VELHA ROUPA COLORIDA

BELCHIOR
COMPOSITOR: ANTONIO BELCHIOR
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ALUCINAÇÃO
GRAVADORA: POLYGRAM 
GÊNERO: MPB
ANO: 1976
 
        Antônio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior(Sobral, 26 de outubro de 1946Santa Cruz do Sul, 30 de abril de 2017), foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plástico e professor brasileiro.
          Um dos membros do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednardo, Amelinha e outros, Belchior foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados da década de 1970.
           Em certa época, Belchior fez uma brincadeira, adicionando os sobrenomes dos pais ao seu, dizendo que seu nome completo seria: "Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes", sendo assim, o "maior nome da MPB".
         Seu álbum Alucinação, de 1976, produzido por Marco Mazzola, é considerado por vários críticos musicais como um dos mais revolucionários da história da MPB, e um dos mais importantes de todos os tempos para a música brasileira.
          Em 2012, Belchior apareceu na posição 58 da lista As 100 Maiores Vozes da Música Brasileira pela Rolling Stone Brasil e na posição 100 da lista Os 100 Maiores Artistas da Música Brasileira pela Rolling Stone Brasil.
           Belchior ganhou o primeiro lugar no IV Festival Universitário de 1971 com a música "Hora do Almoço", interpretada por Jorginho Telles e Jorge Neri.
           Entre os seus maiores sucessos estão "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Como Nossos Pais", "Mucuripe" e "Divina Comédia Humana". Outras composições de Belchior de grande sucesso foram "Alucinação", "Na Hora do Almoço" (seu primeiro sucesso), "A Palo Seco", "Fotografia 3 x 4", "Comentário a Respeito de John", "Tudo Outra Vez", "Conheço o Meu Lugar", "Medo de Avião", "Coração Selvagem", "Como Nossos Pais" (sucesso na voz de Elis Regina), "Todo Sujo de Batom" (regravada por Antônio Marcos), "Paralelas" (gravada por Vanusa), "Galos, Noites e Quintais" (regravada por Jair Rodrigues), "Caso Comum de Trânsito", "Brasileiramente Linda", "Sujeito de Sorte", "Velha Roupa Colorida", dentre muitas outras.
          Estudioso da palavra, Belchior incluiu muitos idiomas em suas canções: português, inglês, espanhol, italiano, francês e latim.
        Alucinação é o segundo álbum de estúdio do cantor e compositor brasileiro Belchior, lançado em 1976 pela gravadora PolyGram, através do selo Philips (atual Universal Music). Conta com sucessos que consagraram o cantor, como "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida". Graças a esses hits, o álbum vendeu trinta mil cópias em apenas um mês. No total, o álbum vendeu mais de quinhentos mil cópias, consagrando-o como um ídolo de massa.
          Em 1977, em entrevista à revista Pop, Belchior explicou o título "Alucinação", dado ao disco: "Viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende?".
        A capa do disco é uma foto do cantor pelo fotógrafo Januário Garcia, tirada em um ângulo que segundo o profissional, não tem motivo específico. Os efeitos de cores e luzes foram obtidos por meio da técnica da solarização
Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo, hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
 
Nunca mais meu pai falou "she's leaving home"
E meteu o pé na estrada, like a Rolling Stone
Nunca mais eu convidei minha menina
Para correr no meu carro (loucura, chiclete e som)
Nunca mais você saiu à rua em grupo reunido
O dedo em V, cabelo ao vento, amor e flor, vejo cartaz
 
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
No presente a mente, o corpo é diferente
E o passado é uma roupa que não nos serve mais
 
Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo, hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
 
Como Poe, poeta louco americano
Eu pergunto ao passarinho
Assum preto, black bird
Pássaro preto o que se faz?
Raven, never, raven, never, never, never, never raven
Assum preto, black bird
Pássaro preto, me responde
Tudo já ficou atrás?
Raven, never, raven, never, never, never, never raven
Assum preto, black bird
Pássaro preto, me responde
O passado nunca mais
 
Você não sente, nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
E o que há algum tempo era jovem novo
Hoje é antigo
E precisamos todos rejuvenescer
E precisamos todos rejuvenescer yeah yeah yeah yeah yeah yeah
E precisamos todos rejuvenescer.

