ - TRIO LOS PARAGUAYOS
COMPOSITORES: DEL PARANA - JARA
PAIS: PARAGUAY
ÁLBUM: MI GUITARRA Y MI VOZ
DISCOGRÁFICA: PHILIPS RECORD
GÉNERO: FOLK
AÑO: 1962

Luis Alberto del Paraná (21 de junio de 1926 - 15 de septiembre de 1974) fue un cantante y guitarrista paraguayo. Durante los años cincuenta, sesenta y principios de los setenta, viajó extensamente por todo el mundo con su grupo Los Paraguayos, popularizando la música paraguaya. Es el músico paraguayo más vendido de todos los tiempos.
“El hecho de que estaba destinado a ser artista quedó claro a partir de los dieciocho años, cuando interpretó 'Campo Grande' junto a Humberto Barúa y Digno García, un gran arpista. Fue allí, en el antiguo teatro Rex, donde la gente empezó sentirme atraído por este joven y entusiasta campesino ".
Luego de una gira por Centroamérica, Luis Alberto del Paraná (nombre artístico adoptado em México) formó una banda con Digno García y Agustín Barboza. Esta banda se denominó "Trío Los Paraguayos" y por decreto del 24 de noviembre de 1953, el gobierno nacional entregó a cada uno de sus integrantes 3200 dólares para difundir la música paraguaya en Europa a través de una "Misión Cultural Oficial".
Su primera esposa fue Lissette Cairoly, una "princesa del circo" francesa. Su segunda esposa fue Carmen González Caballero, una bailarina española. Tuvieron dos hijos: Luis Manuel Meza González y Carmen Fabiola Meza González.
En (1958), em Milán, (Italia), Paraná le entregó al Padre Pérez un juego completo de instrumentos de percusión para que los usara su antiguo Batallón Scout. Posteriormente, Paraná dedicó una canción al padre Pérez. Esta canción fue incluida en un LP emitido por Philips International y se distribuyó en todo el mundo.
Cuando expiró el contrato, la banda se disolvió y Paraná formó la banda "Los Paraguayos" con su hermano Reynaldo Meza, Rubito Medina y José de los Santos González, arpista. Rápidamente grabaron dos LP para Philips en los Países Bajos: "Famous Latin American Songs" y "Ambassador of Romance", que tuvieron un gran éxito. Este fue el inicio de la grabación de "más de 500 canciones". Grabaron golpe tras golpe hasta que Paraná murió.
Compartieron escenario com The Beatles y grabaron con The Rolling Stones.
Luis Alberto del Paraná y "Los Paraguayos" tocaron en vivo en el show de Benny Hill "Temporada 1 Episodio 3" (1970)
Luis Alberto del Paraná y "Los Paraguayos" vendieron más de 30 000 000 de discos, más de 650 000 casetes de cinta y recorrieron más de 1 000 000 de kilómetros durante sus recorridos.
Ayer de nuevo yo partí
Dejando mi hermosa nación
Paisaje, amor y pasión
Romántica heroica nación

Volando, volando voy
Por este mundo a cantar
Profunda emoción sentí
En mi gran patria feliz

Cumpliendo voy mi misión
Soldado del arte soy
Frontera nunca encontré
Con mi guitarra y mi voz

Mi nación
Paraguay
Mi nación
A Dios yo le pido que antes de morirme
He de volverte a ver

Paraguay
Mi nación
Paraguay
A Dios yo le pido que antes de morirme
He de volverte a ver

En mi gran patria feliz
Cumpliendo voy mi misión
Soldado del arte soy
Frontera nunca encontré
Con mi guitarra y mi voz

Mi nación
Paraguay
Mi nación
A Dios yo le pido que antes de morirme
He de volverte a ver

Paraguay
Mi nación
Paraguay
A Dios yo le pido que antes de morirme
He de volverte a ver (Bis)
He de volverte a ver (Bis).
SOLO CON LAS ESTRELLAS
MARCO ANTONIO MUÑIZ
COMPOSITOR: JUAN VICENTE TORREALBA
PAIS: MÉXICO
ÁLBUM: SOLO CON LAS ESTRELLAS
DISCOGRÁFICA: SONY MUSIC ENTERTAINMENT MÉXICO, S. A.
GÉNERO: REGIONAL MEXICANO
AÑO: 2013

