DEIXA CHOVER

GUILHERME ARANTES
COMPOSITOR: GUILHERME ARANTES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: AMANHÃ
GRAVADORA: ELEKTRA RECORDS
GÊNERO: MPB
ANO: 1983
 
          Guilherme Arantes(São Paulo, 28 de julho de 1953) é um cantor e compositor brasileiro.
      É um dos poucos pianistas brasileiros a integrar o hall da fama da secular fabricante teuto-americana de pianos Steinway & Sons, estando em companhia de nomes como Guiomar Novaes, Franz Liszt, George Gershwin e Duke Ellington.
       Guilherme contribuiu decisivamente também para o surgimento do fenômeno new wave no Brasil, em 1981, assinando aquela que é considerada a primeira música do gênero no país: "Perdidos na Selva".
     É reconhecido como um grande hitmaker, emplacando sucessos na sua própria voz e nas de inúmeros outros artistas tais como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Nando Reis, Elis Regina, Roberto Carlos, Belchior, Gal Costa e MPB4.
        Tem influenciado artistas das gerações mais recentes da música brasileira, tais como Mano Brown, Vanessa da Mata, Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, Curumin, Céu e Bruna Caram.
          Na década de 1980, chegou a bater recorde de arrecadação de direitos autorais, superando nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil, além de ter colocado 12 músicas em primeiro lugar nas paradas do sucesso. Também nos anos 1980, recebeu elogios de Tom Jobim.(...)
Certos dias de chuva
Nem é bom sair de casa, agitar
É melhor dormir
Se você tentou e não aconteceu... valeu!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer
As pessoas sempre têm chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração... ou não
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer
Deixa chover ô ô ô
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito tem um fogo ardendo
Que nuca vai se apagar
Deixa chover
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito tem um fogo ardendo
Que nunca, nada,
Nada vai apagar.

SANFONA BRANCA

BENITO DI PAULA
COMPOSITOR: BENITO DI PAULA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: BENITO DI PAULA
GRAVADORA: EMI MUSIC BRASIL LTDA.
GÊNERO: BREGA
ANO: 1975
 
            Uday Vellozo (Nova Friburgo, 28 de novembro de 1941), mais conhecido por seu nome artístico Benito di Paula, é um cantor, compositor, pianista e escritor brasileiro. É conhecido pelo seu samba característico que começou ainda quando era jovem e cantava em hotéis e boates no Rio de Janeiro, onde não tocava um gênero em específico. Foi convidado por um amigo a tocar em Santos, onde veio a levar a sua carreira no Estado de São Paulo.
          Fixou moradia e formou família em São Paulo, onde desenvolveu sua carreira, tornando-se o grande símbolo do Samba Paulista. Entre os anos 70 e 80 obteve grande fama, chegando nos dias de hoje a ter vendido 50 milhões de discos, sendo o 5º maior vendedor de discos do Brasil. Além do Brasil, vendeu discos em outros países, gravados em idiomas como espanhol, francês, italiano, finlandês, alemão e outros, com um total de 4 milhões de discos vendidos na Europa. Possui mais de 35 discos gravados, tendo parte importante de sua obra sido relançada em CD, devido ao seu tão grande êxito.
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem o meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquele tom nordestino
A voz sai do coração
É ele o rei do baião, é Luiz
É cantador do sertão
 
É filho de Januário
É quem canta o Juazeiro
É festa, é povo, Luiz alegria
Luiz Gonzaga é poesia
 
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem o meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquele tom nordestino
A voz sai do coração
É ele o rei do baião, é Luiz
É cantador do sertão
 
É filho de Januário
É quem canta o Juazeiro
É festa, é povo, Luiz alegria
Luiz Gonzaga é poesia
 
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem o meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem o meu povo proclama
Luiz Gonzaga de ouro
 
Aquela sanfona branca
Aquele...

BALADA DA NEVE

JOANA AMENDOEIRA
COMPOSITOR: POEMA DE AUGUSTO GIL
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: AO VIVO EM LISBOA
GRAVADORA: GALILEO RECORDS
GÊNERO: FADO
ANO: 2005
OBSERVAÇÃO: HOMENAGEM AO MEU FINADO IRMÃO JUSTINO QUE DECLAMOU ESTA POESIA AOS SEIS OU OITO ANOS, NUMA FESTA DO CLUB NAVAL EM MOÇAMBIQUE. SURPREENDI-ME AO VÊ-LA COMO FADO.
 
