EU NUNCA MAIS VOU TE ESQUECER

ALTEMAR DUTRA
COMPOSITOR: MOACYR FRANCO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: NUNCA MAIS VOU TE ESQUECER
GRAVADORA: RCA VICTOR
GÊNERO: BOLERO
ANO: 1981
 
           Altemar Dutra de Oliveira ( Aimorés, 6 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 9 de novembro de 1983) foi um cantor e compositor brasileiro.
         Sucesso em toda a América Latina, interpretando obras como "Sentimental Demais", "O Trovador", "Brigas" e "Que Queres Tu de Mim", boa parte das canções de autoria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, foi progressivamente destacando-se no gênero musical bolero. De fato, veio a ser aclamado como o "rei do bolero" no Brasil.
          Iniciou sua carreira na Rádio Difusora de Colatina, no Espírito Santo, localidade para onde sua família havia se mudado, cantando uma música de Francisco Alves. Antes de completar sua maioridade, seguiu para o Rio de Janeiro, levando uma carta de apresentação para o compositor Jair Amorim, que o encaminhou a amigos do meio artístico. Tentou a sorte como crooner em boates e casas de espetáculo.
Se eu tivesse o coração que dei
Tivesse ainda a ilusão nem sei
Coragem pra recomeçar no amor
Bobagem pois amor assim só um
Agora é vida sem razão porque
Tentando orar eu só rezei você
A sua ausência mais e mais me invade
Pediu amor e devolveu saudade
 
Eu nunca mais vou te esquecer
Eu nunca mais vou te esquecer, meu amor
 
Agora é vida sem razão porque
Tentando orar eu só rezei você
A sua ausência mais e mais me invade
Pediu amor e devolveu saudade. 

AMOR DE POBRE

MILTINHO
COMPOSITOR: MILTINHO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: FELIZ ANIVERSÁRIO
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: BOLERO
ANO: 1969
 
       Milton Santos de Almeida, conhecido como Miltinho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1928  — 07 de setembro de 2014) foi um cantor brasileiro. 
          Começou sua carreira na década de 40 como integrante de diversos grupos vocais: Anjos do Inferno (que chegou a viajar aos Estados Unidos acompanhando Carmen Miranda), Namorados da Lua, Quatro Ases e Um Curinga, Milionários do Ritmo, Cancioneiros do Luar. Na década de 60 lançou seu primeiro disco solo, "Um Novo Astro", iniciando uma carreira de enorme sucesso no início da década, marcada pela sua voz    anasalada, afeita aos  sambas  de teleco-teco e às canções românticas. Se consagrou com o sucesso Mulher de 30. Com essa música ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época e de um filme estrelado por Mazzaropi. Recentemente havia lançado um CD com as participações de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.
             Com a música “Mulher de 30”, Miltinho ganhou o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época.
          No total, gravou mais de cem discos, mas na década de 70, com o declínio do seu gênero musical, saiu de cena nas grandes capitais, concentrando suas apresentações em cidades do interior.
         O sambista também animou carnavais com marchinhas como "Nós os carecas". No aniversário de 70 anos, em 1998, lançou o CD "Miltinho Convida", com elenco de alguns de seus aprendizes confessos, como João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia, Chico Buarque, entre outros. Já gravou também com Zeca Pagodinho, Elza Soares, Martinho da Vila, Ed Motta e Mariana Baltar. Como intérprete, lançou João Nogueira e Luiz Ayrão.
           'Rei do Ritmo' "Mulata assanhada", “Palhaçada”, “O conde”, “Laranja madura”, “Volta” e “Menino moça” são outros de seus sucessos, que lhe renderam o apelido de "Rei do Ritmo". "A vida, a meu ver, como ritmista, é um ritmo. Você tem ritmo para andar, para pegar ônibus... Se bobear, tropeça e cai", disse o cantor em entrevista para o documentário "No tempo do Miltinho" (2008), de André Weller. "Eu não sou astro de coisa nenhuma. Sou apenas um mero cantor de samba. O que me honra muito", definiu-se.
            Também no filme, vencedor do prêmio de melhor curta brasileiro no festival É Tudo Verdade de 2009, Elza Soares, uma de suas parceiras, elogia: "A divisão de Miltinho, acho que ele tem ritmo até na ponta da orelha (...) Para mim, ele é único."
         De acordo com a filha de Miltinho, ele havia parado de fazer shows há quatro anos, desde quando foi diagnosticado com princípio do mal de Alzheimer. Miltiño. 

Nada te prometo
porque nada tengo
quiero que conozcas
toda la verdad
Yo nací pobre
así quise el destino
más, también los pobres
tienen derecho a amar
Tienes que quererme
sin mirar los trapos
que cubre el cuerpo
y la vanidad
Yo te entrego mi alma
entera y desnuda
y prometo amarte
con sinceridad
Amor de pobre
solamente puedo darte
amor de pobre
con orgullo y humildad
Si te interesa
esta propuesta de cariño
decide ahora
porque ya no aguanto más
Amor de pobre
no es mentira ni pecado
es la magnífica
intención del corazón
Si te decides a quererme
te lo juro voy a cuidarte
con cariño y mucho amor.

