JOGA A REDE NO MAR

LUIZ CLÁUDIO
COMPOSITORES: FERNANDO CESAR PEREIRA & NAZARENO DE BRITO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ENCONTRO COM LUIZ CLÁUDIO
GRAVADORA: COLUMBIA RECORDS
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1956
 
      Cantor. Compositor. Começou a tocar cavaquinho aos sete anos de idade. Estudou música com o maestro Moacir Santos durante um ano. Em 1947, formou o trio Trovadores do Luar, apresentando-se em festas e serestas em sua cidade natal. Formou-se pela Escola Nacional de Arquitetura, no Rio de Janeiro. Faleceu aos 78 anos de idade, na cidade paulista de Guaratinguetá.
    Iniciou sua carreira profissional em 1949, como integrante do trio Trovadores do Luar atuando na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte (MG). Em seguida, foi contratado para cantar músicas norte-americanas nessa mesma emissora.
     Em 1952, lançou seu primeiro disco pela Sinter com o samba canção “Fim de semana”, de Rômulo Paes e Nilo Ramos e o fox “Primavera em setembro”, de K. Weill, com versão de Andre Rosito. No ano seguinte, lançou a primeira composição de sua autoria, a toada “A rua onde ela mora”, parceria com o irmão Antônio Maurício.
     Em 1955, passou a gravar na Columbia onde estreou cantando as canções “Sinos de Belém”, de Evaldo Rui e “Blim, blem, blam”, de sua autoria e Nazareno de Brito, obtendo grande sucesso e com a qual foi premiado com o Disco de Ouro do Jornal “O Globo” (RJ) na categoria “revelação masculina”, sucesso no Natal daquele ano. Nesse mesmo ano, foi contratado através de Cyro Monteiro pela Rádio Mayrink Veiga. No ano seguinte, gravou a marcha “Sai de baixo”, de Assis Valente e Álvaro da Silva, o samba canção “Joga a rede no mar”, de Fernando César e Nazareno de Brito, que foi um grande sucesso e o beguine “Era uma vez”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim.
      Em 1957, fez sucesso com a valsa “Quero-te assim”, de Tito Madi e com “Anda, jerico”, de Osvaldo Santiago e Alcyr Pires Vermelho. Gravou também no mesmo ano a valsa “Santa mãezinha”, de sua autoria e Moura Gomide e o fox “Bem juntinhos”, de Bruno Marnet e Othon Russo. Em 1958, lançou, de sua parceria com Fernando César a valsa “Amar em segredo”. No ano seguinte, gravou o samba “Este teu olhar”, de Antônio Carlos Jobim.
       Em 1960 foi contratato pela RCA Victor estreando com os sambas “Só Deus”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, um de seus grandes sucessos e “Carinho e amor”, de Tito Madi. No mesmo ano, fez sucesso com o samba “Menina feia”, de Oscar Castro Neves e Luverci Fiorini. Em 1961, gravou o fox “Canção do êxodo”, de Ernest Gold, com versão de Almeida Rego e a guarânia “Meu maior amor”, de Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal. No mesmo ano, gravou com a cantora de forró Marinês o xote “Maria Chiquinha”, de Guilherme Figueiredo e Geisa Bôscoli e fez sucesso com “Rancho das flores”, com versos de Vinicius de Moraes para música de J. Sebastian Bach. Em 1962 gravou de sua autoria o samba “Deixa a nega gingar” e de Getúlio Macedo o rasqueado “Amor desfeito”. Em 1968, interpretou a canção “Amada, canta”, de Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo no III Festival Internacional da Canção (TV Globo). Incluiu a canção em LP lançado nesse ano, juntamente com uma exposição de seus desenhos e aquarelas.
      Em 1973, viajou para a Europa participando de apresentações com a orquestra Organization Radio-Télévision Française. Ainda nesse ano, gravou o LP “Caatingas”, lançado pela Odeon no qual interpretou “Estrada branca”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Correnteza”, de Tom Jobim e Luiz Bonfá e “Cantigas” e “Flor do céu”, do folclore brasileiro. Em 1975, lançou o LP “Reportagem” no qual interpretou, entre outras, “Esperança perdida”, de Billy Blanco e Tom Jobim, “Lua cheia”, de Chico Buarque e Toquinho, “Poema azul”, de Sérgio Ricardo e “Onde eu nasci passa um rio”, de Caetano Veloso.
     Em 1979 gravou pela EMI-Odeon o LP “Viola de bolso”, com destaque para a música título com melodia de sua autoria para versos de Carlos Drummond de Andrade, “Cai sereno”, de Elpídeo dos Santos e “Maninha”, de Chico Buarque.
       Em 1980, visitou 15 universidades norte-americanas em programa de divulgação da música popular brasileira convidado pelo Brazilian American Cultural Institute. Três anos depois, lançou “Minas sempre viva!”, álbum duplo com músicas do folclore mineiro acompanhado de um livro de arte com apresentação do escritor Carlos Drumond de Andrade. Entre seus parceiros, destacam-se Nazareno de Brito, Fernando César e William Prado. Suas músicas foram gravadas por Elizeth Cardoso, Tito Madi, Nara Leão, Marisa Gata Mansa e Dick Farney, entre outros artistas. Em 2005, foi lançado pelo selo Revivendo o CD “Luiz Cláudio – Este seu olhar” com 18 obras gravadas por ele. Além da música título, de autoria de Antonio Carlos Jobim, estão presentes as músicas “O galo cantou na serra”, de sua autoria sobre versos de Guimarães Rosa, “Folhas soltas”, de Portinho e W. Falcão, “Amo-te muito”, de João Chaves, “Mucama”, de Gonçalves Crespo, “Toada brasileira”, de Ivor Lancellotti e Paulo Cesar Pinheiro, “Vagalumeando”, de Paulo Roberto, “Na boca da noite”, de Sergio Bittencourt, “Viola de bolso”, de sua autoria sobre versos de Carlos Drummond Andrade, “Rancho das flores”, com letra de Vinícius de Moraes sobre tema de Bach, “Quero-te assim”, de Tito Madi, “Menina”, de Paulinho Nogueira, “Onde eu nasci passa um rio”, de Caetano Veloso, “Estrada branca”, de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, “Joga a rede no mar”, de Fernando Cesar e Nazareno de Brito, “Você vai gostar”, de Elpidio dos Santos, “Lugar tão lindo”, de sua autoria, Marcos e Antonio Mauricio, e “Aperto de mão”, de Horondino Silva, Jaime Florence e Antonio Adolfo.
Joga a rede no mar
Deixa a água correr
O que ela recolher
Não podes reclamar
A sorte é quem mandou
 
