AVE MARIA NO MORRO
OU
 (BARRACÃO DE ZINCO)
DALVA DE OLIVEIRA
COMPOSITOR: HERIVELTO MARTINS
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MEUS MOMENTOS: DALVA DE OLIVEIRA
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA-CANÇÃO
ANO: 1999

Vicentina de Paula Oliveira, conhecida como Dalva de Oliveira, (Rio Claro, 5 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1972) foi uma cantora brasileira.
Segundo a revista Rolling Stone, Dalva de Oliveira foi considerada a 32ª maior voz da música brasileira de todos os tempos.
Dalva realizou mais de 400 gravações e sua voz está em vários coros de discos de Carmen Miranda, Orlando Silva, Francisco Alves, Mário Reis entre outros.
Na primeira versão do filme Branca de Neve e os Sete Anões produzida pelos estúdios Disney, em 1938, Dalva de Oliveira dublou os diálogos da personagem Branca de Neve. As canções foram interpretadas pela dubladora Maria Clara Tati Jacome.
Em 1974 foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo O Rouxinol da Canção Brasileira. Em 1976 a Escola de Samba Turunas do Riachuelo (4º escola de samba do Brasil - Juiz de Fora - Minas Gerais) foi tricampeã do carnaval da cidade com o enredo "Estrela Dalva", que foi homenageada de forma não biográfica, sendo o samba antológico na cidade.
Em 1987 a Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense levou para a Sapucaí o enredo "Estrela Dalva", sendo último trabalho do carnavalesco Arlindo Rodrigues.

Marília Pêra interpretou a cantora no musical "A ESTRELA DALVA" em 1987 no Teatro João Caetano.


Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô
Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu

Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer

E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria

Ave Maria
Ave
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece

Ave Maria
TIRO AO ÁLVARO
ELIS REGINA & ADONIRAN BARBOSA
COMPOSITORES: ADONIRAN BARBOSA & OSVALDO MOLLES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: Elis
GRAVADORA: EMI/ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1980

Elis é o último álbum de estúdio da cantora Elis Regina, lançado em 1980 pela gravadora EMI-Odeon. O álbum vendeu apenas 52 mil cópias, enquanto Elis ainda estava viva.
Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro.
Rubinato representava em programas de rádio diversas personagens, entre as quais, Adoniran Barbosa, que acabou por se confundir com seu criador dada a sua grande popularidade. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.

 

De tanto levar
"Frechada" do teu olhar
Meu peito até, parece sabe o quê?
"Táubua" de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furar ( não tem mais )

De tanto levar
"Frechada" do teu olhar
Meu peito até
Parece sabe o quê ?
"Táubua" de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furar ( não tem mais )

Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar, mata mais que atropelamento de "automóver"

Mata mais que bala de "revórver".
SAUDOSA MALOCA
Demônios da Garoa
COMPOSITOR: ADONIRAN BARBOSA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: SAUDOSA MALOCA
GRAVADORA: BAND MUSIC
GÊNERO: SAMBA
ANO:1955

Demônios da Garoa é um grupo musical brasileiro, paulistano, grande intérprete de Adoniran Barbosa, com 71 anos de existência.
Adoniran Barbosa (pseudônimo de João Rubinato) foi o compositor que melhor retratou o ambiente urbano e popular da cidade de São Paulo nos anos 50 e 60; nascido em 6/8/1910 em Jundiaí - SP, faleceu em 23/11/1982 em São Paulo, foi um artista tipicamente autodidata.
"Saudosa maloca" é um dos seus maiores sucessos e foi incluído por Ricardo Cravo Albin na coletânea "As 14 músicas do século XX". Recebeu inúmeras gravações, mas a que melhor retratou o clima da São Paulo da periferia foi a dos "Demônios da Garoa", conjunto de cantores e músicos populares formado ainda no final da década de 40 tendo sido o conjunto que melhor interpretou a obra de Adoniran Barbosa.
Si u sinhô num tá lembradu
Dá licença di contá,
Que aqui onde agora está
Esse adifício arto
Era uma casa véia,
Um palacête assobradado.

Foi aqui seu moçu
Que Eu, Mato Grosso e o Joca
Construimus nossa maloca.

Mais um dia
Nóis nem podi si alembrá
Veio os homes com as ferramentas
O dono mandô derruba.

Peguemo todas nossas coisas
E fumus pro meio da rua
Apreciá a demolição.

Qui tristeza qui nóis sentia
Cada táuba que caía
Duía no coração.

Mato grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homes está coa razão
Nois arranjá outro lugá.

Só se conformemos
quando o Joca falou:
Deus dá o frio
 conforme o cobertô
E hoje nois pega a páia
nas gramas du jardim
E pra isquecê
nois cantemos assim:
Saudosa Maloca
Maloca quirida
Dim dim dondi nós passemos
Dias filiz de nossa vida.

Saudosa Maloca
Maloca querida
Dim dim donde nós passemos
Dias filiz da nossa vida.

LA DERNIÈRE VALSE
MIREILLE MATHIEU
COMPOSITORES: LES REED AND BARRY MASON
BRITISH ORIGINAL SONG: The Last Waltz
Álbum: Bonjour Mireille
GRAVADORA: COLUMBIA
GENRE: CHANSON
AN: 1966

Mireille Mathieu (AviGNON, 22 de julho de 1946) é uma cantora francesa com uma carreira nacional e internacional de mais de cinquenta anos, condecorada com a Légion d'Honneur..
Com uma ascensão meteórica em sua carreira, Mireille participa de programas de televisão nos Estados Unidos e apresenta-se no Olympia, em 1967. O Instituto Francês de Opinião Pública, na época, pesquisou junto ao público e declarou Mireille como a cantora preferida do povo francês.
Depois de se apresentar na tv em 1965, e de sua estréia no “Olympia” em 1966, Mireille já era uma celebridade de domínio público. Foi saudada pela imprensa com grande espalhafato e anunciada como a “próxima Edith Piaf”, pela evidente semelhança de seu timbre de voz com o de Edith, morta três anos antes.
Sua versão “La dernière valse”, que era um sucesso em inglês do cantor britânico Engelbert Humperdinck – “The Last Waltz”- foi uma ponte segura para tornar Mireille muito popular no Reino Unido.
Com seus repetidos sucessos foi parar no Canadá e nos Estados Unidos, onde se apresentou no famoso e indispensável “The Ed Sullivan Show” e no outro dia, 50 milhões de pessoas já conheciam Mireille Mathieu. Cantou em Las Vegas, ao lado de Dean Martin e Frank Sinatra e foi um sucesso quase surpreendente. De público e crítica.



Le bal allait bientôt se terminer
Devais-je m'en aller ou bien rester?
L'orchestre allait jouer le tout dernier morceau
Quand je t'ai vu passer près de moi

C'était la dernière valse
Mon coeur n'était plus sans amour
Ensemble cette valse
Nous l'avons dansée pour toujours

On s'est aimé longtemps toujours plus fort
Nos joies nos peines avaient le même accord
Et puis un jour j'ai vu changer tes yeux
Tu as brisé mon coeur en disant adieu

C'était la dernière valse
Mon coeur restait seul sans amour
Et pourtant cette valse
Aurait pu durer toujours

Ainsi va la vie, tout est bien fini
Il me reste une valse et mes larmes
La la la la la la la la la
La la la la la la la la la

C'était la dernière valse
Mon coeur restait seul sans amour
Et pourtant cette valse
Aurait pu durer toujours