QUASE UM SEGUNDO
OS PARALAMAS DO SUCESSO
COMPOSITOR: HERBERT VIANNA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: BORA BORA
GRAVADORA: EMI
GÊNERO: ROCK AND ROLL
ANO: 1988

Bora-Bora é o quarto álbum de estúdio dos Paralamas do Sucesso, lançado em 1988. O disco tem como característica um lado A mais alegre e animado e um lado B mais introspectivo, que reflete com o fim do romance entre Herbert e Paula Toller.
Também se trata da primeira experiência da própria produção da banda, o que acontece também no álbum seguinte, e marca a entrada definitiva dos sopros no som dos Paralamas.
O álbum tem sucessos como "O Beco", "Quase um Segundo" e "Uns Dias". Vendeu cerca de 200 mil cópias.
Eu queria ver no escuro do mundo
Onde está tudo o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
COLCHA DE RETALHOS
IRMÃS GALVÃO
COMPOSITORES: RAUL TORRES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: NOIS E A VIOLA
GRAVADORA: PHILIPS
GÊNERO: SERTANEJO
ANO: 2002

As Galvão, anteriormente denominada Irmãs Galvão, é uma dupla sertaneja do Brasil. Formada pelas irmãs Meire e Marilene em 1947, elas são a dupla sertaneja com mais tempo de atividade no país.
Segundo as próprias, a mudança de nome ocorreu em 2002, inspirada na numerologia.


Aquela colcha de retalhos que tu fizeste
Juntando pedaço em pedaço foi costurada
Serviu para nosso abrigo em nossa pobreza
Aquela colcha de retalhos está bem guardada

Agora na vida rica que estas vivendo
Terás como agasalho colcha de cetim
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim

Eu sei que hoje não te lembras dos dias amargos
Que junto de mim fizeste um lindo trabalho
E nessa sua vida alegre tens o que queres
Eu sei que esqueceste agora a colcha de retalhos

Agora na vida rica que estas vivendo
Terás como agasalho colcha de cetim
Mas quando chegar o frio no teu corpo enfermo
Tu hás de lembrar da colcha e também de mim.

QUATRO PAREDES
ISAURA GARCIA
COMPOSITORES: Geraldo Queiroz & Arnaldo Passos
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: FOI a noite
GRAVADORA: odeon
GÊNERO: samba-canção
ANO: 1958

Paulistana do bairro do Brás, nasceu na Rua Alegria. Sobrinha do famoso pintor José Pancetti, sua mãe chamava-se Amélia. Ainda menina, ajudava na loja da família, engarrafando vinho. Foi lá que começou a demonstrar o seu talento musical, pois, enquanto envasava as garrafas, ia cantando. A mãe resolveu então levá-la a um programa de calouros, quando ela tinha 13 anos. Era o programa A Hora da Peneira Rhodine, da Rádio Cultura, onde ela foi eliminada. Fez nova tentativa um ano depois, em 1937, na Rádio Record, no programa de Otávio Gabus Mendes, onde interpretou "Camisa Listrada", obtendo o primeiro lugar. Iniciou sua carreira profissional depois do concurso na Rádio Record, que lhe valeu o convite para participar de um programa de calouros especiais. Em 1938, foi contratada por aquela emissora, permanecendo como uma das principais cantoras de seu cast ao longo de toda a sua carreira. No início formou dupla com o cantor Vassourinha, apresentando-se na Record, em shows e circos. No começo da carreira, inspirou-se em Carmen Miranda e Aracy de Almeida, das quais era fã. Estreou na gravação com um "jingle" publicitário (do sapólio Radium), despertando atenção para seu estilo de cantar. Gravou o primeiro disco em 1941, pela Colúmbia, com "Chega de tanto amor", de Mário Lago, e "Pode ser", de Geraldo Pereira e Marino Pinto. Ainda em 1941, gravou "A baratinha", de Antônio Almeida, "Eu não sou pano de prato", de Mário Lago, e Roberto Martins, "Aproveita o beleléu", de Marino Pinto e Murilo Caldas, e "O telefone está chamando", de Benedito Lacerda e Popeye do pandeiro. 


Somente quatro paredes
O armário e duas redes
Era assim o nosso lar

Eu vivia tão contente
Eu e ele  os dois somente
Ninguém mais pra atrapalhar

Somente quatro paredes
O armário e duas redes
Era assim o nosso lar

Eu vivia tão contente
Eu e ele  os dois somente
Ninguém mais pr’ atrapalhar

Hoje eu olho para a rede
Pro retrato na parede
Fico logo a chorar

É triste ser desprezada
Sem ninguém ao nosso lado
Sem boca para se beijar

Hoje eu olho para a rede
Pro retrato na parede
Fico logo a chorar

É triste ser desprezada
Sem ninguém ao nosso lado

Sem boca para se beijar.
MARVADA PINGA
INEZITA BARROSO
COMPOSITOR: OCHELSIS LAUREANO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MARVADA PINGA
GRAVADORA: UOL MUSICA
GÊNERO: SERTANEJO
ANO: 1982

Inês Madalena Aranha de Lima nasceu em 04 de março de 1925 no Bairro Barra Funda na capital paulista.
Apesar de ter sido criada na capital, Inezita tinha verdadeira paixão pela música caipira. Seu contato com a natureza era nos finais de semana e quando passava as férias na casa de parentes que moravam na roça. Desde cedo desenvolveu o gosto pela música caipira, mas enfrentou duros preconceitos, pois na época cantar e tocar viola não era atividade para mulher. A família era totalmente contra.
Inezita fez faculdade de Biblioteconomia, pois tinha verdadeira adoração por livros.
Casou-se na década de 40 com um pernambucano e iniciou sua carreira cantando músicas folclóricas recolhidas por Mário de Andrade, na Rádio Clube do Recife. O nome Inezita Barroso surgiu de seu nome Inês que também era o nome de sua mãe, e Barroso era o sobrenome de seu marido.
Em 1951, passou a atuar na Rádio Record, onde apresentou em 1954, o programa "Vamos falar de Brasil". Ainda em 1951, gravou seu primeiro disco, interpretando "Funeral de um Rei Nagô", de Hekel Tavares e Murilo Araújo e também "Curupira", de Waldemar Henrique. Em 1953, gravou "O canto do mar" e "Maria do mar", de Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos. No mesmo ano, gravou dois de seus maiores sucessos, a moda "Marvada pinga", de Cunha Jr., e o samba "Ronda", de Paulo Vanzolini. Ainda em 1953, participou dos filmes "Destino em apuros", de Ernesto Remani e "Mulher de verdade", de Alberto Cavalcanti. Com este filme, recebeu o Prêmio Saci, de melhor atriz. Em 1954, gravou "Coco do Mané", de Luiz Vieira e passou ainda a apresentar, semanalmente, programas sobre folclore na TV Record. Recebeu o Prêmio Roquette Pinto de melhor cantora de rádio da Música Popular Brasileira, e o Prêmio Guarani como melhor cantora de disco. Participou dos filme "É proibido beijar", de Ugo Lombardi e "O craque", de José Carlos Burle. Em 1955, gravou as canções de domínio público, "Meu casório" e "Nhá Popé". No mesmo ano, participou como atriz e cantora do filme "Carnaval em lá maior", de Adhemar Gonzaga, que representou o Brasil no Festival de Punta Del Este no Uruguai. Ainda em 1955, recebeu novamente os Prêmios Saci, como melhor atriz, e Roquette Pinto, como melhor cantora de Música Popular, com o disco "Vamos falar de Brasil".


Com a marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá
Venho da cidade e já venho cantando
Trago um garrafão que venho chupando
Venho pros caminho, venho trupicando, xifrando os barranco, venho cambetiando
E no lugar que eu caio já fico roncando
Oi lá
O marido me disse, ele me falo: "largue de bebê, peço por favô"
Prosa de homem nunca dei valô
Bebo com o sor quente pra esfriar o calô
E bebo de noite é prá fazê suadô
Oi lá
Cada vez que eu caio, caio deferente
Meaço pá trás e caio pá frente, caio devagar, caio de repente, vô de corrupio, vô deretamente
Mas sendo de pinga, eu caio contente
Oi lá
Pego o garrafão e já balanceio que é pá mor de vê se tá mesmo cheio
Não bebo de vez porque acho feio
No primeiro gorpe chego inté no meio
No segundo trago é que eu desvazeio
Oi lá
Eu bebo da pinga porque gosto dela
Eu bebo da branca, bebo da amarela
Bebo nos copo, bebo na tijela
E bebo temperada com cravo e canela
Seja quarqué tempo, vai pinga na guela
Oi lá
Ê marvada pinga!
Eu fui numa festa no Rio Tietê
Eu lá fui chegando no amanhecê
Já me dero pinga pra mim bebê
Já me dero pinga pra mim bebê e tava sem fervê
Eu bebi demais e fiquei mamada
Eu cai no chão e fiquei deitada
Ai eu fui prá casa de braço dado
Ai de braço dado, ai com dois sordado

Ai muito obrigado!