CABIDE DE MOLAMBO
PATRÍCIO TEIXEIRA
COMPOSITOR: JOÃO DA BAIANA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: CABIDE DE MOLAMBO
GRAVADORA: ODEON
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1932
Patricio Teixeira (Rio de Janeiro, 17 de
março de 1893 —
Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1972) foi um cantor e violonista
brasileiro.
Patricio foi um dos pioneiros da gravação no Brasil,
iniciando carreira na década de 20 nas companhias Odeon, Parlophon, Columbia e
Victor.
Nasceu na Praça 11 e não conheceu o pai nem a mãe. De
1910 a 1915, acompanhava-se ao violão, fazendo serenatas na Vila Isabel e na
Praça 11.
Com o aparecimento do rádio, foi um dos pioneiros
participando como cantor inicialmente na Rádio Clube do Brasil, passando para a
Guanabara, Cajuti, Sociedade, Mayrink
Veiga e outras. Somou quase trinta anos prestando serviços em emissoras de
rádio.
Gravou diversos discos, interpretando valsas, modinhas,
lundus, sambas etc.
Trabalhou com Pixinguinha,
Donga e os Oito
Batutas, e nas décadas de 20 e 30 emplacou vários sucessos: "Casinha
Pequenina", "Trepa no Coqueiro" (Ari Kerner), "Gavião
Calçudo" (Pixinguinha), "Xoxô" (Luperce Miranda), "Cabide
de Molambo" (João da Baiana), "Sete Horas da Manhã" (Ciro de
Souza). Um de seus sucessos, "Não tenho lágrimas", está na trilha
sonora do clássico filme "Touro Indomável", de Martin
Scorsese e com Robert de Niro no papel principal.
Teve atuação destacada como professor de violão e canto.
Algumas de suas alunas foram Aurora
Miranda, Linda Batista e as irmãs Danuza
e Nara
Leão, além da atriz Maria Lúcia Dahl.
Meu
Deus eu ando
Com o
sapato furado
Tenho
a mania
De
andar engravatado
A
minha cama
É um
pedaço de esteira
E é
uma lata velha
Que
me serve de cadeira
Meu
Deus, Meu Deus, Meu Deus
Minha
camisa
Foi
encontrada na praia
A
gravata foi achada
Na
Ilha da Sapucaia
Meu
terno branco
Parece
casca de alho
Foi a
deixa de um cadáver
Do
acidente no trabalho
Meu
Deus, Meu Deus, Meu Deus
O meu
chapéu
Foi
de um pobre surdo e mudo
As
botinas foi de um velho
Da
revolta de Canudos
Quando
eu saio a passeio
As
damas ficam falando
Trabalhei
tanto na vida
Pro
malandro estar gozando
Meu
Deus, Meu Deus, Meu Deus
A
refeição
É que
é interessante
Na
tendinha do Tinoco
No
pedir eu sou constante
E o
português
Meu
amigo sem orgulho
Me
sacode o caldo grosso
Carregado
no entulho
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