NA MESMA MOEDA

JÚLIA & RAFAELA
COMPOSITORES: CLEBER SOUZA E SILVA & IGOR VINICIUS TALHARI CORREIA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: PÉ NA RUA
GÊNERO: SERTANEJO
GRAVADORA: UNIVERSAL MUSIC GROUP
ANO: 2017
 
          Júlia e Rafaela cresceram em Campo Verde, no Mato Grosso, e se apaixonaram por música desde que eram pequenas. O que inspirou as meninas a começarem a cantar foi uma cena da novela A Favorita, na qual as personagens Donatela e Flora faziam um dueto da canção Beijinho Doce. Na hora em que Rafaela viu esse momento na TV, começou a cantar junto e sua voz chamou a atenção da mãe dela.
         O tempo passou e as irmãs se tornaram uma dupla sertaneja que já conquistou muitos fãs e emplacou músicas de sucesso, como Cancela Essa Briga, que alcançou mais de 761 mil pessoas no Spotify. Em abril, elas lançaram o álbum DESPERTAR – Ensaio e, em entrevista à CAPRICHO, contaram como foi o processo de criação e suas principais inspirações. Confira!
Eu já vi, e tô me segurando pra não ir ai
Se for quero brigar fica feio pra mim
E eu não sou assim
 
Por isso vai provar todo poder que uma vingança tem
Por pisar e machucar o coração de alguém
 
E sentir a revolta de uma pessoa enganada
Pagando o preço da mesma moeda dobrada
 
Olha aqui, não vou deixar barato eu vou descontar
Pra cada chifre que eu ganhei uns 10 'cê vai levar
Só pra te avisar só pra te avisar
 
Olha aqui, não vou passar um pano nessa traição
Nem vem bater na minha porta pedir meu perdão
Só pra te avisar, só pra te avisar
Mexe comigo não
 
Por isso vai provar todo poder que uma vingança tem
Por pisar e machucar o coração de alguém
 
E sentir a revolta de uma pessoa enganada
Pagando o preço na mesma moeda dobrada
 
Olha aqui, não vou deixar barato eu vou descontar
Pra cada chifre que eu ganhei uns 10 cê vai levar
Só pra te avisar, só pra te avisar
 
Olha aqui, não vou passar um pano nessa traição
Nem vem bater na minha porta pedir meu perdão
Só pra te avisar, só pra te avisar
 
Olha aqui, não vou deixar barato eu vou descontar
Pra cada chifre que eu ganhei uns 10 cê vai levar
Só pra te avisar, só pra te avisar
Mexe comigo não.

VÉRTIGO

ALAN SUTTON
COMPOSITORES: IVAN SEVILLANO PEREZ; JOSEBA LLANAS MAIRAL; RAUL FRANCISCO MARTIN ESCUTE & SAMUEL FERNANDEZ ROMERO
PAIS: ARGENTINA
ÁLBUM: ALAN SULTTON Y LAS CRIATURAS DE LA ANSIEDAD
DISCOGRÁFICA: INDEPENDIENTE
GÉNERO: SPANISH ROCK
AÑO: 2018
 
