XOTE UNIVERSITÁRIO
FALAMANSA
COMPOSITORES: ACCIOLY NETO & SANTANNA O CANTADOR
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ESSA É PRA VOCÊS
GRAVADORA: DECKDISC
GÊNERO: FORRÓ
ANO: 2001

Falamansa é uma banda brasileira de  formada em 1998 na cidade de São Paulo. Com a ascensão do forró nas noites da capital paulista, surgiu na cidade um movimento para atender a demanda das casas noturnas e do público adolescente, que se identificou de imediato com a dança e com o ritmo contagiante do estilo.
Além de começarem a compor suas primeiras canções logo nos primeiros meses do conjunto, Dezinho, Tato, Alemão e Valdir interpretavam sucessos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, misturando sempre o chamado "forró universitário" ou "forró pé-de-serra", com as raízes da música nordestina. Até 2001, o grupo teve mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil.
A história do Falamansa começa em 1998, no último dia de inscrição para o 3º Festival de Música do Mackenzie. Tato morador da cidade de Piracicaba/SP, hoje autor e vocalista da banda, era DJ de forró e já tinha algumas composições próprias. Decidiu inscrever uma delas ("Asas") no festival. Porém, ele não tinha uma banda. Quatro dias depois o Falamansa, que até então não existia, estava entre os 20 convocados dos 160 grupos inscritos no festival. Tato lembrou do Alemão, amigo DJ que tocava zabumba. Alemão, por sua vez, chamou o vizinho, Dezinho, que tocava triângulo.
Junto com eles, uma flautista e um baixista que fizeram parte da primeira formação da banda. Ensaiaram duas tardes e "Asas" faturou o segundo lugar no evento. Aí entrou em cena o experiente Josivaldo Leite, o Waldir do Acordeon, que já havia tocado com nomes como Oswaldinho do Acordeon e Jorge de Altinho. Estava completa então a formação da banda que nunca se alterou. A Deckdisc ouviu o CD independente que eles gravaram em janeiro de 2000 e lançou Deixa Entrar, distribuído pela Abril Music. A banda começou a tocar em todas as terças-feiras na casa de shows Remelexo em Pinheiros, São Paulo.
Lançaram Essa É pra Vocês em 2001. Em 2003, o grupo lançou o terceiro álbum da carreira. Simples Mortais, como foi intitulado, tem como carro-chefe a música "100 Anos", que ganhou um videoclipe. O quarto álbum, Um Dia Perfeito, foi lançado em 2004, com canções inéditas como "Tempo de Paz", e algumas regravações como "Sete Meninas", de Dominguinhos, que já fazia parte do repertório de shows da banda.
Em 2005 chegou às lojas o CD e DVD MTV ao vivo. O material, gravado no dia 19 de fevereiro na Via Funchal, em São Paulo, contou com a participação de nomes como Dominguinhos, em "Sete Meninas" e "Forró do Bole Bole"; Zeider, do Planta & Raiz, em "Gotas de Amor"; e os Meninos do Morumbi, em "Homem de Aço". Além de grandes sucessos da carreira, a compilação reúne três faixas inéditas, dentre elas "Decola" e "Amor e Cia". O DVD com o registro do show traz galeria de fotos, making-of, entrevistas e um documentário sobre o forró universitário entre os principais sucessos estão "Xote dos Milagres" "Xote da Alegria" e "Rindo à Toa".
Em 2014, o álbum Amigo Velho ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras.
Essa é pra Vocês é o segundo álbum de estúdio do grupo brasileiro de forró universitário Falamansa. O CD foi lançado em 2001 pela gravadora Deckdisc
Eu perdi o vestibular de medicina
A minha mãe ficou zangada
E eu nem um pouco
Eu não sei, mas talvez seja muito louco
Aprender a receitar penicilina
Sou nervoso e tenho medo de ver sangue
Minha família quer me ver na cirurgia
Costurando quem vem lá do bang-bang
Que aparece na tv, pois acontece todo dia

Pra ter um anel no dedo, um Dr. no nome
Ser um grande homem, feliz e famoso
Mudar, de repente
Meu comportamento tão escandaloso
Casar com a benção da Virgem Maria
Não me envolver nessa má companhia
Que não se penteia,
Frequenta cadeia e lugar perigoso