Esta vida é um mar
Deixa o barco correr
Se algum dia um querer
Tua rede pescar
Não a deixes fugir
 
Quando a onda quebrar
E o vento bater
Alguém há de dizer
És velho para amar
A praia é teu lugar
 
Conta-lhe então
Que nunca tua rede
Sentiu a sede
Da falta de um amor
 
E não tens medo
O mar não faz segredo
A um velho pescador.

NÓS E O MAR

DORIS MONTEIRO
COMPOSITORES: ROBERTO MENESCAL & RONALDO FERNANDO ESQUERDO BOSCOLI
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DÓRIS MONTEIRO
GRAVADORA: BRAZILIAN CLASSICS
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1958
 
             Adelina Doris Monteiro(Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1934) é uma cantora e atriz brasileira
        Descrita por renomados críticos musicais como a cantora que tem "a bossa de quem já nasceu sabendo" e símbolo de "modernidade já atemporal" no universo da música brasileira, a carioca Doris Monteiro começou a despontar para o público aos 15 anos, cantando em programa de calouros no rádio, em francês. O ano era 1949 e o samba-canção consagrava cantores com vozes de alta potência e repertório de dor de cotovelo. Doris, porém, tinha a voz suave e emprestava charme e frescor às canções, privilegiando também letras mais alegres e firmando-se como precursora de um estilo que viria a ter destaque também na bossa nova, além de acumular gravações de sucesso nas décadas seguintes - especialmente nos anos 60 e 70. É considerada uma das mais expressivas cantoras da transição do samba-canção para a bossa nova.
        A artista tem um papel importante na história da música brasileira ainda por ter afiançado, com sua arte, o início da carreira de grandes criadores. "Um atrás do outro, Doris ajudou a deslanchar compositores como Tom Jobim e Dolores Duran(Se É Por Falta de Adeus), o hoje injustamente esquecido Fernando César(Dó-Ré-Mi, Graças a Deus e Joga a Rede no Mar), Billy Blanco(Mocinho Bonito), Sílvio César(O Que Eu Gosto em Você), Sidney Miller(Alô Fevereiro), Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho(Mudando de Conversa)", ressalta em artigo o jornalista, biógrafo e escritor Ruy Castro.
     Tão logo se tornou famosa, nos anos 50, foi convidada a fazer cinema, participando de oito filmes ao longo da carreira. Em 1953 obteve o prêmio de Melhor Atriz no I Primeiro Festival de Cinema por sua interpretação em Agulha no Palheiro, de Alex Viany.
       Com mais de 20 LPs e mais de 20 discos de 78rpm gravados, Doris se mantém ativa, fazendo shows. Em 2020, regravou a música Fecho Meus Olhos, Vejo Você no álbum Copacabana - Um Mergulho nos Amores Fracassados, produzido pelo jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello, com base em seu livro Copacabana - A Trajetória do Samba-Canção(1929-1958), lançado em 2017. 
Lá se vai mais um dia assim,
E a vontade que não tenha fim, este sol
É viver, ver chegar ao fim,
Essa onda que cresceu, morreu aos seus pés
E olhar pra o céu que é tão bonito,
E olhar pra esse olhar perdido
Nesse mar azul
Uma onda nasceu, calma desceu sorrindo,
Lá vem vindo
Lá se vai mais um dia assim,
Nossa praia que não tem mais fim, acabou
Vai subindo uma lua assim,
E a camélia que flutua nua no céu. 

