O CIGANO
FRANCISCO ALVES
COMPOSITORES: Marcelo Tupinambá &
João do Sul
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: FRANCISCO ALVES
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: FOX-CANÇÃO
ANO: 1946
Francisco de Moraes
Alves nasceu em 1898, no Rio de Janeiro, sendo filho de José e Isabel,
portugueses. Seu José, dono de botequim, falecido em 1919, não faria fortuna.
Teve três irmãs: Ângela, a mais velha, Lina e Carolina. Lina, com o nome
artístico de Nair Alves, seria conhecida atriz de revista e radio atriz. José,
seu único irmão, possuía bonita voz, mas veio a falecer com apenas 18 anos, em
1918, durante a gripe espanhola.
Cursou apenas a escola
primária e desde cedo interessou-se pela música. Da irmã Nair ganhou uma
guitarra e as primeiras lições. Começou sua carreira de cantor em abril de
1918, na Companhia de João de Deus-Martins Chaves. Depois ingressou na
Companhia de Teatro São José, do empresário José Segreto.
Como compositor deixou cerca
de 132 músicas, sendo seu forte a melodia. Em 1928 fez na Parlophon o primeiro
registro da canção A Voz do Violão, melodia sua e versos de Horácio
Campos, grande sucesso, tanto que a regravou em 1929, 1939 e 1951.
Um
dia,
Eu em
Andaluzia,
Ouvi,
um cigano a cantar,
Havia,
No
canto a nostalgia,
De
castanholas batidas ao luar,
Mas
era,
A
canção tão singela,
Que
eu julguei para mim,
E
agora,
Que
minh'alma te chora,
Ouve
bem, a canção que era assim :
O
amor,
Tem a
vida da flor,
Não
sonhe alguém,
Do
seu sonho o colher...
Pois
bem,
Como
acontece à flor,
O
lindo amor,
Principia
a morrer.
Cigano,
Que
sabias o engano,
Por
que me fizeste tão mal?
Não
fora,
A
canção traidora,
E o
meu sonho seria eternal!
Quem
há de fugir,
A
realidade,
Vem
desmentir a ilusão?
E
hoje,
Que o
teu beijo me foge,
Cantarei,
Do cigano, a canção!
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