WALK ON
U2
Autor: U2;
escrita sobre a ativista birmanesa Aung San Suu
Kyi
ÁLBUM: All That You Can't Leave Behind
Island Records no Reino Unido e Interscope Records nos Estados
Unidos.
GÊNERO: ROCK IRLANDÊS
ANO: 2000
"And love is not the easy thing
Is the only baggage that you can bring
Love is not the easy thing
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind"
And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh, no, be strong
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh, no, be strong
Walk on! Walk on!
What you got, they can't steal it
No, they can't even feel it
Walk on! Walk on!
Stay safe tonight
What you got, they can't steal it
No, they can't even feel it
Walk on! Walk on!
Stay safe tonight
You're packing a suitcase for a place
None of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
None of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
Walk on! Walk on!
What you got, they can't deny it
Can't sell it, or buy it
Walk on! Walk on!
You stay safe tonight
What you got, they can't deny it
Can't sell it, or buy it
Walk on! Walk on!
You stay safe tonight
And I know it aches
How your heart it breaks
You can only take so much
Walk on! Walk on!
How your heart it breaks
You can only take so much
Walk on! Walk on!
Home!
Hard to know what it is
If you never had one
Home!
I can't say where it is
But I know I'm going
Home!
That's where the hurt is
Hard to know what it is
If you never had one
Home!
I can't say where it is
But I know I'm going
Home!
That's where the hurt is
And I know it aches
And your heart, it breaks
And you can only take so much
Walk on!
And your heart, it breaks
And you can only take so much
Walk on!
You've got to leave it behind:
All that you fashion
All that you make
All that you build
All that you break
All that you measure
All that you feel
All this you can leave behind
All that you reason, it's only time
And I'll never fill up all I find
All that you sense
All that you scheme
All you dress-up
All that you've seen
All you create
All that you wreck
All that you hate
All that you make
All that you build
All that you break
All that you measure
All that you feel
All this you can leave behind
All that you reason, it's only time
And I'll never fill up all I find
All that you sense
All that you scheme
All you dress-up
All that you've seen
All you create
All that you wreck
All that you hate
A letra da música foi
Escrita e inspiração
A canção foi escrita e dedicada a Aung
San Suu Kyi. Ela foi escrita em forma de um hino inspirador, apoiando-a e
elogiando-a por seu ativismo e luta pela liberdade na Birmânia. Ela
havia sido presa de forma intermitente sob prisão domiciliar desde 1989 por seus esforços.
Devido à mensagem política nele contida, quem tentar mostrar o
álbum All That You Can't Leave Behind na Birmânia pode enfrentar uma
pena de prisão com duração de 3 a 20 anos.
O título All That You Can't Leave
Behind provêm da letra do verso: "The only baggage you can bring, Is
all that you can't leave behind" ("A única bagagem que você pode
trazer, É tudo o que você não pode deixar para trás"). "Walk On"
originalmente, foi duas canções diferentes, que de acordo com Adam
Clayton, teve ótimos riffs, mas soou terrivelmente quando separado. A banda
combinou-as, acabando como uma das canções mais elogiadas pela crítica.
Proibição na Birmânia
All That You Can't Leave Behind foi
proibido na Birmânia, porque "Walk On" é dedicado à líder democrática
Aung San Suu Kyi, que esteve sob prisão domiciliar por seu ativismo
pró-democrático. A Democratic Voice of Burma correspondente a Myint Maung
Maung, disse à revista britânica NME, que "o álbum foi banido, porque inclui a canção 'Walk
On', dedicada a Aung San Suu Kyi e do movimento pela democracia na
Birmânia". Quando o álbum foi lançado, o U2.com tinha uma página chamando
a atenção para a situação política na Birmânia, onde dizem que 8 milhões de
pessoas foram expedidos ao trabalho forçado e 500 mil pessoas são alvos de
campanhas de limpeza étnica.
Vídeo da música
"Walk On" possui dois vídeos. Uma
versão internacional, filmado na cidade do Rio de Janeiro em novembro de 2000, e
uma versão americana, filmado em Londres, filmado
em fevereiro de 2001. Ambos são destaques no DVD U218 Videos.
Performances
ao vivo
A música ganhou mais significado por ter
sido usado como apoio aos ataques de 11 de setembro em
2001. Foi realizada ao vivo em estúdio, um concerto beneficente, America: A Tribute to Heroes (2001),
realizado pela televisão em 21 de setembro de 2001, em um
desempenho que rendeu a banda uma indicação ao Grammy.
