DEBAIXO DOS CARACÓIS DOS SEUS CABELOS
FERNANDA TAKAI
COMPOSITORES: Erasmo Carlos & Roberto Carlos
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ONDE BRILHEM OS OLHOS SEUS
GRAVADORA: TRATORE
GÊNERO: POP ALTERNATIVOP
ANO: 2007

Onde Brilhem os Olhos Seus é o primeiro álbum solo de Fernanda Takai, vocalista da banda brasileira de música pop Pato Fu.
Lançado pela Do Brasil Discos e distribuído pela Tratore, o CD é totalmente dedicado ao repertório cantado por Nara Leão, com composições de Chico Buarque, Gilberto Gil, Zé Kéti, Caetano Veloso, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, dentre outros grandes nomes da música brasileira. A direção artística do projeto foi feita por Nelson Motta, a produção ficou a cargo de John Ulhoa que, juntamente com Lulu Camargo, fez todos os arranjos. Por fim, Roberto Menescal faz uma participação especial tocando guitarra em "Insensatez".


Um dia a areia branca seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos a água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir pra ver você chegar
E ao sem sentir em casa, sorrindo vai chorar

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

As luzes e o colorido que você vê agora
Nas ruas por onde anda, na casa onde mora
Você olha tudo e nada lhe faz ficar contente
Você só deseja agora voltar pra sua gente

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

Você anda pela tarde e o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito uma saudade e um sonho
Um dia vou ver você chegando num sorriso
Pisando a areia branca que é seu paraíso

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos

Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
GUARÂNIA DA LUA
LUIZ VIEIRA
COMPOSITOR: LUIZ VIEIRA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: O MELHOR DE LUIZ VIEIRA
GRAVADORA: COPACABANA
GÊNERO: GUARÂNIA
ANO: 2003

Luiz Rattes Vieira Filho (Caruaru, 12 de outubro de 1928) é um cantor, compositor e radialista brasileiro.
Seu nome foi uma homenagem ao avô. Perdeu a mãe com apenas dois anos de idade. Antes dos dez anos mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo criado pelo avô em Alcântara, município de São Gonçalo. Na ex-capital federal exerceu diversas atividades antes de ingressar na vida artística. Foi chofer de caminhão, motorista de táxi, guia de cego, engraxate e lapidário. Em criança cantou em circos e parques de diversão. Aos oito anos, produziu sua primeira composição.
No início da sua carreira cantava músicas românticas, valsas e samba-canções. No programa de Renato Murce, no Rio, imitou Vicente Celestino. Foi crooner de orquestra num cabaré do bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Conseguiu ser contratado pela rádio Tupi, por intermédio de Paulo de Grammont. Em 1950, acabou sendo contratado pelas rádios Tupi e Record, de São Paulo, que pertenciam às Emissoras Associadas.
A canção Menino de Braçanã, de 1953, foi seu primeiro sucesso, na voz de Roberto Paiva e, em seguida, o cantor Ivon Curi gravou-a.


Ouvi dizer que o tempo apaga
Lembranças amargas
Que a vida nos traz
Há muito que estou esperando
O tempo passando
E não encontro paz.
Será que o tempo não tem tempo
De olhar meus olhos tristes de chorar
E as cicatrizes do desgosto
Que trago em meu rosto
De tanto esperar

Saudade,
Bichinha danada
Que em mim fez morada
E não quer se mudar,
Tem gosto de jiló verdinho
Plantado na lua nova do penar
O tempo vai passando
E eu vejo o desejo
Da reconciliação
Meu medo é não saber se ela
Traz no peito a lua nova

Do perdão...
FOLHAS SECAS
BETH CARVALHO
COMPOSITORES: NELSON CAVAQUINHO & GUILHERME BRITO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: A MADRINHA DO SAMBA AO VIVO CONVIDA
GRAVADORA: SOM LIVRE
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1991

Elizabeth Santos Leal de Carvalho, mais conhecida como Beth Carvalho (Rio de Janeiro, 5 de maio de 1946), é uma cantora e compositora brasileira de samba. Desde que começou a fazer sucesso, na década de 1970, Beth se tornou uma das maiores intérpretes do gênero, ajudando a revelar nomes como Luiz Carlos da Vila, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, o grupo Fundo de Quintal e Arlindo Cruz, e Bezerra da Silva.
Quando eu piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha Estação Primeira
Não sei quantas vezes
Subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando
E assim vou me acabando

Quando o tempo avisar
Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão
Da minha mocidade.
O MAR
DORIVAL CAYMMI
COMPOSITOR: DORIVAL CAYMMI
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DORIVAL CAYMMI: CANÇÕES PRAIEIRAS
GRAVADORA: ODEON FONOGRÁFICA
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1954

Canções Praieiras é o primeiro álbum do cantor e compositor brasileiro Dorival Caymmi, lançado em 1954. Gravado pela Odeon.
Dorival Caymmi (Salvador, 30 de abril de 1914 – Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2008) foi um cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro.
Compôs inspirado pelos hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. Morreu em 16 de agosto de 2008, aos 94 anos, em casa, às seis horas da manhã, por conta de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer renal que possuía havia 9 anos. Permanecia em internação domiciliar desde dezembro de 2007. Poeta popular compôs obras como Saudade da Bahia, Samba da minha Terra, Doralice, Marina, Modinha para Gabriela, Maracangalha, Saudade de Itapuã, O Dengo que a Nega Tem, Rosa Morena.
Filho de Durival Henrique Caymmi e Aurelina Soares Caymmi, era casado com Adelaide Tostes, a cantora Stella Maris. Todos os seus três filhos (Nana Caymmi, Dori Caymmi e Danilo Caymmi) também são cantores, assim como sua neta Alice Caymmi.
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito

O mar... pescador quando sai
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
Nas ondas do mar

O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito

Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
Só vinha na hora do sol raiá

Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
De todas as mocinha lá do arraiá

Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
Num canto bem longe lá do arraiá

Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh...
O mar quando quebra na praia