FORA DE ORDEM
CAETANO VELOSO
COMPOSITOR: CAETANO VELOSO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: CIRCULADÔ
GRAVADORA: NONESUCH RECORDS
GÊNERO: M.P.B
ANO: 1991

Circuladô é um álbum do músico e compositor brasileiro Caetano Veloso, lançado em novembro de 1991
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa cinco décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.


Vapor barato
Um mero serviçal
Do narcotráfico
Foi encontrado na ruína
De uma escola em construção...

Aqui tudo parece
Que era ainda construção
E já é ruína
Tudo é menino, menina
No olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto
Ganindo prá lua
Nada continua...

E o cano da pistola
Que as crianças mordem
Reflete todas as cores
Da paisagem da cidade
Que é muito mais bonita
E muito mais intensa
Do que no cartão postal...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial...(4x)

Escuras coxas duras
Tuas duas de acrobata mulata
Tua batata da perna moderna
A trupe intrépida em que fluis...

Te encontro em Sampa
De onde mal se vê
Quem sobe ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa
É quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova
Parece fogo, parece
Parece paz, parece paz...

Pletora de alegria
Um show de Jorge Benjor
Dentro de nós
É muito, é grande
É total...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial...(4x)

Meu canto esconde-se
Como um bando de Ianomâmis
Na floresta
Na minha testa caem
Vem colocar-se plumas
De um velho cocar...

Estou de pé em cima
Do monte de imundo
Lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio
No esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela
Do garoto de frete
Do Trianon
Eu sei o que é bom...

Eu não espero pelo dia
Em que todos
Os homens concordem
Apenas sei de diversas
Harmonias bonitas
Possíveis sem juízo final...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem

Mundial...(várias vezes).
FARAÓ DIVINDADE DO EGITO
MARGARETH MENEZES
COMPOSITOR: LUCIANO GOMES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: faraó (divindade do Egito)
GRAVADORA: epic records
GÊNERO: Samba-reggae
ANO: 1987

Faraó (Divindade do Egito) é uma canção lançada por Djalma Oliveira e Margareth Menezes, em 1987. Composto por Luciano Gomes, a canção foi o primeiro samba-reggae gravado no Brasil, vendeu mais de 100 mil cópias e, segundo o próprio Oliveira, foi um marco para a música brasileira, principalmente a baiana, pois, foi um divisor de águas no carnaval.
Deuses,
Divindade infinita do universo
Predominante
Esquema mitológico
A ênfase do espírito original
Shu
Formará
Do Éden um novo cósmico

A emersão
Nem Osíris sabe como aconteceu
A emersão
Nem Osíris sabe como aconteceu

A ordem ou submissão
Do olho seu
Transformou-se
Na verdadeira humanidade

Epopeia
Do Código de Geb
E Nut
Gerou as estrelas

Osíris
Proclamou Matrimônio com Ísis
E o mau Seth
Irado o assassinou
E impera
Hórus levando avante
A vingança do pai
Derrotando o Império do mau Seth
Ao grito da vitória
Que nos satisfaz

Cadê?
Tutankamon
Ê Gizé
Akhenaton
Ê Gizé
Tutankamon
Ê Gize
Akhaenaton

Eu falei Faraó! (êeeee Faraó)
Clamo Olodum, Pelourinho (êeeee Faraó)
Pirâmide a base do Egito (êeeee Faraó)
Clamo Olodum, Pelourinho (êeeee Faraó)

Que mara, mara, mara, maravilha é
(Egito, Egito, ê)!
Faraó (ó ó ó)

Pelourinho
Uma pequena comunidade
Que, porém, Olodum unira
Em laço de confraternidade

Despertai-vos para a
Cultura egípcia no Brasil
Em vez de cabelos trançados
Veremos turbantes de Tutancâmon

E nas cabeças
Se enchem de liberdade
O Povo negro pede igualdade
E deixemos de lado as separações

Eu falei Faraó!
Esse é o Olodum reggaeton!

Batendo na palma da mão! 
QUEM SABE ISSO QUER DIZER AMOR
MILTON NASCIMENTO
COMPOSITOR: MÁRCIO BORGES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ALMA GÊMEA
GRAVADORA: SOM LIVRE
GÊNERO: M.P.B.
ANO: 2005

Alma Gêmea (em Portugal, Alma Gémea) é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das 18 horas entre 20 de junho de 2005 e 10 de março de 2006, em 227 capítulos, substituindo Como uma Onda e sendo substituída por Sinhá Moça. Foi a 66ª "novela das seis" exibida pela emissora. Escrita por Walcyr Carrasco, com colaboração de Thelma Guedes, direção de Fred Mayrink e Pedro Vasconcelos, direção geral e núcleo de Jorge Fernando.
Contou com as participações de Eduardo Moscovis, Priscila Fantin, Flávia Alessandra, Liliana Castro, Sidney Sampaio, Bia Seidl, Elizabeth Savalla e Ana Lúcia Torre.


Cheguei a tempo de te ver acordar
Eu vim correndo à frente do sol
Abri a porta e antes de entrar
Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar
Que sirva apenas para nós dois
Sinais de bem, desejos vitais
Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais
Do céu azul, das flores de abril
Pensar além do bem e do mal
Lembrar de coisas que ninguém viu
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor
Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais
Você olhou sorrindo pra mim
Me acenou um beijo de paz
Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar
Lá fora o dia já clareou
Mas se você quiser transformar
O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser
E perceber meu coração
Bater mais forte só por você
O mundo lá sempre a rodar
E em cima dele tudo vale
Quem sabe isso quer dizer amor

Estrada de fazer o sonho acontecer.
O MEU PRIMEIRO AMOR
AMÁLIA RODRIGUES
COMPOSITORES: NELSON DE BARROS E FREDERICO VALÉRIO
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: O MEU PRIMEIRO AMOR
GRAVADORA: EDIÇÕES VALENTIM DE CARVALHO S/A
GÊNERO: FADO
ANO: 2009

Amália da Piedade Rodrigues GCSEGCIH (Lisboa, 1 de Julho de 1920 Lisboa, 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado  e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo A fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre. Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês.


Ai quem me dera
Ter outra vez vinte anos
Ai como eu era
Como te amei, santo Deus!
Meus olhos
Pareciam dois franciscanos
À espera
Do sol que vinha dos teus

Beijos que eu dava
Ai como quem morde rosas
Quanto te esperava
Na viva que então vivi
Podiam acabar os horizontes
Podiam secar as fontes
Mas não vivia sem ti

Ai como é triste
De o dizer não me envergonho
Saber que existe
Um ser tão mau, tão ruim,
Tu que eras
Um ombro para o meu sonho
Traíste o melhor que havia em mim

Ai como o tempo
Pôs neve nos teus cabelos
Ai como tempo
As nossas vidas desfez
Quem me dera
Ter outra vez desenganos
Ter outra vez vinte anos

Para te amar outra vez!