APENAS UM RAPAZ LATINO AMERICANO
BELCHIOR
Compositor: belchior
PAÍS: BRASIL
Produção:marco mazzola
ÁLBUM: ALUCINAÇÃO/lp
Gravadora: polygram
Gênero: MPB
Ano: 1976

Alucinação é o segundo álbum do cantor brasileiro Belchior, lançado em 1976 pela Polygram. Conta com sucessos que consagraram o cantor, como "Apenas Um Rapaz Latino-Americano", "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida".
Eu sou apenas um rapaz
Latino-Americano
Sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes
E vindo do interior

Mas trago de cabeça
Uma canção do rádio
Em que um antigo
Compositor baiano
Me dizia
Tudo é divino
Tudo é maravilhoso

Mas trago de cabeça
Uma canção do rádio
Em que um antigo
Compositor baiano
Me dizia
Tudo é divino
Tudo é maravilhoso

Tenho ouvido muitos discos
Conversado com pessoas
Caminhado meu caminho
Papo, som, dentro da noite
E não tenho um amigo sequer
Que ainda acredite nisso não
Tudo muda!
E com toda razão

Eu sou apenas um rapaz
Latino-Americano
Sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes
E vindo do interior

Mas sei
Que tudo é proibido
Aliás, eu queria dizer
Que tudo é permitido
Até beijar você
No escuro do cinema
Quando ninguém nos vê

Mas sei
Que tudo é proibido
Aliás, eu queria dizer
Que tudo é permitido
Até beijar você
No escuro do cinema
Quando ninguém nos vê

Não me peça que eu lhe faça
Uma canção como se deve
Correta, branca, suave
Muito limpa, muito leve
Sons, palavras, são navalhas
E eu não posso cantar como convém
Sem querer ferir ninguém

Mas não se preocupe meu amigo
Com os horrores que eu lhe digo
Isso é somente uma canção
A vida realmente é diferente
Quer dizer
A vida é muito pior

E eu sou apenas um rapaz
Latino-Americano
Sem dinheiro no banco
Por favor
Não saque a arma no "saloon"
Eu sou apenas o cantor

Mas se depois de cantar
Você ainda quiser me atirar
Mate-me logo!
À tarde, às três
Que à noite
Tenho um compromisso
E não posso faltar
Por causa de vocês

Mas se depois de cantar
Você ainda quiser me atirar
Mate-me logo!
À tarde, às três
Que à noite
Tenho um compromisso
E não posso faltar
Por causa de vocês

Eu sou apenas um rapaz
Latino-Americano
Sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes
E vindo do interior
Mas sei que nada é divino
Nada, nada é maravilhoso
Nada, nada é secreto
Nada, nada é misterioso, não
Na na na na na na na na

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Belchior

Apenas Um Rapaz Latino-Americano


s

Tom: E
Intro: E Gbm7 Abm7 A B7/4 B7
 

        E               F#m7           G#m7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
       E                              F#m7  
 Mas trago, de cabeça, uma canção do rádio
                      G#m7
 Em que um antigo compositor baiano me dizia
         A                B7/4   B7  (Bb7 na 2x)
 Tudo é divino, tudo é maravilhoso (Bis) 
A                    G#m7                      A                   G#m7
Tenho ouvido muitos discos, conversado com pessoas, caminhado meu caminho
                      A                   G#m7 
Papo ,som dentro da noite e não tenho um amigo sequer
                A                               B7/4 B7  
E não acredite nisso, não, tudo muda e com toda razão 
        E               F#m7           G#m7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
      E                  F#m7 
 Mas sei que tudo é proibido aliás, eu queria dizer 
      G#m7                 A
 Que tudo é permitido até beijar você no escuro do cinema 
          B7/4       B7    (Bb7 na 2x)
 Quando ninguém nos vê (Bis) 
A                    G#m7                    A 
Não me peça que lhe faça uma canção como se deve
                  G#m7                      A
Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve
                     G#m7                    A
Sons, palavras, são navalhas e eu não posso cantar como convém 
                  B7/4 B7
Sem querer ferir ninguém
     E                                F#m7
Mas não se preocupe meu amigo com os horrores que eu lhe digo 
               G#m7           A 
Isso é somente uma canção, a vida, a vida realmente é diferente
                            B7/4 B7
Quer dizer, a vida é muito pior 