          Alan Sutton es un joven escritor, compositor y cantante argentino que comenzó su carrera en 2014, cuando sus escritos comenzaron a tomar forma de canciones. El recorrido junto a las Criaturitas de la Ansiedad se gestó en 2018 con la salida de su primer disco “Alan Sutton y Las Criaturitas de la Ansiedad”, grabado en los estudios Del Torito Records y publicado en abril de ese año.
          El proyecto nace de una necesidad imperante: la ruptura. No una ruptura política, o una ruptura de orden o duradera, sino una ruptura que se presenta de golpe, un camino distinto al habitual, una posibilidad hacia el juego. La belleza de abandonar lo cotidiano y de transitar lo ridículo, lo incoherente. Poder observarse desde lejos, analizar el personaje y a lo mejor quitarle peso.
           Las letras son el principal foco del conjunto, procurando que los mensajes sean claros y de lenguaje accesible, pero a su vez complejos y ricos en contenido. Para cada pieza musical se plantea, según lo que ella requiera, un estilo y una ejecución distinta, por ende, es una banda difícil de catalogar en un género o estilo único.
          En los shows, la banda intenta quebrar el límite de la experiencia audiovisual, generando situaciones en donde pueda participar el público. Desde la utilización de elementos teatrales “Las Criaturitas” buscan desestructurar los escenarios con el fin de poder conectarse con el público a través de todos los medios posibles. Los músicos que acompañan a Alan Sutton (voz y guitarra) son Jerónimo Romero (guitarra eléctrica y coros), Lautaro Rodríguez Álvarez (teclado y coros), Tomas Caso (bajo eléctrico), Agustín Ruiz Panelo (percusiones), Ignacio Bennatti (batería).
        En 2020, el grupo presenta su segundo disco “Hombrecito con Los Pies en la Tierra” lanzado en tres partes.
        En noviembre de 2021 se estrena el single "No tengo hambre tengo ansiedad". El 27 de este mes la banda se presenta en vivo en Plataforma Lavarden, Rosario.
Es jueves y ella está cansada
Se sienta algo nublada
Frente al televisor
Inventa utopías literarias
Y cuenta calendarios desde su sillón
 
Le molesta tanta banalidad
Pero igual se queda así
Le molesta todo en esa maldita ciudad
Pero igual se queda ahí.
 
Jugando siempre
A ser quien no es
Decí hoy
Con cuál de todas tus paredes
Te la vas a poner?
 
Ella corre, corre, corre
Finge no verte a vos
Ella corré, corré, corré
Y atrás está el reloj
Y le da vértigo, mucho vértigo, tanto vértigo
 
Es jueves y ella está pasada
Y deja que un extraño le de calor
Lo mira de reojo mientras duerme
Y deja volar su imaginación
 
Le molesta tanta fatalidad
Pero igual se siente así
Le molestan tantas cosas ya
Que es mejor dejarlo ahí
 
Jugando, siempre
Con distinto papel
Decí hoy
Con cuál de todas tus paredes
Te la vas a poner
 
Ella corre, corre, corre
Finge no verte a vos.
Ella corré, corré, corré
Y atrás está el reloj
 
Y le da vértigo, mucho vértigo, tanto vértigo
Que ya es tarde y la noche
Se te hizo de día
Y en la calle, ya no queda nadie
Que ría con vos
 
Ella corre, corre, corre
Finge no verte a vos
Ella corré, corré, corré
Como el viento,
Y atrás está el reloj
Y le da vértigo, mucho vértigo, tanto vértigo.

LA INGRATA

CAFE TACVBA
COMPOSITOR: ENRIQUE RANGEL ARROYO; JOSE ALFREDO RANGEL ARROYO; EMMANUEL DEL REAL DIAZ & RUBEN ISAAC ALBARRAN ORTEGA
PAIS: MÉXICO
ÁLBUM: RE
DISCOGRÁFICA: WARNER MUSIC ARGENTINA
GÉNERO: SPANISH ROCK
AÑO: 1994
 
               Re es el segundo álbum de estudio de la banda mexicana Café Tacvba lanzado en 1994. Fue grabado en Los Ángeles, California y Cuernavaca, Morelos bajo la producción del argentino Gustavo Santaolalla. Este es considerado su mejor material de estudio Para este disco Café Tacvba contó con la participación de otros artistas como Luis Conte y Alejandro Flores. Rubén Albarrán, vocalista del grupo, es acreditado en este disco como "Cosme".
         En él la banda experimenta con diversos géneros musicales, desde la música regional mexicana, como el trío, el huapango, la música norteña y banda, hasta otros tan diversos como el punk, el heavy metal, el funk, el grunge, el mambo, el samba brasileño y el ska jamaiquino. El disco fue ampliamente aclamado por la crítica (enarbolado a la categoría de obra maestra) e incluso ha sido comparado por diversos medios norteamericanos con el White Album de The Beatles debido a su genialidad musical, variedad, calidad y cantidad de temas. Con este alcanzaron la consagración internacional y llegaron a vender casi medio millón de copias de este material.
            Tras la buena acogida que tuvo el álbum debut homónimo de 1992, los Tacvba empiezan a dar forma lo que será su segundo material. La banda venía de girar por todo el país, y en esos viajes descubrieron más de cerca la multiculturalidad de México en su conjunto, y la manera en que toda esa suma de códigos podía convivir dentro de una misma sociedad. Esa fascinación por el rock, la tradición, la estética, el sincretismo y la amalgama de lo preshispánico con lo postmoderno, los lleva a dar un paso más allá y a componer canciones que los retraten como jóvenes inmersos en un país diverso, con las distintas visiones y músicas que habían escuchado ellos hasta ese momento. Además, se suma a esto la intención de por primera vez crear canciones premeditadas para un álbum de estudio y no canciones que vieran la luz en presentaciones en vivo como sucedió con el repertorio de la placa anterior.
         El título de R es completamente literal y conceptual. Viene del prefijo "re-" y es una reflexión acerca del ciclo de la vida humana, y de la idea de que el mestizaje musical es un recorrido circular que vuelve a su punto inicial. Es más: en una edición rara y limitada del disco (que solo salió en México), aparecen en su arte las palabras Repetición, Reiteración, Reciclaje, Resistencia; además de una especie de caligrama en forma de espiral con la leyenda "Todo lo que fue volverá a ser y todo lo que es dejará de ser – proverbio nahuatl", y hasta una cita textual del antropólogo mexicano Guillermo Bonfil Batalla que habla precisamente de la noción cíclica del tiempo.
           El título Re guarda también relación con lo que es el trabajo profesional de la banda, ya que un segundo material de estudio significaba para ellos un ciclo de reinicio.
            El álbum salió a la venta a mediados de 1994, y pese a dar cuenta de un loable crecimiento artístico, este no tuvo en sus albores una recepción favorable. Tanto la crítica como el público mexicano vilipendiaron a la placa, por considerarla extraña, incomprensible y no tan divertida como lo fue el primer álbum. No obstante, algunas canciones de Re comenzarían en un tiempo a sonar fuerte en países de América del Sur, particularmente en Chile donde fueron a tocar varias veces dentro de un mismo año. A raíz de esto, su popularidad creció y se extendió al resto de la región hispanoamericana (en buena parte por la "generación MTV" de los noventa) y despiertan el interés de la prensa especializada norteamericana y de artistas de la talla de David Byrne.
           Re terminó siendo un éxito rotundo, logrando disco de oro solo en México por más de 40.000 copias vendidas, y pone a la banda en el mapa del rock en español. De esta producción se desprendió como sencillo "La Ingrata," cuyo video fue premiado como Video de la Gente en los MTV Video Music Awards de 1995, en la señal latina. También se desprendieron otras importantes canciones que ya son clásicos de la banda: El Ciclón, Esa noche, Las Flores, El Metro, El baile y el salón y El puñal y el corazón.
         A fines de 2014, Cafe Tacvba realiza la gira #20reCT25, que celebró el vigésimo aniversario del álbum y las bodas de plata de la agrupación, recorriendo México, Estados Unidos y países de Sudamérica. En cada una de esas fechas, el cuarteto tocó de manera íntegra del ya célebre disco, con las veinte canciones que lo conforman.
         Café Tacvba es una banda mexicana de rock alternativo procedente de la Ciudad Satélite, en el municipio de Naucalpan, Estado de México, México. El grupo se conformó en el año 1989. Además del éxito comercial y de crítica que han logrado, el grupo es reconocido por su proyecto cultural vanguardista el cual mezcla el rock y sus temas habituales con letras, historias y sonidos extraídos de la cultura popular mexicana, esto último gracias al uso en diversas canciones de instrumentos como tololoche y jarana. Entre los principales premios obtenidos a lo largo de su carrera, destacan el Grammy y el Grammy Latino.
      El grupo está conformado por Rubén Albarrán(voz principal y guitarra rítmica), Emmanuel del Real(teclados y coros), Joselo Rangel(guitarra) y Quique Rangel (bajo y contrabajo). Si bien el cantante principal es Rubén, los otros tres integrantes también han prestado su voz para distintas canciones.
             Originalmente Rubén Albarrán entró al mundo de la música con un grupo originario del EDOMEX con cercanía a la CDMX. Este grupo se llamaba "Grupo Torah" y estaba integrado por Guillermo Aguirre (Bajista), Ulises de la Torre (Guitarrista), Darío Gómez (1.er Baterista), Jesús Ambriz (2.º Baterista) y Rubén Albarrán (Vocalista). El grupo ensayaba en la casa del bajista, la casa está ubicada en Naucalpan de Juárez; Grupo Torah llegó a tener canciones muy reconocidas por el público como, por ejemplo: Ariana y Las Persianas. Al final, Rubén se salió del grupo para seguir con su proyecto de "Alicia ya no vive aquí".
          En los inicios de Café Tacvba, se llamaron Alicia ya no vive aquí(en homenaje al director Martin Scorsese y su película del mismo nombre). La mayoría de las producciones realizadas por la banda en esa época fueron influenciadas por música anglosajona, al estilo de The Cure y Def Leppard. Posteriormente, tomaron su nombre de un conocido café del Centro Histórico de la Ciudad de México, Café de Tacuba, llamado así por su ubicación en la calle del mismo nombre. Previendo disputas legales con el restaurante, el grupo eligió reemplazar la u por la v.
             Café Tacvba recibió el premio Leyenda MTV por su trayectoria, a manos de Morrissey, quien aseguró que eran músicos extraordinarios.
Ingrata
No me digas que me quieres
No me digas que me adoras
Que me amas, que me extrañas
Ya no te creo nada
 