 RANCHINHO DE PALHA
DICK FARNEY
COMPOSITOR: LUÍS BONFÁ
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DICK FARNEY
GRAVADORA: COPACABANA
GÊNERO: CANÇÃO
ANO: 1951
 
               Farnésio Dutra e Silva, conhecido pelo nome artístico Dick Farney (Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1921 São Paulo, 4 de agosto de 1987), foi um cantor, pianista e compositor brasileiro.
            Começou a tocar piano ainda na infância, quando aprendia música erudita com o pai, enquanto a mãe lhe ensinava canto.
              Em 1937, estreou como cantor no programa Hora Juvenil, na rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, quando interpretou a canção "Deep Purple", composta por Pete DeRose. Foi levado por César Ladeira para a Rádio Mayrink Veiga, passando a apresentar o programa Dick Farney, a Voz e o Piano. O conjunto Os Swing Maníacos, formado por Dick, tinha ao lado o irmão Cyll Farney, na bateria, e acompanhou Edu da Gaita na gravação da música "Canção da Índia", do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov (1844–1908).
             De 1941 a 1944, foi crooner da orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, no tempo em que o jogo era permitido no Brasil. Em 1946, foi convidado para ir para os Estados Unidos, depois do encontro com o arranjador Bill Hitchcock e o pianista Eddie Duchin, no Hotel Copacabana Palace. Nesse período, gravou o famoso tema jazzístico "Tenderly", considerado a primeira gravação mundial. Entre 1947 e 1948, fez várias apresentações na Rádio NBC, principalmente como cantor fixo no programa do comediante Milton Berle. Em 1948, apresentou-se com sucesso na boate carioca Vogue.
               Em 1956, gravou ao vivo o show "Meia-Noite em Copacabana", bem ao estilo da Broadway, lançado pela gravadora Polydor, com temas americanos e brasileiros, que é considerado um marco para a Bossa Nova, devido à mistura de samba e jazz. Em 1959, era exibido o programa de TV Dick Farney Show, na TV Record de São Paulo. Em 1960, formou a banda Dick Farney e sua Orquestra, que animou muitos bailes. Em 1964, com o advento da Bossa Nova, gravou, a convite de Aloysio de Oliveira, pela gravadora Elenco, o disco Dick Farney (Elenco ME-15), com a participação especial de Norma Bengell na faixa solo "Vou Por Aí" (Baden Powell e Aloysio de Oliveira) e em dueto na faixa "Você" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).
             Em 1965, apresentou o programa Dick e Betty na recém-inaugurada TV Globo do Rio de Janeiro, ao lado de Betty Faria e Dick Farney. Ainda nesse ano, voltou a gravar o segundo disco pela Elenco o LP Dick Farney: Piano, Gaya: Orquestra. Entre 1977 e 1987, Gogô passou a ser seu pianista acompanhador.
             Foi proprietário das boates Farney's e Farney's Inn, ambas em São Paulo. Em 1971, formou um trio com Sabá (contrabaixo) e Toninho Pinheiro (bateria). Entre 1973 e 1978, tocou piano e cantou na boate Chez Régine, também na capital paulista, onde morreria, vítima de um edema pulmonar, em 1987, aos 65 anos.

Lá, bem no alto da serra,
tem um ranchinho de palha
onde mora a cabocla bonita,
que tem feitiço no olhar,
e um jeitinho de andar,
que deixa o caboclo parado,
de longe a cismar.
Quando a noitinha já vem,
a caboclinha adormece, na rede,
e eu fico cantando,
toda noite uma canção,
que é um lamento e uma prece,
na esperança que ela me queira pra ser seu amor.

VAI LEVANDO

MIÚCHA & CHICO BUARQUE
COMPOSITOR: CAETANO VELOSO & CHICO BUARQUE
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MIÚCHA & ANTONIO CARLOS JOBIM
GRAVADORA: RCA VICTOR
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1977
 
           Heloísa Maria Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1937 – Rio DE Janeiro, 27 DE DEZEMBRO de 2018) MAIS CONHECIDA como Miúcha, foi uma CANTORA E COMPOSITORA BRASILEIRA.
              Neta de Cristóvão Buarque de Hollanda e filha de Sérgio Buarque de Holanda e Maria Amélia Cesário Alvim, Miúcha é irmã do cantor e compositor Chico Buarque e das também cantoras Ana de Hollanda e Cristina Buarque, e mãe da cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento com o compositor João Gilberto.
            Francisco Buarque de Hollanda OMC•COMIH, mais conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo, escritor e ator brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da mùsica popular brasileira (MPB). Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros músicos e compactos.
       Escreveu seu primeiro conto aos 18 anos, ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. Autoexilou-se na Itália em 1969, devido à crescente repressão do regime militar do Brasil nos chamados "anos de chumbo", tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Em 1971, foi lançado Construção, tido pela crítica como um de seus melhores trabalhos, e em 1976, Meus Caros Amigos - ambos os discos figuram, por exemplo, na lista dos 100 maiores discos da música brasileira organizada pela revista Rolling Stone Brasil.
            Além da notabilidade como músico, desenvolveu ao longo dos anos uma carreira literária, sendo autor de peças teatrais e romances. Foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010. Em 2019, foi distinguido com o Prémio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa, pelo conjunto da obra.
              Neto de Cristóvão Buarque de Hollanda e filho de Sérgio Buarque de Hollanda e Maria Amélia Cesário Alvim, Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa. 

Mesmo com toda a fama, com toda a Brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
 
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
 
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
 
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
 
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
 
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manhã
 
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
 
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando
A gente vai dourando essa pílula.