TÔ CHEGANDO, JÁ CHEGUEI

ELIANA PITMAN
COMPOSITORES: CLAUDEMIRO JOSE RODRIGUES & ABELARDO SIMÃO DE SOUZA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: TÔ CHEGANDO, JÁ CHEGUEI
GRAVADORA: RCA VICTOR
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1974
 
       Eliana Leite da Silva, mais conhecida como Eliana Pittman(Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1945), é uma cantora e atriz brasileira.
    Iniciou sua carreira em 1961, ao lado do saxofonista norte-americano Booker Pittman, seu padrasto, cantando standards do jazz e da bossa nova em boates no Rio de Janeiro. O avô de seu padrasto foi Booker T. Washington, fundador do conceituado Tuskegee Institute, a primeira universidade para negros nos Estados Unidos.
        Fez shows no Brasil e no exterior e na década de 1970 emplacou vários sucessos, como Das Duzentas para Lá, Abandono (canção lançada por Eliana em 1974 e que Roberto Carlos regravou em 1979), Sinhá Pureza e Mistura de Carimbó. Pelo sucesso das últimas duas canções, recebeu o título de "Rainha do Carimbó".
     No final dos anos 60, Geraldo Azevedo veio do Nordeste para o Rio a convite de Eliana para acompanhá-la no show "Positivamente Eliana", e logo se tornou um dos maiores nomes da música brasileira.
      Dona de um grande ecletismo musical e um notório virtuosismo vocal, Eliana se apresentou em muitos países do mundo (França, Alemanha, Suécia, Espanha, Itália, Portugal, Venezuela, México e Estados Unidos), tendo se apresentado, por exemplo, na lendária casa de shows Olympia em Paris e no programa do comediante Jerry Lewis. Também se apresentou ao lado do lendário showman Sammy Davis Jr.
     Além de cantora, é professora de música numa escola do Rio de Janeiro.
      Em 2007, Eliana foi convidada por Charles Möeller e Claudio Botelho para atuar no musical "7", com texto de Möeller e trilha original de Botelho e Ed Motta. Ela dividia a cena com Alessandra Maestrini, Ida Gomes, Rogéria e Zezé Motta. O espetáculo estreou em 1º de setembro de 2007, no Teatro João Caetano(RJ) e foi um dos grandes vencedores do Prêmio Shell e do Prêmio APTR. O enorme sucesso da temporada fez o espetáculo reestrear em 27 setembro de 2008 no Teatro Carlos Gomes, também no Rio. Em 17 de abril de 2009, o espetáculo estreou em São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso, também com grande sucesso.
          Após um hiato de 17 anos longe dos estúdios, foi anunciado em março 2019 que Eliana gravaria um novo disco, chamado "Hoje, Ontem e Sempre", produzido por Thiago Marques Luiz. O disco contém canções como Preciso Me Encontrar(Candeia), Drão (Gilberto Gil) e Onde Estará o Meu Amor(Chico César), todas inéditas na voz de Eliana e tem previsão de lançamento para maio.
     Em 2020 foi lançado o disco "As Divas do Sambalanço", dedicado exclusivamente ao gênero, em que Eliana divide as interpretações com Claudette Soares e Doris Monteiro.
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
Alô martinho da vila, alô paulinho da viola
Valter rosa da portela, eu vou lhes dizer agora
 
