DESDE QUE O SAMBA É SAMBA
CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL
COMPOSITOR: CAETANO VELOSO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: TROPICÁLIA 2
GRAVADORA: POLYGRAM DO BRASIL
GÊNERO: TROPICÁLIA
ANO: 1993
Tropicália 2 é um disco
de Caetano
Veloso e Gilberto Gil lançado em agosto de 1993 pela gravadora Philips.
Ele celebrou os 25 anos de lançamento do disco Tropicália ou Panis et Circencis.
Emprega sons de música eletrônica e axé music em canções de Gêneros Musicais
do Brasil como a bossa nova.
Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, 7 de agosto
de 1942)
é um músico,
produtor, arranjador e escritor
brasileiro. Com uma carreira que ultrapassa cinco décadas, Caetano construiu
uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente
como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo
tivesse aprendido a tocar violão em Salvador,
escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de
Notícias e conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos
de bossa nova(notavelmente
João Gilberto,
seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde),
Caetano iniciou seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto
"Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria
Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião,
no Rio de
Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil,
Gal Costa
e Tom Zé,
participou dos festivais de música popular da Rede Record
e compôs trilhas de filmes. Em 1967, saiu seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte,
liderou o movimento chamado Tropicalismo,
que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar
música no Brasil, através do disco Tropicália ou Panis et Circencis,
ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino
"É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado
durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime
militar e partiu para exílio político em Londres,
onde lançou o disco Caetano Veloso(1971),
disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas
aos que ficaram no Brasil. O disco Transa(1972)
representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae.
Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces
Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie
dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na
década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock nacionais,
aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes,
e Velô,
e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque.
Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical(1997) e o disco Livro
(1998). Ganhou o Prêmio Grammy em 2000, na categoria World Music.
Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos.
Em 2006, lançou o álbum Cê,
fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes gêneros ao samba, Zii e Zie,
de 2009, manteve a parceria com a Banda Cê, que encerrou-se no disco Abraçaço,
de 2012.
Gilberto Passos Gil Moreira, conhecido como Gilberto Gil GCIH (Salvador,
26 de junho
de 1942),
é um cantor, compositor,
instrumentista, produtor
musical e político brasileiro, conhecido por sua contribuição na música
brasileira e por ser vencedor de prêmios Grammys
Americano, Grammy Latino e galardeado pelo governo
francês com a Ordem Nacional do Mérito(1997).
Em 1999, foi nomeado "Artista pela Paz", pela UNESCO.
Em mais de cinquenta álbuns lançados, ele incorpora a
gama eclética de suas influências, incluindo rock, gêneros tipicamente brasileiros, música africana, funk, música disco
e reggae.
A
tristeza é senhora
Desde
que o samba é samba, é assim
A
lágrima clara sobre a pele escura
A
noite, a chuva que cai lá fora
Solidão
apavora
Tudo
demorando em ser tão ruim
Mas
alguma coisa acontece
No
quando agora em mim
Cantando
eu mando a tristeza embora
O samba
ainda vai nascer
O samba
ainda não chegou
O samba
não vai morrer
Veja, o
dia ainda não raiou
O samba
é o pai do prazer
O samba
é o filho da dor
O
grande poder transformador.