O PEQUENO BURGUÊS
MARTINHO DA VILA
AUTOR: MARTINHO DA VILA
PAÍS: BRASIL
PRIMEIRO ÁLBUM: O PEQUENO BURGUÊS
GRAVADORA: MZA MUSIC
GÊNERO: SAMBA/PAGODE
ANO: 2008
Martinho
José Ferreira, mais conhecido por Martinho da Vila, (Duas
Barras, 12 de fevereiro de 1938) é um músico, compositor
e escritor brasileiro.
Filho
de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, mudou-se para o Rio de Janeiro com
apenas quatro anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser
homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia
nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de
"meu off-Rio". Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos-Forros, a primeira
profissão foi como auxiliar de químico industrial, função aprendida no curso
intensivo do SENAI.
Mais tarde, serviu o Exército
Brasileiro como sargento burocrata. Nesta instituição ele começou na Escola
de Instrução Especializada, tornando-se escrevente e contador, profissões que
abandonou em 1970,
quando deu baixa para se tornar músico profissional.
A
carreira artística surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu
com a música "Menina Moça". O sucesso veio no ano seguinte, na quarta
edição do mesmo festival, lançando a canção "Casa de Bamba", um dos
clássicos de Martinho. O primeiro álbum, lançado em 1969, intitulado Martinho
da Vila, já demonstrava a extensão de seu talento como compositor e músico,
incluindo, além de "Casa de Bamba", obras-primas como "O Pequeno
Burguês", "Quem é Do Mar Não Enjoa" e "Prá Que
Dinheiro" entre outras menos populares como "Brasil Mulato",
"Amor Pra que Nasceu" e "Tom Maior". Logo tornou-se um dos
mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de
disco no Brasil, sendo o segundo sambista a
ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD Tá Delícia, Tá Gostoso lançado
em 1995 (o primeiro
foi Agepê,
que em 1984 vendeu
um milhão e meio de cópias com seu disco Mistura Brasileira). Destacam-se Zeca
Pagodinho, Simone
(CD Café com leite, um tributo a Martinho da Vila, 1996) e Alcione
como os maiores intérpretes.
A
celebração do 75º aniversário do cantor, bem como 45 anos de carreira, levou
Martinho a receber o segundo volume da série Sambabook em 2013, depois de João
Nogueira receber o original no ano anterior.
Felicidade!
Passei no vestibular
Mas a faculdade
É particular
Particular!
Ela é particular
Particular!
Ela é particular...
Passei no vestibular
Mas a faculdade
É particular
Particular!
Ela é particular
Particular!
Ela é particular...
Livros tão caros
Tanta taxa prá pagar
Meu dinheiro muito raro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar...
Tanta taxa prá pagar
Meu dinheiro muito raro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar...
Morei no subúrbio
Andei de trem atrasado
Do trabalho ia prá aula
Sem jantar e bem cansado
Mas lá em casa
À meia-noite
Tinha sempre a me esperar
Um punhado de problemas
E criança prá criar...
Andei de trem atrasado
Do trabalho ia prá aula
Sem jantar e bem cansado
Mas lá em casa
À meia-noite
Tinha sempre a me esperar
Um punhado de problemas
E criança prá criar...
Para criar!
Só criança prá criar
Para criar!
Só criança prá criar...
Só criança prá criar
Para criar!
Só criança prá criar...
Mas felizmente
Eu consegui me formar
Mas da minha formatura
Não cheguei participar
Faltou dinheiro prá beca
E também pro meu anel
Nem o diretor careca
Entregou o meu papel...
Eu consegui me formar
Mas da minha formatura
Não cheguei participar
Faltou dinheiro prá beca
E também pro meu anel
Nem o diretor careca
Entregou o meu papel...
O meu papel!
Meu canudo de papel
O meu papel!
Meu canudo de papel...
Meu canudo de papel
O meu papel!
Meu canudo de papel...
E depois de tantos anos
Só decepções, desenganos
Dizem que sou um burguês
Muito privilegiado
Mas burgueses são vocês
Eu não passo
De um pobre coitado
E quem quiser ser como eu
Vai ter é que penar um bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado...
Só decepções, desenganos
Dizem que sou um burguês
Muito privilegiado
Mas burgueses são vocês
Eu não passo
De um pobre coitado
E quem quiser ser como eu
Vai ter é que penar um bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado...