GATAS EXTRAORDINÁRIAS
CÁSSIA ELLER
COMPOSITOR: CAETANO VELOSO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: COM VOCÊ... MEU MUNDO FICARIA COMPLETO
GRAVADORA: UNIVERSAL MUSIC GROUP
GÊNERO: POP ROCK
ANO:1999

Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (In English: "With You... My World Would Be Complete") is a studio album by Brazilian singer Cássia Eller, released in 1999.
Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001 foi uma cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira. Foi uma das maiores representantes do rock brasileiro dos anos 90 e eleita a 18ª maior voz e 40ª maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil. Lançou cinco álbuns de estúdio em vida: Cássia Eller (1990), O Marginal (1992), Cássia Eller (1994), Veneno AntiMonotonia (1997) e Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (1999). Seu sexto álbum de estúdio, Dez de Dezembro (2002) foi lançado postumamente. O álbum mais bem sucedido de Cássia foi o Acústico MTV (2001), com mais de 1 milhão de cópias vendidas e um prêmio Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock.
Cássia morreu aos 39 anos em 29 de dezembro de 2001, após um infarto do miocárdio causado por uma malformação de seu coração.
O amor me pegou
E eu não descanso enquanto não pegar
Aquela criatura
Saiu na noite à procura
O batidão do meu coração na pista escura
Se pego, ui...
Me entrego e fui
Será que ela quererá
Será que ela quer
Será que meu sonho influi
Será que meu plano é bom
Será que é no tom
Será que ele se conclui
E as gatas extraordinárias que
Andam nos meios onde ela flui
Será que ela evolui
Será que ela evolui
E se ela evoluir, será que isso me inclui
Tenho que pegar, tenho que pegar
Tenho que pegar essa criatura
Tenho que pegar, tenho que pegar
Tenho que pegar.
MEU ERRO
OS PARALAMAS DO SUCESSO
COMPOSITOR: HERBERT VIANNA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: O PASSO DO LUI
GRAVADORA: EMI-ODEON
GÊNERO: ROCK AND ROLL
ANO: 1984

Os Paralamas do Sucesso (também conhecida somente por Paralamas) é uma banda de rock, formada no município fluminense de Seropédica, em 1982. Seus integrantes desde então são Herbert Vianna (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria). No início a banda misturava rock com reggae, posteriormente passaram a agregar instrumentos de sopro e ritmos latinos.
Como o primeiro álbum da banda, Cinema Mudo, não tinha agradado tanto o trio, O Passo do Lui acabou imprimindo a identidade dos Paralamas: a mudança de sonoridade, com a bateria e o baixo mais presentes, e composições que marcariam a banda e o rock brasileiro.
O Passo do Lui obteve maior sucesso com a apresentação dos Paralamas no Rock in Rio de 1985, quando a música Óculos já estava praticamente estourada. Com dois shows considerados como umas das melhores atrações do festival, a banda levou a turnê do disco para todo o Brasil.
Teve como singles "Meu Erro", "Romance Ideal", "Ska", "Óculos", "Mensagem de Amor' e 'Me Liga" mostram porque o disco é considerado um dos melhores para o público e para os fãs. Além disso vendeu mais de 250 mil cópias. Por uma falha gráfica, as duzentas primeiras cópias do álbum saíram sem encarte, com as músicas e a ficha técnica.
Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas
Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então, não me chame
Não olhe pra trás

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então, não me chame
Não olhe pra trás

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado bastaria
Ah, meu Deus
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais

Não me abandone jamais
Não me abandone jamais
Não me abandone jamais.
CARTA DO FUNDO DO MAR
TERESA LOPES ALVES
COMPOSITOR: JOÃO MONGE & RICARDO CRUZ
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: REFLEXO
GRAVADORA: IPLAY, SOM E IMAGEM LTDA,
GÊNERO: MÚSICA POPULAR PORTUGUESA
ANO: 2011
‘Reflexo’, o álbum de estreia de Teresa Lopes Alves, inclui 12 temas dos quais 6 são inéditos e 6 recriados
Possuidora de uma voz de amplitude singular, Teresa percorre as suas canções com notável mestria, ora empregando a profundidade própria de um timbre maduro, ora revelando a doçura da sua juventude, numa forma de interpretar refrescante e arrebatadora. Neste seu primeiro trabalho, a diversidade das suas origens musicais confunde-se com a intensidade dos sentimentos revelados em cada tema.
As suas referências musicais vão do fado ao jazz vocal clássico, passando pela música ligeira portuguesa e pela música popular brasileira. ‘Reflexo’ destas influências este primeiro trabalho convida-nos para uma viagem por diferentes estilos musicais, um trajecto com múltiplas sensações e estados de espírito incertos, capturados em composições de incontestável qualidade musical. E com ele surge Teresa Lopes Alves, um sólido e muito promissor talento no panorama musical português que seleccionou para esta obra um repertório rico e cuidado, privilegiando a poesia de autores como: João Monge, Tiago Torres da Silva, Chico Buarque, Amália Rodrigues, Ary dos Santos e Vinícius de Moraes entre outros.
Gravado nos estúdios Pé de Vento e Vale de Lobos, ‘Reflexo’ foi produzido por Ricardo Cruz, que também participa como músico (contrabaixo) e conta com a colaboração de músicos como: Bernardo Coutto (guitarra portuguesa), Ricardo Rocha (guitarra portuguesa), Pedro Santos (acordeão), Luis Cunha (trombone), Pedro Pinhal (guitarra clássica), Miguel Noronha Andrade (guitarra clássica), João Ferreira (percussão), André Fernandes (guitarra eléctrica), Daniel Schvetz (piano), Felipe Melo (piano) e Bruno Pedroso (bateria) para além da participação especial de Rui Veloso no tema ‘Porto Covo’.
Olá, meu bem
não podia ficar sem
dizer tudo o que o mar tem
que me faz por cá ficar
Bate a saudade
mas para falar verdade
fico para a eternidade.
Escuta bem que eu vou contar:

Há futebol
aos Domingos no atol
peixes verdes, encarnados
e a solha do costume
e à semana
o suco da barbatana
é andarmos entrosados
no bailinho do cardume

Faz lá ideia
que num castelo de areia
uma sereia aprisionada
cantava triste à janela
Fui a caminho
no meu cavalo-marinho
armado de um peixe-espada
pra libertar a donzela

Nessa manhã
deixei de ser homem-rã
virei peixe-D'Artagnan
sou o maior do recife
A multidão
da sardinha ao tubarão
já me tratam por irmão
e fizeram uma manif

Pois é, meu bem
aqui o mar também tem
peixe que não tem vintém
e o polvo tem demais
Mas cá no fundo
isto é mesmo um outro mundo
até peixe-vagabundo
pode nadar nos corais

Adeus, meu bem
Escuta o búzio que te dei
Tem um beijo que deixei
para sempre em meu lugar
Põe no diário
que no teu aniversário
passo no teu aquário
na minha estrela-do-mar.
RAPAZ DE CAMISOLA VERDE
ANTÓNIO ZAMBUJO
COMPOSITORES: PEDRO HOMEM DE MELLO/ HERMANO DA CÂMARA
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: POR MEU CANTE
GRAVADORA:UNIVERSAL MUSIC PORTUGAL
GÉNERO: FADO
ANO: 2004
Há o direito e o avesso. A cara e a coroa. O Yin e o Yang. Depois, felizmente para nós todos, há aqueles que, por talento e convicção, por mérito e trabalho, nos vão demonstrando que o mundo não avança a preto e branco, mas a muitas cores, múltiplos tons e diferentes matizes, e que as pontes e as sínteses são possíveis e recomendáveis. António Zambujo ganhou lugar destacado entre estes arquitetos, recusando sempre – por instinto, por crença e por necessidade artística – ficar confinado a um estilo, a uma escola, a um género. Na sua cadência própria, vai desenhando um património amplo e próprio que, como Do Avesso vem reafirmar em pleno, funciona em open space, sem compartimentos acanhados, e com uma comunicação total e natural entre todos os cantos da casa. Basta que se atente, a título de exemplo, em canções novas que levaram o cantor a recorrer a uma Orquestra, a Sinfonietta de Lisboa, e noutras em que opta pelo acompanhamento de um só instrumento, seja o piano ou a guitarra acústica. Ora um dos aspetos saudáveis e distintivos deste percurso, só na aparência paradoxal, está nisto – quanto mais diversifica os seus alvos de interesse, quanto mais anula fronteiras de estereotipo, de formatação, mais António Zambujo vinca a sua personalidade musical, que se estende muito para lá da voz, em si mesma inconfundível.
De mãos nos bolsos e de olhar distante
Jeito de marinheiro ou de soldado
Era o rapaz de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Perguntei quem era, ele me disse
Sou do monte senhor, um seu criado
Pobre rapaz de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado.

Porque me assaltam turvos pensamentos
Na minha frente estava um condenado
Vai-te rapaz de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado
Ouvindo-me quedou-se altivo o moço
Indiferente à raiva do meu brado
E ali ficou de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado

Soube depois ali que se perdera
Esse que só eu pudera ter salvado
Aí do rapaz de camisola verde
Negra madeixa ao vento, boina maruja ao lado…