CANTO DE OSSANHA
ELIS REGINA
COMPOSITOR: VINICIUS DE MORAES & BADEN POWELL
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DOIS NA BOSSA
GRAVADORA: CONTINENTAL
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1966

Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. Conhecida por sua competência vocal, musicalidade e presença de palco, é considerada por muitos críticos a melhor cantora popular do Brasil a partir dos anos 1960 ao início dos anos 1980; para muitos, a melhor cantora brasileira de todos os tempos, comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday. Com os sucessos de Falso Brilhante (1975-1977) e Transversal do Tempo (1978), Elis Regina inovou os espetáculos musicais no país.

-"O canto da mais difícil
E mais misteriosa das deusas
Do candomblé baiano
Aquela que sabe tudo
Sobre as ervas
Sobre a alquimia do amor"

Deaaá! Deeerê! Deaaá!
O homem que diz "dou"

Não dá!
Porque quem dá mesmo
Não diz!
O homem que diz "vou"
Não vai!
Porque quando foi
Já não quis!
O homem que diz "sou"
Não é!
Porque quem é mesmo "é"
Não sou!
O homem que diz "tou"
Não tá
Porque ninguém tá
Quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha
Traidor!
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Não Vou!...

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...

Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha
Não vá!
Que muito vai se arrepender
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pr'o seu Orixá
O amor só é bom se doer...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!...

Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor
Que passou
Não!
Eu só vou se for prá ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor...

Vai! Vai! Vai! Vai!
Amar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Sofrer!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Chorar!
Vai! Vai! Vai! Vai!
Dizer!...(2x)
DINDI
SYLVINHA TELLES
COMPOSITOR: ANTONIO CARLOS JOBIM & ALOYSIO DE OLIVEIRA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: AMOR EM HI-FI
GRAVADORA PHILIPS
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1958

"Dindi" é uma canção composta por Antonio Carlos Jobim com letras de Aloysio de Oliveira. Ray Gilbert adicionou letras em Inglês. Tom Jobim escreveu a canção especialmente para Sylvia Telles. Em dezembro de 1966, um pouco depois da cantora ter gravado a música com a violonista Rosinha de Valença, ela foi morta num acidente de estrada no Rio de Janeiro.
Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi composta para Sylvinha Telles, nem para pessoa alguma. Era o nome de um lugar na cidade de São Jose do Vale do Rio Preto, onde Tom e Vinícius costumavam ir. Há uma fazenda que chama-se "Dirindi", de onde veio esse nome em diminutivo. Essa história, que muitos já conheciam, foi confirmada por Helena Jobim, irmã do compositor, em seu livro.
Céu! Tão grande é o céu
E bandos de nuvens que passam ligeiras
Pra onde elas vão?
Ah! Eu não sei, não sei...
E o vento que fala nas folhas contando as histórias
que são de ninguém...
Mas que são minhas...
E de você também...
Ai, Dindi...
Se soubesses o bem que te eu quero
O mundo seria Dindi
Tudo, Dindi,
Lindo, Dindi...
Ai, Dindi...
Se um dia você for embora
Me leva contigo, Dindi
Fica Dindi...
Olha, Dindi...
E as águas desse rio onde vão eu não sei
A minha vida inteira esperei
Esperei por você, Dindi
Que é a coisa mais linda que existe
Ah, você não existe Dindi
Deixa, Dindi
Que eu te adore, Dindi.

CASACO MARROM
TRIO ESPERANÇA
COMPOSITORES: Guarabyra/ Danilo Caymmi/ Renato CorrêA
álbum: A Capela
GRAVADORA:PHILIPS
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1992

NOTA: Trio Esperança é um conjunto vocal formado no Rio de Janeiro em 1958 pelos irmãos Mário, Regina e Evinha







Eu vou voltar aos velhos tempos de mim
Vestir de novo o meu casaco marrom
Tomar a mão da alegria e sair
Bye bye, Cecy "nous allons"
Copacabana está dizendo que sim
Botou a brisa à minha disposição
A bomba h quer explodir no jardim
Matar a flor em botão
Eu digo que não
Olhando a menina
De meia estação
Alô coração,
Alô coração, alô coração
Eu vou voltar aos velhos tempos de mim

Vestir de novo o meu casaco marrom

NAQUELA MESA
NELSON GONÇALVES
COMPOSITOR: SÉRGIO BITTENCOURT
(EM HOMENAGEM PÓSTUMA AO SEU PAI)
ÁLBUM: Nelson Gonçalves Ele E Elas, Vol. 2
Gravadora: Sony Music; Selo: RCA Records
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1998





Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim


Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim