UMA MOÇA CHORAVA
LINDA DE SUZA
COMPOSITOR: LINDA DE SUZA
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: L’ÉTRANGÈRE
GRAVADORA: CARRERE
GÊNERO: FADO
ANO: 1979

Linda de Suza DmIH (Beringel, Beja, 22 de Fevereiro de 1948), nome artístico de Teolinda Joaquina de Sousa Lança, é uma das mais famosas cantoras portuguesas, emigrante em França. Ficou para sempre reconhecida pela sua mala de cartão, a qual deu origem a um livro biográfico best-seller com esse mesmo nome.


 Uma moça chorava ao passar a fronteira

Suas ilusões perdidas, sua pátria querida
E a gente da aldeia

O rapaz que passava ao vê-la triste assim
Lhe diz não chores mais
Pois toda a tristeza, um dia tem seu fim

Deixei minha casa branquinha a beira do mar
Deixei meus amigos, deixei o meu sol
Deixei tantas coisas maravilhosas
E jamais, perdi o sorrir do meu pai

A moça que chorava, seus olhos enxugou
Dizendo estou perdida
O rapaz por ela se apaixonou

Tu és bela e bonita e aqui neste país
Encontrarás certamente de boa gente e serás feliz

Deixei minha casa branquinha a beira do mar
Deixei tantas coisas maravilhosas

A moça que chorava, seu sorriso encontrou
Sabendo assim que um dia, ela voltaria pelo que deixou

E os dois finalmente partiram lado a lado
O rapaz que passava leva com ele
A moça que chorava

Deixei minha casa branquinha a beira do mar
Deixei tantas coisas maravilhosas

Lai lai lai lai lai lai lai...

Deixei tantas coisas maravilhosas
Lai lai lai lai lai lai lai...
OH! JOSÉ APERTA O LAÇO
MARIA CLARA
COMPOSITOR: MARIA CLARA
PAÍS: PORTUGAL
ALBUM: OH! JOSÉ APERTA O LAÇO
GRAVADORA: RCA VICTOR
GÊNERO: CORRIDINHO
ANO: 1954

Maria Clara, nome artístico de Maria da Conceição Ferreira (Lisboa, Lapa, 5 de Outubro de 1923 — Porto, 1 de Setembro de 2009) foi uma cantora portuguesa. Filha de Guilherme Ferreira e de sua mulher Sorgue Caetano.
Maria Clara foi eleita "Rainha da Rádio" pelos leitores da revista Flama na década de 1960. Participou em espectáculos do Serão para Trabalhadores. Fez também digressões ao Brasil.
Alguns dos seus maiores sucessos são "Figueira da Foz", "Zé Aperta O Laço" e "Hás-de Voltar". Também trabalhou no Teatro de Revista e ficou com o seu nome ligado às Marchas populares de Lisboa, com destaque para a "Marcha do centenário" de 1940. 


Como ninguém lhe ligava
O José foi à cidade
Só p'ra ver se encontrava
Por lá qualquer novidade.

Viu um laço, rica ideia
Disse logo e foi comprar
E toda a gente d’aldeia
Começou logo a cantar.

Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem
Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem.

Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! José fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! José fica-te bem.

Com um laço tão catita
Toda a vida se mudou
Que até a Maria Rita
Logo o José cobiçou.

Combinou-se o casamento
E foi bem curto o namoro
E até nesse momento
Ele ouviu cantar em coro.

Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem
Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem.

Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! Zé fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! Zé fica-te bem.

Diz agora toda a gente
Que o José sem desatinos
Já guardou todo contente
Muitos laços pequeninos.

Hão-de ser p'ró Jozesinho
Que o casal espera por fim
E é a sorrir com carinho
Que o povo canta assim.

Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem
Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem.

Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! José fica-te bem
Que o laço bem apertado
Ai, ai oh! José fica-te bem.

INSTRUMENTAL

Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem
Oh! José e aperta o laço
Oh! José e aperta-o bem.
FADO DA CARTA
FERNANDA BAPTISTA
COMPOSITORES: AMADEU DO VALE & JOÃO NOBRE
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: FADO DA CARTA
GRAVADORA: MOVIEPLAY
GÊNERO: FADO
ANO:1981

Fernanda Baptista (Lisboa, 7 de Maio de 1919 — Cascais, 25 de Julho de 2008), foi uma fadista portuguesa.
Foi igualmente presença assídua no Teatro de Revista.
Ao longo de mais de 65 anos de carreira artística, a fadista e actriz actuou em cerca de 50 revistas e operetas e realizou várias digressões, tendo actuado nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Angola.


Mais uma carta te vou escrever, meu amor
P’ra tu veres que não estou farta de sofrer o teu rancor
Depois de a leres, rasga-a se queres, não me importa
Porque eu estou calma e sinto a alma quase morta

Rogo-te apenas que deixes essa mulher
Por quem eu sofro e tu penas e faz de ti o que quer
Vê com que anseio eu por ti ainda espero
Pois quanto mais eu te odeio, mais ainda eu te quero

Volta meu querido a este amor que trocaste
Por outro amor que encontraste e que acabou de perder
Volta meu querido p’ra eu te ver num instante
Que um só minuto é bastante p’ra eu deixar de sofrer

Tanto suplico o favor dum beijo teu
Que a tudo eu me sacrifico p’ra tu voltares a ser meu
Louco desejo, porque eu já vejo que antes queres
Viver com ela, p’ra seres daquela que preferes

Mas quando um dia se acabar essa ilusão
Desse amor que te sorria sobre uma falsa afeição
Enternecida abrirei de novo os braços
P’ra te prender toda a vida na cadeia dos meus braços

Ouve meu querido, vou terminar esta carta
Pedindo a Deus que ela parta em boa hora daqui
Adeus meus querido, recebe um beijo daquela

Que mesmo sem gostares dela, ainda gosta de ti.
NA BATUCADA DA VIDA
MIÚCHA & TOM JOBIM
COMPOSITORES: ARY BARROSO & LUIZ PEIXOTO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: MIÚCHA: THE BEST OF LIVE
GRAVADORA: MUSIC BROKERS
GÊNERO: SAMBA
ANO: 2012

Na batucada da vida é um samba composto por Ary Barroso e gravado originalmente por Carmen Miranda em 1934. A canção foi regravada por Elis Regina em 1974


No dia em que eu apareci no mundo
Juntou uma porção de vagabundos da orgia
De noite houve samba e batucada
Que acabou de madrugada
Em grossa pancadaria
Depois do meu batismo de fumaça
Mamei um litro e meio de cachaça
Bem puxado
E fui adormecer como um despacho
Deitadinha num capacho
Na porta dos enjeitados
Cresci olhando a vida sem malícia
Quando um cabo de polícia
Despertou meu coração
E como eu fui pra ele muito boa
Me deixou na vida à toa
Desprezada como um cão
E hoje que eu sou mesmo da virada
E que eu não tenho nada, nada
E por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmolambando
Seguirei sempre sambando
Na batucada da vida.