INEZITA BARROSO - BOIADEIRO ERRANTE

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BOIADEIRO ERRANTE
INEZITA BARROSO
COMPOSITOR: TEDDY VIEIRA
ONDE: PROGRAMA MINHA VIOLA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ÁLBUM COMPLETO: RAÍZES SERTANEJAS VOL. 1
GRAVADORA: COPACABANA
GÊNERO: SERTANEJO
ANO: 1959

Filha de uma família tradicional, começou a cantar aos sete anos de idade. Aos nove, já admirava o poeta modernista Mário de Andrade, que morava ao lado de sua casa à Rua Lopes Chaves na Barra Funda, em São Paulo, a quem esperava passar todo dia enquanto brincava de patins. Aos 11 anos, começou a estudar piano. Fez o curso de Biblioteconomia. Iniciou a carreira nos anos 40, cantando músicas folclóricas recolhidas por Mário de Andrade na Rádio Clube do Recife. Depois de casada, voltou ao canto e ao violão, estreando em 1950 na Rádio Bandeirantes, de São Paulo, a convite de Evaldo Rui. Participou em seguida da transmissão inaugural da TV Tupi, canal 3, e trabalhou como cantora exclusiva da Rádio Nacional, de São Paulo, transferindo-se mais tarde para a Record. Ainda em 1950 participou do filme "Ângela", dirigido por Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida, e realizou recitais no T.B.C., no Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo. Em 1951, passou a atuar na Rádio Record, onde apresentou em 1954, o programa "Vamos falar de Brasil". Ainda em 1951, gravou seu primeiro disco, interpretando "Funeral de um Rei Nagô", de Hekel Tavares e Murilo Araújo e "Curupira", de Waldemar Henrique. Em 1953, gravou "O canto do mar" e "Maria do mar", de Guerra Peixe e José Mauro de Vasconcelos. No mesmo ano, gravou um de seus discos de maior sucesso, a moda "Marvada pinga", de Cunha Jr., que trazia do lado B o samba "Ronda", de Paulo Vanzolini, que só veio a se tornar um sucesso na década de 60, quando foi gravado pela cantora Márcia, mas que no disco de Inezita ficou totalmente eclipsado pelo sucesso da moda de viola do lado A. Outras gravações realizadas na Victor foram "Dança do caboclo" (Heckel Tavares) e os sambas "Os estatutos da gafieira" (Billy Blanco) e "Isso é papel, João?" (Davi Raw e Cícero Galindo Machado). Ainda em 1953, participou dos filmes "Destino em apuros", de Ernesto Remani e "Mulher de verdade", de Alberto Cavalcanti. Com este filme, recebeu o Prêmio Saci, de melhor atriz. Em 1954, gravou "Coco do Mané", de Luiz Vieira e passou ainda a apresentar, semanalmente, programas sobre folclore na TV Record.
Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele tem o passo lento porque ninguém me espera

Tocando a boiada ê, ê, ê, boi
Vou cortando estrada ê, boi!

Tocando a boiada ê, ê, ê, boi
Vou cortando estrada ê, boi!

Toque o berrante com capricho Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço não se entregue companheiro
Chame o cachorro campeiro que essa rês é perigosa

Olhe na janela ê, ê, ê, boi
Que linda donzela ê, boi!

Olhe na janela ê, ê, ê, boi
Que linda donzela ê, boi!

Sou boiadeiro, minha gente, o que é que há
Deixe o meu gado passar vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada quero ouvir a siriema pra lembrar de uma pequena
Que eu deixei lá em Minas

Ela é culpada ê, ê, ê, boi
De eu viver na estrada ê, boi

Ela é culpada ê, ê, ê, boi
De eu viver na estrada ê, boi !

O rio está calmo e a boiada vai passando
Veja aquele boi berrando Chico Bento, corre lá!
Lace o mestiço, salve ele das piranhas
Tire o gado da campanha pra viagem continuar

Com destino a Goiás ê, ê, ê, boi
Deixei Minas Gerais ê, boi!

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