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
As escolas reunidas
Fazem o samba legal
Eu pertenço a rodas elas
Nos dias de carnaval
 
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
Donga pelo telefone
Dono do samba primeiro
Tenha lulos na portela
Tem pupilos na Salgueiro
Tem Monarco, tem Zuzuca
Teve Silas de Oliveira
Rolando pedra no morro
Tem Xangó lá na Mangueira
 
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
Pixinguinha carinhoso
Vou tirar o meu chapéu
Pra saltar Ari Barroso
Juntamente com Noel
 
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
Da Mangueira eu quero manga,
Do Salgueiro eu quero sal
Do Padre Miguel a reza
Que pro bem cortar o mal
 
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora
 
Eu me chamo Eliana,
Nao nego meu natural
Dizem que eu sou bacana
Isto é sensacional
Eu já dei o meu recado
Pra todo mundo escutar
Minha gente dá licença
Que eu já vou me retirar!
Se quiser me escutar
Eu tô chegando já cheguei
E vou dizer agora.
 

BARQUINHO DIFERENTE

CLAUDETTE SOARES
COMPOSITOR: SÉRGIO AUGUSTO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: CLAUDETTE SOARES
GRAVADORA: ROZENBLIT
GÊNERO: M.P. B.
ANO: 2014
 
             Claudette Colbert Soares, Claudete Soares ou Claudette Soares (Rio de Janeiro, 31 de outubro de 1937) é uma cantora brasileira.
             Começou sua carreira muito cedo: foi revelada no programa A raia miúda, de Renato Murce, na Rádio Nacional. Apresentou-se no programa da Rádio Mauá chamado Clube do Guri, de Silveira Lima. Depois também se apresentou no programa Papel Carbono, de Renato Murce. Na Rádio Tupi participou do programa Salve o Baião!, conhecendo Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Ele a apelidou de Princesinha do baião. Ainda na década de 1950, na Rádio Tamoio, ela apresentou ao lado de Ademilde Fonseca o programa No mundo do baião (programa de Zé Gonzaga, irmão do Luís).
          Silvinha Telles chamou-a para substituí-la como cantora na boate do Plaza, no final da década de 1950. Dividiu o palco com Luiz Eça, João Donato, Baden Powell e Milton Banana e outros músicos. Participou do programa de TV - Brasil 60, da apresentadora de TV e atriz Bibi Ferreira, pela TV Excelsior - canal 9, de São Paulo. Divulgou as canções da Bossa Nova em São Paulo, nas casas noturnas Baiúca, Cambridge e João Sebastião Bar. Inaugurou a boate Ela, Cravo e Canela, junto com o pianista Pedrinho Mattar, apresentando o espetáculo Um show de show. Em 1967, compareceu ao programa de TV Jovem Guarda, da TV Record, (Rede Record), canal 7 de São Paulo, ocasião em que interpretou Como é grande o meu amor por você (Roberto Carlos). Casou-se com o músico Júlio César Figueiredo, em 1972. Seu grande sucesso, De tanto amor, foi um presente de casamento dado por Roberto Carlos, que foi seu padrinho. Veio a se divorciar na década de 1990. Tinha um projeto junto com Dick Farney de gravar uma série de músicas brasileiras, mas, com a morte do amigo, isso não foi possível. Claudette retomou a sua carreira artística, depois do seu divórcio. Fez turnês por Paris e Lisboa.
Meu barquinho é muito diferente
Ele vai, mas não carrega gente
Navegando ele vai buscar o amor pra mim
O amor não chega de carrinho
O amor não vem de automovinho
O amor não vem por terra, ele vem por mar
 
Vai barquinho
Não me deixe esperar
Que a saudade já chegou
A tristeza também fez seu ranchinho
Pra esperar você
 
Meu barquinho é muito diferente (barquinho)
Ele vai, mas não carrega gente (carrega)
Navegando ele vai buscar o amor pra mim (o amor pra mim)
O amor não chega de carrinho (barquinho)
O amor não vem de automovinho (navega)
O amor não vem por terra, ele vem por mar (o azul do mar)
 
Vai barquinho
Não me deixe esperar
Que a saudade já chegou
A tristeza também fez seu ranchinho
Pra esperar você
 
Meu barquinho é muito diferente (barquinho)
Ele vai, mas não carrega gente (carrega)
Navegando ele vai buscar o amor pra mim (o amor pra mim)
O amor não chega de carrinho (barquinho)
O amor não vem de automovinho (navega)
O amor não vem por terra, ele vem por mar (o azul do mar).