SÉRGIO REIS - FILHO ADOTIVO

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FILHO ADOTIVO
SÉRGIO REIS
COMPOSITORES: ARTHUR MOREIRA & SEBASTIÃO FERREIRA DA SILVA.
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: SÉRGIO REIS E FILHOS
GRAVADORA: ATRAÇÃO FONOGRÁFICA
GÊNERO: SERTANEJO
ANO: 2003

Sérgio Reis, nome artístico de Sérgio Bavini(São Paulo, 23 de junho de 1940) é um cantor, compositor sertanejo, ator, apresentador televisivo e político brasileiro.
Paulistano nascido no tradicional bairro de Santana, fez parte da Jovem Guarda na década de 1960, criando em 1967 a música "Coração de Papel". Gravou seu primeiro disco de música sertaneja com a música "Menino da Gaita", em 1972. Seguiu-se o sucesso de "Menino da Porteira", "Adeus Mariana", "Disco Voador", "Panela Velha", "Filho Adotivo", "Pinga ni Mim" e várias outras canções. Seu disco O Melhor de Sérgio Reis, lançado em 1981, vendeu mais de 1 milhão de cópias. O cantor optou por adotar o sobrenome de sua mãe, pois não achava o sobrenome de seu pai adequado para o ramo artístico.
No ano de 2002, Sérgio Reis prestou uma homenagem a Roberto Carlos, com o CD intitulado Nossas Canções, onde interpretou músicas gravadas por Roberto Carlos, de autoria deste em parceria com Erasmo Carlos e de outros compositores.
No ano de 2003, Sérgio Reis gravou seu primeiro DVD, intitulado Sérgio Reis e Filhos - Violas e Violeiros, e como o próprio título diz, teve seus filhos como músicos na apresentação.
Em 2010, para comemorar os mais de 40 anos de parceira, Sérgio Reis e Renato Teixeira lançaram o álbum (CD e DVD) ao vivo Amizade Sincera, que reuniu clássicos da música sertaneja.
Em 3 de março de 2012, o cantor caiu de uma altura de aproximadamente dois metros durante apresentação em show na cidade de Três Marias, em Minas Gerais, e permaneceu internado para exames mais detalhados.
No dia 20 de novembro de 2014, o cantor recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja pelo álbum Questão de Tempo.
Em 2015, recebeu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja pelo CD/DVD Amizade Sincera II, em parceria com Renato Teixeira.
Com sacrifício
Eu criei meus sete filhos
Do meu sangue eram seis
E um peguei com quase um mês
Fui viajante
Fui roceiro, fui andante
E pra alimentar meus filhos
Não comi pra mais de vez

Sete crianças
Sete bocas inocentes
Muito pobres, mas contentes
Não deixei nada faltar
Foram crescendo
Foi ficando mais difícil
Trabalhei de sol a sol
Mas eles tinham que estudar

Meu sofrimento
Ah! meu Deus, valeu a pena
Quantas lágrimas chorei
Mas tudo foi com muito amor
Sete diplomas
Sendo seis muito importantes
Que as custas de uma enxada
Conseguiram ser doutor

Hoje estou velho
Meus cabelos branquearam
O meu corpo está surrado
Minhas mãos nem mexem mais
Uso bengala
Sei que dou muito trabalho
Sei que às vezes atrapalho
Meus filhos até demais

Passou o tempo
E eu fiquei muito doente
Hoje vivo num asilo
E só um filho vem me ver
Esse meu filho
Coitadinho, muito honesto
Vive apenas do trabalho
Que arranjou para viver

Mas Deus é grande
Vai ouvir as minhas preces
Esse meu filho querido
Vai vencer, eu sei que vai
Faz muito tempo
Que não vejo os outros filhos
Sei que eles estão bem
E não precisam mais do pai

Um belo dia
Me sentindo abandonado
Ouvi uma voz bem do meu lado
Pai, eu vim pra te buscar
Arrume as malas
Vem comigo, pois venci
Comprei casa e tenho esposa
E o seu neto vai chegar

De alegria eu chorei
E olhei pro céu
Obrigado, meu Senhor
A recompensa já chegou
Meu Deus proteja
Os meus seis filhos queridos
Mas foi meu filho adotivo
Que a este velho amparou.

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