Tenho medo da polícia e de bandido
Alergia a político safado
E um irmão que não me sai do pé do ouvido
Dizendo que eu devia estudar pra advogado
Outro diz que se eu fizer engenharia
Mesmo sem ter vocação eu enriqueço
E eu pergunto se este peste gostaria
Que o prédio que eu fizesse, lhe caísse na cabeça.
SAMBA DO CRIOULO DOIDO
DEMÔNIOS DA GAROA
COMPOSITOR: STANISLAW PONTE PRETA(NOME SÉRGIO PORTO)
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: OS DEMÔNIOS DA GAROA É COM ESSE QUE EU VOU
GRAVADORA: CHANTECLER
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1976

Demônios da Garoa é uma banda brasileira de samba formada em São Paulo em 1943. Os membros extraíram influências de uma variedade de fontes culturais para construir suas próprias características. Sua história musical cresceu quando se encontraram com Adoniran Barbosa (um dos mais importantes compositores da MPB) em 1949, juntos eles foram vistos como uma personificação dos movimentos socioculturais da época. Os Demônios da Garoa construíram sua reputação cantando Samba por mais de 7 décadas. (77 anos no ano de 2020). Em 1994 eles se tornam o grupo mais antigo da América Latina, como um membro do livro Guinness World Records Brazil.
Hoje, o Demônios da Garoa é uma das principais bandas de Samba de São Paulo e também uma das bandas mais respeitadas do Brasil.
Surgiu em São Paulo, capital, na década de 1940 com o nome de "Grupo do Luar", atualmente, Demônios da Garoa, fundado por Arnaldo Rosa. Em 1943, cantando pela primeira vez no rádio, venceu um concurso de calouros, chamado A Hora da Bomba, da Rádio Bandeirantes. O prêmio principal era um contrato para duas apresentações semanais na rádio.
O grupo mudou de nome por iniciativa do locutor Vicente Leporace, entusiasta do grupo. Este promoveu um concurso entre os ouvintes para que fosse escolhido o nome do grupo. Dentre as sugestões, foi escolhido o nome "Demônios da Garoa" por um ouvinte da radio não identificado até hoje. Vale lembrar que Leporace ao anunciar o conjunto em seu programa costumava chamá-los de "endiabrados" do Grupo do Luar.
Em 1949, durante as gravações do filme O Cangaceiro, conheceram o compositor Adoniran Barbosa. Nasceu a parceria que rendeu os principais sucessos do grupo e seu reconhecimento nacional.
Seu bom humor tornou-se a marca registrada do grupo. Em 1965, com mudanças na formação original, gravou "Trem das Onze", canção emblemática (eleita em 2000, através de votação popular, a música-símbolo da cidade de São Paulo), conjuntamente com "Iracema", "Saudosa Maloca", "O Samba do Arnesto", "As Mariposas", "Tiro ao Álvaro", "Ói Nóis Aqui Trá Veiz", "Vila Esperança" e "Vai no Bexiga pra Ver".
O grupo vendeu mais de dez milhões de cópias distribuídos em 69 compactos simples, 6 compactos duplos, 34 LPs e 13 CDs ao longo de sua carreira. A atual formação compõe-se Sérgio Rosa (Filho de Arnaldo Rosa) Ricardinho (Neto de Arnaldo Rosa) Roberto Barbosa (Canhotinho), Izael e Dedé Paraizo e Noutros tempos, o grupo já contou com a participação de Ventura Ramirez, nome expressivo em São Paulo no estilo violão de 7 cordas, com uma técnica peculiar que marcou a história e os arranjos dos Demônios da Garoa por cerca de 30 anos.
Os dois últimos membros originais do conjunto, Arnaldo Rosa e Toninho Gomes, faleceram respectivamente em 2000, vítima de cirrose hepática oriunda de um tratamento na coluna, e em 2005, vítima de complicações do diabetes e do mal de Alzheimer.
Em 1994, os Demônios da Garoa entraram para o Guinness Book - Livro dos Recordes Brasileiro, de onde não saíram mais, como o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade", além de receberem o disco de ouro pelo álbum 50 Anos.
A banda, que sempre se apresentou somente com os seus integrantes, a partir da gravação de seu primeiro DVD intitulado Demônios da Garoa ao Vivo, lançado pela BAND Music, agora conta também com uma banda de apoio, formada por bateria, violão de 6 cordas E contrabaixo, percussão, cavaquinho e piano.
Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a Princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes

Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar

Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta

Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também

O, ô , ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou.
INFINITA HIGHWAY
HUMBERTO GESSINGER
COMPOSITOR: HUMBERTO GESSINGER
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: AO VIVO PRA CARAMBA, A REVOLTA DOS DÂNDIS 30 ANOS
GRAVADORA: DECK PRODUÇÕES ARTÍSTICAS
GÊNERO: POP ROCK
ANO: 2018

Humberto Gessinger (Porto Alegre, 24 de dezembro de 1963) é um vocalista, baixista, pianista, gaitista, violonista, acordeonista e escritor brasileiro. Era o vocalista e líder da banda Engenheiros do Hawaii, fez turnê ao lado do violonista Duca Leindecker no projeto Pouca Vogal. Seu estilo musical é predominantemente é o Rock, mas possui referências musicais gaúchas, incluindo em suas música alguns instrumentos como gaita e acordeão.
Gessinger já escreveu para colunas em jornais, apesar de não ter formação na área. Ao contrário do que muitos pensam, Gessinger não se formou em engenharia, tendo realmente estudado arquitetura, desta forma, o nome da banda era uma brincadeira com os estudantes de engenharia.
Humberto Gessinger cursou a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, porém não até o fim. Em 1986 gravou com os Engenheiros do Hawaii seu primeiro disco, Longe Demais das Capitais sendo o único integrante original a permanecer na banda até entrarem em hiato, iniciado em 2008. É casado com a arquiteta Adriane Sesti, antiga colega de escola e faculdade, e com ela tem uma filha chamada Clara (nascida em 1992). É torcedor declarado do Grêmio.
Em 2013, anunciou seu novo disco de estúdio. É um álbum solo, com participações de integrantes antigos dos Engenheiros do Hawaii, como Adal Fonseca, Luciano Granja, Lucio Dorfman, Fernando Aranha, Pedro Augusto e Gláucio Ayala. Os músicos de turnê são Rodrigo Tavares (Esteban, ex-Fresno) na guitarra e Rafael Bisogno na bateria. Humberto é baixista e o multi-instrumentista da banda. O disco se chama Insular.
Em maio de 2014 gravou em Belo Horizonte o seu novo DVD, ao lado de Tavares e Bisogno, lançado em dezembro. O DVD Insular Ao Vivo também conta com participações de Paulinho Goulart, Luiz Carlos Borges, Duca Leindecker, Bebeto Alves e Gláucio Ayala.
Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e isto é tudo
É sobretudo a lei
Da infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway

Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que uma banda nunca canta sem razão
Me diga, garota: será a estrada uma prisão?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
"tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre"
Se tanta gente vive sem ter como viver

Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde quer chegar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway

Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo
"não corra, não morra, não fume"
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes

Minha vida é tão confusa quanto a américa central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato:
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato
Eu posso ser um beatle, um beatnik
Ou um bitolado
Mas eu não sou ator
Eu não tô à toa do teu lado
Por isso, garota, façamos um pacto
De não usar a highway pra causar impacto

Cento e dez, cento e vinte
Cento e sessenta
Só prá ver até quando o motor agüenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway.
A BANCA DO DISTINTO
DÓRIS MONTEIRO
COMPOSITOR: BILLY BLANCO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DÓRIS MONTEIRO AGORA
GRAVADORA: EMI MUSIC BRASIL
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1977

Adelina Dóris Monteiro (Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1934) é uma cantora e atriz brasileira.
Em 1949 foi revelada como cantora no programa Papel Carbono, de Renato Murce, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1951 era estudante do Colégio Pedro II, foi convidada para cantar na rádio Guanabara. Na rádio Tupi ficou durante oito anos. Cantou na boate do Copacabana Palace Hotel. Fez sua primeira gravação, Se você se importasse, em 78rpm. Em 1952, foi eleita Rainha dos Cadetes. No mesmo ano, gravou Fecho meus olhos, vejo você, de José Maria de Abreu. Gravou o primeiro longplay em 1954 - Vento soprando -, pela gravadora Continental. Músicas que se destacaram: Graças a Deus (Fernando César) e Joga a rede no mar (Fernando César e Nazareno de Brito). Foi uma das estrelas da TV Tupi em 1955, apresentando um programa que levava seu nome. Em 1956 grava Mocinho Bonito, de Billy Blanco - uma das músicas mais marcantes do seu repertório. Eleita Rainha do Rádio.
Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal.