NERVOS DE AÇO

JAMELÃO
COMPOSITOR: LUPICÍNIO RODRIGUES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: A VOZ DO SAMBA – VOL. 2
GRAVADORA: WARNER
GÊNERO: SAMBA
ANO: 2005

 
         José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1913– Rio de Janeiro, 14 de junho de 2008), foi um cantor brasileiro, tradicional intérprete dos sambas-enredo  da Escola de Samba de Mangueira.
         Nasceu no bairro da Corcundinha e passou a maior parte da juventude no Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá, começou a trabalhar, para ajudar no sustento da família - seu pai havia se separado de sua mãe. Levado por um amigo músico, conheceu a Estação Primeira de Mangueira e se apaixonou pela escola de samba.
           Ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na bateria da Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
        Passou para o cavaquinho e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi "corista" do cantor Francisco Alves e, numa noite, assumiu o lugar dele para cantar uma música de Herivelto Martins.
           A consagração veio como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon. Depois, trabalhou para a Companhia Brasileira de Discos, Philips e mais tarde para a Continental, onde gravou a maioria de seus álbuns, para a RGE e depois para a Som Livre. Entre seus sucessos, estão "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem Samba Fica" (com Tião Motorista).
        De 1949 até 2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira. Em janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
          Diabético e hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Afastado da Mangueira, declarou em entrevista: "Não sei quando volto, mas não estou triste."
           Morreu às 4 horas do dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em sua cidade natal, por falência de múltiplos órgãos. O corpo foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um tipo qualquer?
 
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do meu pode ser?
 
Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
 
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, é despeito, amizade ou horror
Eu só sinto é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor
 
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor?
Ter loucura por uma mulher
E depois encontrar esse amor, meu senhor
Nos braços de um tipo qualquer?
 
Você sabe o que é ter um amor, meu senhor
E por ele quase morrer
E depois encontrá-lo em um braço
Que nem um pedaço do meu pode ser?

JARRO DA SAUDADE

CARMEN COSTA
COMPOSITORES: DANIEL BARBOSA; GERALDO BLOTA & MIRABEAU
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ZIRIGUIDUM/78RPM
GRAVADORA: COPACABANA
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1957
 
    Carmelita Madriaga, conhecida pelo nome artístico de Carmen Costa (Trajano de Moraes, 5 de julho de 1920 — Rio de Janeiro, 25 de abril de 2007). Filha de Avelina Basílio e Teotônio José Madriaga, os pais eram meeiros na fazenda Agulha, onde ainda pequena, começou a trabalhar como doméstica na casa de uma família de protestantes, foi lá que aprendeu hinos religiosos e demonstrou seu talento de cantora.
           Em 1935, veio para o Rio de Janeiro, com apenas 15 anos, morando em diversos morros do Rio e no morro de Santa Rosa, em Niterói-RJ. O primeiro emprego foi na Rua Toneleiros, em Copacabana, onde fazia coques ganhando 1 tostão por dia. Para ganhar mais resolve trabalhar de empregada-doméstica numa casa onde a patroa tocava piano. Carmelita se entusiasma e resolve aprender violão, carregando-o debaixo do braço na travessia da barca Rio-Niterói.
        Entre 1936 e 1937, Carmelita frequenta o auditório da Radio Ipanema, onde ia assistir à orquestra do maestro Napoleão Tavares. Através de uma amiga, fica sabendo que precisavam de empregada na rua Gustavo Sampaio, no Leme. O dono da casa era Francisco Alves, que a contrata. Certa noite o cantor promove um encontro entre artistas na sua casa, e Francisco pede que Carmelita cante para os convidados, cantando “Camisa listrada”, de Assis Valente. Carmen Miranda uma das convidadas, ficou encantada com o que ouviu, logo sentenciou “Menina, você promete!”. Foi nessa época, com o apoio de Francisco Alves, que ela começou a frequentar programas de calouros em rádios e participar como corista em gravações de nomes famosos da MPB. Certo dia se inscreve como caloura no Programa de Ary Barroso, na Radio Cruzeiro do Sul, onde canta “Bonequinha de sêda”, sucesso de Gilda de Abreu, tirando 5, a nota máxima.
            Em 1937, cantando no Clube Aliança, conheceu o compositor Henricão (Henrique Felipe da Costa) com quem formou dupla na música e na vida. Foi ele que sugeriu o nome artístico “Carmen Costa” e com quem iniciou sua carreira profissional, em 1938, apresentando-se em feiras e amostras pelo Brasil, como a do Arraial do Rancho Fundo, em Juiz de Fora, MG. Em 1939, apresentou-se com Henricão numa feira de amostras na Praça XV, no Rio de Janeiro, ao lado de grandes cantores da época (Carmen Miranda, Aurora Miranda, Alvarenga e Ranchinho, Irmãs Pagãs, entre outros).