Marco Antonio Muñiz Veja (Guadalajara, Jalisco, 3 de marzo de 1933) apodado "El Embajador del Romanticismo" y "El Lujo de México", es un cantante y actor mexicano, principalmente de boleros. Pertenece a los grandes intérpretes latinoamericanos de todos los tiempos.
Su voz es de una tessitura barítono la cual llega a unas notas graves poderosas. Su registro va desde un Sol2 (siendo un Do4 el Do central del piano) a un Mi4 (el Mi de la primera línea del pentagrama en clave de Sol).
Muñiz comienza en 1959 su carrera como solista con los temas Luz y Sombra y Escándalo, presentándose en el Teatro Blanquita de la Ciudad de México, lugar al que acudían seguidores desde su época con Los Tres Ases.
En 1965, ya como solista reconocido y consolidado, comienza una gira tras otra que lo llevarían a los escenarios más importantes de Latinoamérica, Estados Unidos y España; cosechando éxitos como: Adelante, Compréndeme, Capullito de Alhelí, y Por Amor, entre muchísimos otros.
Por lo general las presentaciones de Muñiz han sido en una atmósfera privada tipo salones de hotel y ante públicos particulares, aunque no han hecho falta los conciertos en grandes recintos y estadios a lo largo de su carrera. Marco Antonio Muñiz ha sido uno de los más perdurables íconos entre los intérpretes mexicanos. No obstante a sus problemas de alcoholismo, supo mantener una imagen de trovador y digno representante musical de México en el mundo. A partir de agosto de 2012 inició una gira de despedida que fue interrumpida eventualmente por su precaria salud.
Fue tal su fama em Puerto Rico, que hoy el cantante puertorriqueño-estadounidense Marc Anthony, lleva por nombre real Marco Antonio Muñiz, ya que sus padres lo bautizaron así como un homenaje al cantante mexicano.
Aparte de sus múltiples álbumes y conciertos, ha aparecido constantemente en programas televisivos a lo largo de Latinoamérica, principalmente em México y su amado Puerto Rico.
Actualmente se ha retirado de los escenarios y limita sus apariciones a actividades especiales y muy ocasionales. Vive en su natal Guadalajara en donde grabó un LP titulado Incontenible, álbum que contiene, entre otros temas: "Incontenible", "¿Qué es lo que pasa?", "Repetición", "Solo amor", "Oscuridad", etc., con arreglo, dirección y acompañamiento de las orquestas de Chucho Zarzoza, Chucho Ferrer y Chucho Rodríguez, acompañado al piano con Don Mario Ruiz Armengol.
Horas de amor solita por la llanura
Con tu calor, tus besos y tu ternura
Me prometiste que nunca me olvidarías
Que nuestro amor ni el tiempo lo borraría

Pero una noche me dijiste muy feliz
Ya no te quiero ni puedo pensar en ti
Y esa noche sin motivo y sin razón
Mataste toda ilusión de aquellas horas tan bellas
que dejaron honda huella en mi triste corazón
Y me dejaste solito con las estrellas

Pero una noche me dijiste muy feliz
Ya no te quiero ni puedo pensar en ti
Y esa noche sin motivo y sin razón
Mataste toda ilusión de aquellas horas tan bellas
que dejaron honda huella en mi triste corazón
Y me dejaste solita con las estrellas

Pero una noche me dijiste muy feliz
Ya no te quiero ni puedo pensar en ti
Y esa noche sin motivo y sin razón
Mataste toda ilusión de aquellas horas tan bellas
que dejaron honda huella en mi triste corazón
Y me dejaste solita con las estrellas

Horas de amor solita por la llanura
Con tu calor, tus besos y tu ternura
Me prometiste que nunca me olvidarías
Que nuestro amor ni el tiempo lo borraría

Pero una noche me dijiste muy feliz
Ya no te quiero ni puedo pensar en ti
Y esa noche sin motivo y sin razón
Mataste toda ilusión de aquellas horas tan bellas
que dejaron honda huella en mi triste corazón
Y me dejaste solito con las estrellas
Tú me dejaste solito con las estrellas
Tú me dejaste solito con las estrellas
Tú me dejaste solito con las estrellas
Tú me dejaste solito con las estrellas.