     Joana Amendoeira(Santarém, 30 de Setembro de 1982) é uma fadista portuguesa
    Joana Amendoeira aparece em público, com destaque, em 1994, participando na Grande Noite do Fado de Lisboa.
        Um ano depois, em 1995, participou na Grande Noite do Fado, no Porto, ganhando o primeiro prémio de interpretação feminina em juvenis.
  Em 1998 desloca-se pela primeira vez ao estrangeiro, onde actua no âmbito do evento "Dias de Portugal", organizado pelo ICEP na cidade de Budapeste(Hungria). Ainda no mesmo ano, grava o seu primeiro álbum, intitulado Olhos Garotos.
       Em 2000 edita o segundo álbum, Aquela Rua, que recebe as melhores referências da crítica especializada. Inicia uma colaboração regular com o "Clube de Fado", uma das mais prestigiadas casas de Fado de Lisboa, onde faz parte do elenco.
         Participa no disco de homenagem a Moniz Pereira, editado em 2002 pela Universal, e na banda sonora da série televisiva A Jóia de África.
    Em 2003, lança o seu terceiro álbum, Joana Amendoeira. A digressão deste álbum leva-a a vários países como a Holanda, Espanha, França, Áustria. Ainda no ano de 2003, participa no disco de homenagem a Carlos do Carmo, intitulado O Novo Homem na Cidade.
          Em 2004 recebe o Prémio Revelação 2004 da Casa da Imprensa. Lança o álbum Ao vivo em Lisboa em Julho 2005. O disco foi gravado no Teatro São Luiz em Novembro de 2004.
          O disco À Flor da Pele, de 2007, marcou uma nova fase da artista, com chancela da HM Música, a empresa que geria a sua carreira desde 2003. Este trabalho foi dirigido musicalmente por Custódio Castelo e gravado nos estúdios Pé-de-vento por Fernando Nunes.(...)
Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim.
Será chuva? será gente?
Gente não é, certamente
E a chuva não bate assim.
 
É talvez a ventania:
Mas há pouco, há poucochinho,
Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho...
 
Quem bate, assim, levemente,
Com tão estranha leveza,
Que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
Nem é vento com certeza.
 
Fui ver. a neve caía
Do azul cinzento do céu,
Branca e leve, branca e fria...
. há quanto tempo a não via!
E que saudades, deus meu!
 
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
Os passos imprime e traça
Na brancura do caminho...
 
Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que avança,
E noto, por entre os mais,
Os traços miniaturais
Duns pezitos de criança...
 
E descalcinhos, doridos...
A neve deixa inda vê-los,
Primeiro, bem definidos,
Depois, em sulcos compridos,
Porque não podia erguê-los!...
 
Que quem já é pecador
Sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, senhor,
Porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
 
E uma infinita tristeza,
Uma funda turbação
Entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza
e cai no meu coração. 

RUAS DE OUTONO

ANA CAROLINA
COMPOSITORES: DE SOUZA & VILLEROY
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DOIS QUARTOS
GRAVADORA: SONY BMG MUSIC ENTERTAINMENT
GÊNERO: POP
ANO: 2006
 
       Dois Quartos, lançado em 2006 como um disco duplo, sendo relançado em 2007, sendo cada disco (Quarto - Vol. 1 e Quartinho - Vol. 2) vendido separadamente, é o 4º álbum de estúdio da carreira da cantora, compositora, arranjadora, produtora e multi-instrumentista brasileira Ana Carolina. Vendeu 200 mil cópias no Brasil, sendo certificado de platina. Com este disco Ana recebeu uma indicação ao Grammy Latino, após sete anos sem ter indicações neste prêmio, para "Rosas" na categoria Melhor Canção Brasileira.
        Este é o trabalho mais autoral da cantora, autora da letra de 23 das 24 músicas do álbum. Ao mesmo tempo, o disco também é o mais polêmico da sua carreira, trazendo a artista pela primeira vez citando expressões de cunho sexual obscenas em algumas canções, o que inclusive faz com que o disco tenha um aviso de que é desaconselhável para menores por conter temas adultos.
            Em suas músicas, o álbum abrange temas como a bissexualidade ("Homens e Mulheres"), mulheres-objeto("Eu Comi a Madona"), questões políticas ("Nada Te Faltará" e "Notícias Populares") e redenção ("O Cristo de Madeira"). A faixa "La critique", que fala sobre a questão da loucura, não é cantada por Ana Carolina - a cantora mesclou gravações de pacientes realizadas em visitas a hospitais psiquiátricos com sons gravados em estúdio. Outra faixa, "Sen.ti.mentos", é totalmente instrumental e não contém letra.
            Pertence a esse álbum (Quartinho - Volume 02) a canção "Carvão", que esteve incluída na trilha sonora nacional da telenovela da Rede Globo, "Paraíso Tropical"
Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar
 
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
 
Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você
Quer me acompanhar.