DINDI
SYLVINHA TELLES
COMPOSITOR: ANTONIO CARLOS JOBIM & ALOYSIO DE OLIVEIRA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: AMOR EM HI-FI
GRAVADORA PHILIPS
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1958

"Dindi" é uma canção composta por Antonio Carlos Jobim com letras de Aloysio de Oliveira. Ray Gilbert adicionou letras em Inglês. Tom Jobim escreveu a canção especialmente para Sylvia Telles. Em dezembro de 1966, um pouco depois da cantora ter gravado a música com a violonista Rosinha de Valença, ela foi morta num acidente de estrada no Rio de Janeiro.
Ao contrário do que pensam muitas pessoas, não foi composta para Sylvinha Telles, nem para pessoa alguma. Era o nome de um lugar na cidade de São Jose do Vale do Rio Preto, onde Tom e Vinícius costumavam ir. Há uma fazenda que chama-se "Dirindi", de onde veio esse nome em diminutivo. Essa história, que muitos já conheciam, foi confirmada por Helena Jobim, irmã do compositor, em seu livro.
Céu! Tão grande é o céu
E bandos de nuvens que passam ligeiras
Pra onde elas vão?
Ah! Eu não sei, não sei...
E o vento que fala nas folhas contando as histórias
que são de ninguém...
Mas que são minhas...
E de você também...
Ai, Dindi...
Se soubesses o bem que te eu quero
O mundo seria Dindi
Tudo, Dindi,
Lindo, Dindi...
Ai, Dindi...
Se um dia você for embora
Me leva contigo, Dindi
Fica Dindi...
Olha, Dindi...
E as águas desse rio onde vão eu não sei
A minha vida inteira esperei
Esperei por você, Dindi
Que é a coisa mais linda que existe
Ah, você não existe Dindi
Deixa, Dindi
Que eu te adore, Dindi.

CASACO MARROM
TRIO ESPERANÇA
COMPOSITORES: Guarabyra/ Danilo Caymmi/ Renato CorrêA
álbum: A Capela
GRAVADORA:PHILIPS
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1992

NOTA: Trio Esperança é um conjunto vocal formado no Rio de Janeiro em 1958 pelos irmãos Mário, Regina e Evinha







Eu vou voltar aos velhos tempos de mim
Vestir de novo o meu casaco marrom
Tomar a mão da alegria e sair
Bye bye, Cecy "nous allons"
Copacabana está dizendo que sim
Botou a brisa à minha disposição
A bomba h quer explodir no jardim
Matar a flor em botão
Eu digo que não
Olhando a menina
De meia estação
Alô coração,
Alô coração, alô coração
Eu vou voltar aos velhos tempos de mim

Vestir de novo o meu casaco marrom

NAQUELA MESA
NELSON GONÇALVES
COMPOSITOR: SÉRGIO BITTENCOURT
(EM HOMENAGEM PÓSTUMA AO SEU PAI)
ÁLBUM: Nelson Gonçalves Ele E Elas, Vol. 2
Gravadora: Sony Music; Selo: RCA Records
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1998





Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã

Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim


Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim

NORMALISTA

NELSON GONÇALVES
COMPOSITORES: BENEDITO LACERDA & DAVID NASSER
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: 50 ANOS DE BOEMIA – VOL II
GRAVADORA: RCA VITOR
GÊNERO: SAMBA-CANÇÃO
ANO:1991
 
           Nélson Gonçalves, nome artístico de Antônio Gonçalves Sobral (Santana do Livramento, 21 de junho de 1919 — Rio de Janeiro, 18 de abril de 1998), foi um cantor e compositor brasileiro. Segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 78 milhões de cópias vendidas, fica atrás apenas de Roberto Carlos, com mais de 120 milhões. Seu maior sucesso foi a canção "A Volta do Boêmio".
              Nasceu e passou parte da infância no interior do Rio Grande do Sul. Aos sete anos mudou-se com seus pais para São Paulo. Estavam em busca de melhores condições de vida, e foram viver em uma casa alugada no bairro do Brás. Nesta época, passou a ajudar seu pai no sustento do lar, quando passou a ser levado por ele para praças e feiras, onde, enquanto seu pai tocava violino, Nelson cantava, agradando os transeuntes e ganhando gorjetas. Para sustentar a família, seu pai também vendia frutas na feira e fazia serviços de pedreiro.
           Sua família era muito humilde e por isto, Nelson teve que abandonar os estudos no início de sua adolescência, para ajudar de fato o pai a sustentar o lar. Trabalhou como jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro. Querendo ganhar mais dinheiro e seguir uma profissão, se inscreveu em concursos de luta e venceu, tornando-se lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo, aos dezesseis anos de idade, o título de campeão paulista de luta. Após o prêmio, só ficou mais um ano lutando, pois queria investir em seu sonho de infância: Ser artista.
              Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, tomou coragem e não se deixou levar pelos preconceitos, e decidiu ser cantor, após deixar os ringues de luta. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois, passando a trabalhar como pedreiro.
              Nessa época, em 1939, aos 20 anos, casou-se com sua noiva, Elvira Molla, paulistana de família de operários, descendente de italianos. Com Elvira teve um casal de filhos: Marilene Molla Gonçalves e Nelson Antônio Molla Gonçalves. Ficou desempregado após o nascimento dos filhos, e após alguns dias procurando, começou a trabalhar como garçom no bar de seu único irmão, na Avenida São João.
             Nesse mesmo ano, em busca de uma vida melhor, partiu com a esposa e os filhos para o Rio de Janeiro, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros, se apresentando em diversas emissoras. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir, e, mesmo muito desolado, não desistiria fácil do seu sonho de ser cantor. Nelson voltou a trabalhar como garçom em bares do Rio para sustentar a casa. Para ajudar nas despesas da família, que vivia no subúrbio carioca, sua esposa começou a trabalhar em casa como costureira.
             Em 1941, nas horas vagas, começou a cantar por conta própria em bares, conseguindo gorjetas. Voltou a tentar se apresentar em programas de calouro, sendo enfim aprovado. Foi chamado para gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace) e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.

Vestida de azul e branco
Trazendo um sorriso franco
Num rostinho encantador
Minha linda normalista
Rapidamente conquista
Meu coração sem amor
Eu que trazia fechado
Dentro do peito guardado
Meu coração sofredor
Estou bastante inclinado
A entregá-lo aos cuidados
Daquele brotinho em flor
Mas a normalista linda
Não pode casar ainda
Só depois que se formar
Eu estou apaixonado
O pai da moça é zangado
E o remédio é esperar.