Iaiá, cadê o jarro
O jarro que eu plantei a flor
Eu vou te contar um caso
Eu quebrei o jarro e matei a flor. (Bis)
 
Que maldade...Que maldade!...
Você bem sabia
No jarro de barro
Eu plantei a saudade!

TU NOMBRE ME SABE A HIERBA

JOAN MANUEL SERRAT Y JOAQUIN SABINA
COMPOSITOR: JOAN MANUEL SERRAT
PAIS: ESPAÑA
ÁLBUM: DOS PÁJAROS DE UM TIRO
DISCOGRÁFICA: SONY BMG
GÉNERO: CANTAUTOR
AÑO: 2007
 
                Joan Manuel Serrat Teresa (Barcelona, 27 de diciembre de 1943) es un cantautor, compositor, actor, escritor, poeta y músico español.
            Su obra tiene influencias de otros poetas, como Mario Benedetti, Antonio Machado, Miguel Hernández, Rafael Alberti, Federico García Lorca, Pablo Neruda, Joan Salvat-Papasseit y León Felipe entre otros; así como de diversos géneros, como el folklore catalán, la copla española, el tango, el bolero y del cancionero popular de Latinoamérica, pues ha versionado canciones de Violeta Parra y de Víctor Jara. Es uno de los pioneros de lo que se dio en llamar la Nova Cançó catalana. Joan Manuel Serrat es conocido también con los sobrenombres de El noi del Poble-sec (‘el chico del Pueblo Seco’, su barrio natal) y el Nano.
        Ha sido reconocido con nueve doctorados honoris causa por su contribución a la música y literatura española, además del Grammy Latino “Persona del Año” en 2014, entre otros importantes galardones.
            Dos pájaros de un tiro es el cuarto álbum en vivo, proyecto artístico conjunto de los cantautores Joan Manuel Serrat y Joaquín Sabina. Ambos autores unen sus voces en una gira conjunta durante el año 2007 que los lleva por escenarios de España y América: México, Venezuela, Colombia, Ecuador, Perú, Chile, Uruguay y Argentina.

Porque te quiero a ti, porque te quiero
Cerré mi puerta una mañana y eché a andar
Porque te quiero a ti, porque te quiero
Dejé los montes y me vine al mar
 
Tu nombre me sabe a hierba
De la que nace en el valle
A golpes de sol y de agua
Tu nombre me lleva atado
En un pliege de tu talle
Y en el bies de tu enagua
 
Porque te quiero a ti, porque te quiero
Aunque estás lejos yo te siento a flor de piel
Porque te quiero a ti, porque te quiero
Se hace mas corto el camino aquel
 
Tu nombre me sabe a hierba
De la que nace en el valle
A golpes de sol y de agua
Tu nombre me lleva atado
En un pliege de tu talle
Y en el bies de tu enagua
 
Porque te quiero a ti, porque te quiero
Mi voz se rompe como el cielo al clarear
Porque te quiero a ti, porque te quiero
Dejo esos montes y me vengo al mar. 

AQUELLAS PEQUEÑAS COSAS

MERCEDES SOSA Y JOAN MANUEL SERRAT
COMPOSITOR: JOAN MANUEL SERRAT
PAIS: ARGENTINA X ESPAÑA
ALBUM: CANTORA 1
DISCOGRÁFICA: RCA VICTOR
GÉNERO: FOLK MUSIC
AÑO: 2009
 
         Cantora 1 es un álbum de estudio de la fallecida cantante argentina Mercedes Sosa. Fue lanzado en 2009 y presenta duetos con destacados artistas latinoamericanos. Fue certificado platino por CAPIF. Esto significa que el álbum vendió 40.000 copias en Argentina.
        Cantora, un Viaje Íntimo incluye Cantora 1 y Cantora 2. La recopilación vendió más de 200.000 copias en Argentina.
          "Aquellas pequeñas cosas" es una canción del cantautor español Joan Manuel Serrat. En 2008, Serrat grabó una versión italiana titulada "Quelle piccole cose" para el doble disco Quelle piccole cose del grupo italiano Pan Brumisti.

Uno se cree
que las mató
el tiempo y la ausencia.
Pero su tren
vendió boleto
de ida y vuelta.
Son aquellas pequeñas cosas
que nos dejó un tiempo de rosas
en un rincón,
en un papel
o en un cajón.
 
Como un ladrón
te acechan detrás
de la puerta.
Te tienen tan a su merced
como hojas muertas
que el viento arrastra allá o aquí
que te sonríen tristes y
nos hacen que
lloremos cuando
nadie nos ve.