Ingrata
¿Qué no ves que estoy sufriendo?
Por favor hoy no me digas
Que sin mi te estás muriendo
Que tus lágrimas son falsas
 
Ingrata
No me digas que me adoras
Se te nota que en tus labios
Ya no hay nada que tu puedas
Ofrecer a esta boca
 
Por eso ahora yo sé que veniste
Porque te acuerdas de mi cariño
Por eso ahora que estoy tan triste
No quiero que nadie me mire sufrir
 
Oy, oy, oy, oy, oy, oy, ingrata
No me digas que me quieres
Tu desprecias mis palabras
Y mis besos, los que alguna vez
Hicieron que soñaras
 
Ingrata
No te olvides que si quiero
Pues si puedo hacerte daño
Solo falta que yo quiera
Lastimarte y humillarte
 
Ingrata
Aunque quieras tu dejarme
Los recuerdos de esos días
De las noches tan oscuras
Tu jamás podrás borrarte
 
No me digas que me quieres
Que me adoras, que me extrañas
Ya no te creo nada
 
Por eso ahora yo sé que veniste
Porque te acuerdas de mi cariño
Y no me importa si lloro un poquito
Porque ese poquito será por tu amor
 
No vengas para pedirme
Que tenga compasión de ti
Y vienes luego a decirme
Que quieres estar lejos de mi
 
Te pido que no regreses
Si no es para darme un poquito de amor
Te pido y te lo suplico
Por el cariño que un día nos unió
 
Ingrata
No me digas que me quieres
No me digas que me adoras
Que me amas, que me extrañas
Ya no te creo nada
 
Ingrata
¿Qué no ves que estoy sufriendo?
Por favor hoy no me digas
Que sin mi te estás muriendo
Que tus lágrimas son falsas
Tu desprecias mis palabras
Y mis besos
Pues si quiero hacerte daño
Solo falta que yo quiera lastimarte
Y humillarte
 
Ingrata
Aunque quieras tu dejarme
Los recuerdos de esos días
De las noches tan oscuras
Tu jamás podrás borrarte
 
Por eso ahora tendré que obsequiarte
Un par de balazos, pa' que te duela
Y aunque estoy triste por ya no tenerte
Voy a estar contigo en tu funeral.