         E                F#m7                G#m7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco

     A                                                   B7/4 B7 
Por favor não saque a arma no "saloon" eu sou apenas um cantor
  E                        F#m7
 Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar 
          G#m7                         A
 Mate-me logo, à tarde, às três, que à noite tenho um compromisso
                                  B7/4 B7  (Bb7 na 2x)
 E não posso faltar por causa de você  (Bis)
        E               F#m7           G#m7
Eu sou apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco
     A                      B7               B7/4 B7
Sem parentes importantes e vindo do interior
     E                F#m7                   G#m7
Mas sei que nada é divino, nada, nada é maravilhoso
                 A                     E
Nada, nada é sagrado, nada, nada é misterioso, não
F#m7 G#m7 A E
Na na na na na na na na
  • Gbm7
    1234
    2X222X
  • G#m7
    1234
    4X444X
  • A
    123
    X02220
  • Abm7
    1234
    4X444X
  • B7
    1234
    X21202 





  • B7/4
    34
    X24252
  • Bb7
    34
    X13131
  • E
    123
    022100
  • F#m7
    1234
    2X222X



SAMBA DO ARNESTO
DEMÔNIOS DA GAROA
COMPOSITOR: ADONIRAN BARBOSA
ÁLBUM: DEMÔNIOS DA GAROA/LP
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1958

No início da carreira, os Demônios da Garoa apesar de se destacarem pelo seu jeito de cantar, com a voz clara e vocalizar com perfeição e harmonia, não tinham um estilo próprio e marcante, fazendo-os parecer um conjunto vocal como tantos outros. Pensando em se destacar dos demais conjuntos vocais da época (Anjos do Inferno, Quatro Ases e Um Coringa, Quitandinha e Serenaders, dentre outros), Arnaldo Rosa criou o Estilo “Gaiato”, unindo a forte influência italiana da Mooca (forte sotaque italiano e um português “macarrônico”), com a observação do comportamento e linguajar dos engraxates da Praça da Sé e da Praça Clóvis, que faziam batucadas em suas caixas e queriam “falar difícil”, mas não conseguiam disfarçar seu jeito malandro e seus erros de concordância e pronúncia... O curioso é que esta gaiatice foi descoberta por acaso e naturalmente, resultado do espírito brincalhão de Arnaldo, incorporado em seus shows, trazendo versatilidade, humor e destaque em suas apresentações. Outro destaque é a maneira peculiar que cada componente incorporou ao tocar seu instrumento, criando novas técnicas e efeitos musicais até então não utilizados, fazendo uso de instrumentos incomuns para a época (como o violão tenor) e explorando com maestria o cavaquinho, o pandeiro e o violão 7 cordas, sempre presentes na marcação do ritmo, caracterizando ainda mais o estilo diferenciado do conjunto. MAS a criatividade dos Demônios da Garoa não parou por aí... Aqueles endiabrados adolescentes inovaram ainda mais com a criação das introduções das músicas que interpretavam, que para eles era de suma importância.  Fazendo uso de muita irreverência e humor, rechearam seus sambas com “pans pãns pãns pãns”, “pas calin gun dum” e “quais quais quais”, dando origem ao que chamamos hoje de verdadeiro “Samba Paulista”, que conquistou a expressão e o sucesso nacional. O Estilo “Gaiato” unido às fabulosas introduções dos sambas e seu jeito único de tocar suas músicas,  firmou-se como identidade inconfundível dos Demônios da Garoa. Vale a pena lembrar que estas inovações não foram aceitas de imediato, e os Demônios da Garoa encontraram bastante dificuldade para conseguir uma gravadora que tivesse a coragem de lançar um disco com músicas cheias de erros de português.





Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Lalarirurirurá!
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz...

O Arnesto nos convidô
Pr'um samba
Ele mora no Brás
Nós fumos
Não encontremos ninguém
Nóis vortemos
Cuma baita duma reiva
Da outra vez
Nós num vai mais
Nós num semos tatu!...

O Arnesto nos convidô
Pr'um samba
Ele mora no Brás
Nós fumos
Não encontremos ninguém
Nós vortemos
Cuma baita duma reiva
Da outra vez
Nós num vai mais...

N'outro dia encontremos
"Cá" Arnesto
Que pidiu descurpa
Mas nós não aceitemos
Isso não se faz Arnesto
Nós não se importa
Mas você devia
Ter punhado um recado
Na porta...

Anssim:
"Ói turma
Num deu pá esperar
Não faz már
Há de ver que isso
E não tem importância
É, mas Arnesto se arretô
Da outra vez
Nós esticar essa cara
Que ocê vai ver
Como é que ocê
Vai entrar bem
Aqui cum nós"

O Arnesto nos convidô
Pr'um samba
Ele mora no Brás
Nós fumos
Não encontremos ninguém
Nós vortemos
Cuma baita duma reiva
Da outra vez
Nós num vai mais...

N'outro dia encontremos
Com o Arnesto
Que pidiu descurpa
Mas nós não aceitemos
Isso não se faz Arnesto
Nós não se importa
Mas você devia
Ter punhado um recado
Na porta...

Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Lalarirurirurá!
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz
Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz Paiz...

-Num faz már!


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Demônios da Garoa

Samba do Arnestro


Tom: F
(intro)


D|--3-2-1-------|
A|3----------0-1|
E|-------1-3----|


Bb
Cais, cais, cais,
Bbm
Cais, cais, cais
F          D7
Cais, cais,cais
Gm           C7   F
Cais, cais, cais

Da da ri ru ri ru ra

Bb
Cais, cais, cais,
Bbm
Cais, cais, cais
F          D7
Cais, cais,cais
Gm           C7   F
Cais, cais, cais

O Arnesto nos convidô
                           C7
Prum samba, ele mora no Brás
    F          D7             Gm     G7
Nóis fumo e não encontremos ninguém
       Gm           C7          F     D7
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
         Gm    C7           F
Da outra veiz, nóis num vai mais

Nóis não semos Tatus
 F                C7
O Arnesto nos convidô
    F                      C7
Prum samba, ele mora no Brás
    F          D7             Gm    G7
Nóis fumo e não encontremos ninguém
       Gm           C7          F    D7
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
         Gm    C7           F
Da outra veiz, nóis num vai mais

G7                          F
Outro dia encontremo com o Arnesto
             G7
Que pidiu descurpa
           C7     F     Bb
Mais nóis não aceitemos
D7           Gm
 Isso não se faz, Arnesto
C7             F7   F
 Nóis não se importa
            C7
Mais você devia
                            F
Ter deixado um recado na porta

Bb
 Cais, cais, cais,
Bbm
 Cais, cais, cais
F          D7
Cais, cais,cais
Gm           C7   F
Cais, cais, cais

Bb            Bbm
 Cais, cais, cais
F            D7
 Cais, cais, cais
Gm          C7
 Da da ri ru ru
           F
Da da ri ru ru
Da da ri ru ru
               F7/5+
Nóis não semos tatu
  • Gm
    34
    355333
  • G7
    34
    353433
  • F7/5+
    34
    1X1221
  • F7
    34
    131211
  • A
    123
    X02220









  • Bb
    234
    X13331
  • Bbm
    234
    X13321
  • C7
    1234
    X3231X
  • D
    123
    XX0232
  • D7
    123
    XX0212








  • E
    123
    022100
  • F
    234
    133211