Eu tenho uma tesourinha
Que corta ouro e marfim
Serve também pra cortar
Línguas que falam de mim
O pé de anjo, o pé de anjo
És rezador, és rezador
Tens o pé tão grande
Que és capaz de pisar nosso senhor
A mulher e a galinha
São dois bichos interesseiros
A galinha pelo milho
E a mulher pelo dinheiro
CHUVAS DE VERÃO
FRANCISCO ALVES
COMPOSITOR: FERNANDO LOBO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: FRANCISCO ALVES
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1948
Francisco
de Morais Alves, mais conhecido por Francisco Alves, Chico Alves ou Chico Viola
(Rio de Janeiro,19 de agosto de 1898 —Pindamonhangaba, 27 de setembro de 1952),
foi um dos mais populares cantores do Brasil na primeira metade do sèculo XX,
e considerado por muitos o maior do país. A qualidade de seu trabalho lhe
rendeu em 1933, pelo radialista César Ladeira, a alcunha de "Rei da Voz". Foi, ainda, peça decisiva
para a construção de vários gêneros populares da música.
Alves
era uma figura alta e magra; andava sempre elegante e bem penteado; muito
sorridente e avesso às bebidas. Como seu ídolo Vicente
Celestino, tinha uma voz de tenor mas, com o tempo, consolidou-se em barítono.
De origem humilde, deixou uma vasta produção de mais de quinhentos discos; sua
morte trágica causou imensa comoção no país, num sentimento que um de seus
biógrafos, David Nasser (que também era amigo e compositor de
algumas músicas por ele interpretadas), escreveu: "Tu, só tu, madeira
fria, sentirás toda agonia do silêncio do cantor". A despeito disso,
muitos no meio artístico o consideravam bruto, de poucos amigos e vários
desafetos.
Foi
dele a primeira gravação de disco elétrico feita no Brasil. Graças a ele
compositores como Cartola, Heitor dos Prazeres ou Ismael
Silva vieram a ser consagrados, o mesmo ocorrendo com várias canções que
interpretou, como Ai! que saudade da Amélia, ou a primeira
gravação do samba Aquarela do Brasil do parceiro Ary
Barroso. Representava para o país, quando de sua morte, o que o cantor Maurice
Chevalier era para a França: um "caso raro" — como então registrou o Jornal
do Brasil.
Podemos
ser amigos simplesmente
Coisas do
amor, nunca mais
Amores do
passado, no presente
Repetem
velhos temas tão banais
Ressentimentos
passam como o vento
São
coisas do momento
São
chuvas de verão
Trazer
uma aflição dentro do peito
É dar
vida a um defeito
Que se cura
com a razão
Estranha
no meu peito
Estranha
na minha alma
Agora eu vivo
em calma
Não te conheço
mais ...
Podemos
ser amigos, simplesmente
Amigos,
simplesmente e nada mais.
SAMBA DA PERGUNTA
MÁRCIA
COMPOSITOR: JOÃO GILBERTO
album: Bossa Nova EU E A BRISA
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1968
Ela agora mora só no pensamento
Ou então no firmamento
Em tudo que no céu viaja
Pode ser um astronauta
Ou ainda um passarinho
Ou virou um pé de vento
Pipa de papel de seda
Ou, quem sabe
Um balãozinho
Pode estar num asteróide
Pode ser a Estrela Dalva
Que daqui se olha
Pode estar morando em Marte
Nunca mais se soube dela
Desapareceu..
O MUNDO É UM MOINHO
CAZUZA
COMPOSITOR: CARTOLA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: TIME DOESN’T STOP.
GRAVADORA: UNIVERSAL MUSIC BRASIL.
GÊNERO: TRILHA SONORA/SAMBA
ANO: 2001
Agenor
de Miranda Araújo Neto, (Rio de Janeiro, 4 de abril
de 1958-Rio de
Janeiro, 7 de julho de 1990), mais
conhecido como Cazuza, foi um cantor,
compositor,
poeta
e letristabrasileiro.
Inicialmente conhecido como vocalista e principal letrista da banda Barão
Vermelho, na qual fez bem sucedida parceria com Frejat,
posteriormente seguiu carreira solo, sendo aclamado pela crítica como
um dos principais poetas da música brasileira.
Também
ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo assumido em
entrevistas sua bissexualidade. Em 1989, revelou ser soropositivo
(termo usado para descrever a presença do vírus HIV, causador da AIDS), e morreu em 1990, aos 32 anos no Rio de
Janeiro.
Cazuza
- O Tempo Não Para é um filmebrasileiro de 2004, do gênero dramabiográfico,
dirigido por Sandra
Werneck e Walter Carvalho, com o roteiro
baseado na vida do cantor e compositor Cazuza.
O
roteiro foi escrito por Fernando Bonassi e Victor Navas, é baseado no
livro Cazuza: Só as Mães São Felizes,
escrito pela mãe do cantor, Lucinha
Araújo, e pela jornalista Regina
Echeverria.