A primeira apresentação para uma platéia ao
vivo após o atentado de 11 de setembro, foi na Universidade de Notre Dame, em
10 de outubro de 2001, onde a banda trouxe ao palco os membros do Departamento de Polícia e o Corpo de Bombeiros de Nova Ioque. A
natureza da canção inspiradora fez com que fosse usada com frequência para o
encerramento dos shows durante sua turnê Elevation
Tour. Versões ao vivo da canção foi lançado no filme-concerto Elevation 2001: Live from Boston (2001), U2 Go Home: Live from Slane Castle (2001)
e U2 360° at the Rose Bowl (2010). Durante a Vertigo
Tour, apareceu raramente, normalmente em versão acústica. Foi usado como
snippet depois da execução da canção "Running to Stand Still" na Vertigo Tour
em 19 de junho, na data de aniversário de Aung San Suu Kyi. A canção fez parte
do setlist principal da turnê U2
360° Tour. Antes da turnê, a banda pediu aos fãs para trazer máscaras de
Suu Kyi nos shows, e usá-los durante as performances de
"Walk On"
em seu apoio. Além
disso, durante a mesma turnê, em algumas cidades como Hannover, Barcelona,
Coimbra e Istambul, a Anistia Internacional e voluntários, subiram no palco e
caminharam sobre o círculo exterior duante a performance da
canção carregando as máscaras de Suu Kyi ou lanternas da Anistia Internacional. Foi
lançado na versão ao vivo da canção no álbum U22 (2012).
Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi em 2011
Aung
San Suu Kyi, em birmanês:, AFI: [àuɴ sʰáɴ sṵ tɕì] (Rangum, 19 de junho de 1945), é uma política de
oposição birmanesa,
ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1991 e
secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND).
Suu
Kyi é a terceira dos filhos de Aung San,
considerado o pai da Birmânia moderna (atual Mianmar).
Durante
a eleição geral de
1990, a LND, partido liderado por Suu Kyi, obteve 59% dos votos em todo o
país, conquistando 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento - o que deveria
fazer dela a primeira-ministra da Birmânia. No
entanto, pouco antes das eleições, ela foi detida e colocada em prisão domiciliar, condição em que viveu por
quase 15 dos 21 anos que decorreram desde o seu regresso à Birmânia, em 20 de
julho de 1989, até sua libertação, depois de forte pressão internacional, em 13
de novembro de 2010. Ao
longo desses anos, Suu Kyi foi uma das mais notórias
prisioneiras políticas do mundo.
Em 1
de abril de 2012, foi eleita deputada
pela Liga Nacional pela Democracia.
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Biografia
Suu Kyi é filha de Aung San, o
herói nacional da independência da Birmânia (também chamado Mianmar), ex-colônia britânica, que foi assassinado pouco
antes da independência do país (proclamada em 4 de janeiro de 1948), quando ela
tinha dois anos de idade.
Suu Kyi foi educada nas melhores escolas de Rangum -
antiga capital e
maior cidade do país. Também estudou na Índia, onde sua
mãe, Khin Kyi, foi embaixadora, e na Universidade Oxford, onde conheceu Michael
Aris, um especialista em civilização tibetana, com quem
viria a se casar. Após
a graduação, entre 1969 e 1971, ela trabalha na ONU, em Nova York. Em janeiro
de 1972, casa-se com Michael. O casal teve dois filhos, Alexander (Londres,
1973) e Kim (OXFORD,
1977).
Em 1988, Suu Kyi regressa ao seu país, a
princípio para cuidar de sua mãe, que se encontrava enferma. Porém, logo se
envolve com o movimento pró-democracia. Por ser descendente de um prócer da
independência, sua presença inflama o movimento. Seu retorno coincide com a
eclosão de uma revolta popular contra os vinte e seis anos de governo
do general Ne Win, que
reultaram em alto grau de repressão política e colapso da economia do
país. Em 23 de julho, o general Ne Wan renuncia, mas as manifestações populares
de protesto continuam. O movimento é brutalmente reprimido. Mais de
5.000 manifestantes são mortos em 8 de agosto de
1988 - na chamada Revolta 8888. Em 18 de setembro instala-se uma junta
militar no governo do país. Alguns dias depois, em 24 de setembro, um novo partido é
formado - a Liga Nacional pela Democracia, LND -, tendo Suu Kyi como
secretária-geral. Ela se torna a principal líder
do movimento pró-democratização. Naquele mesmo ano, dez mil pessoas morreriam
na luta contra o regime militar birmanês.[carece de fontes] Entre
outubro e dezembro, Suu Kyi percorre o país, pregando a não violência e a desobediência civil, em grandes comícios.
Em dezembro, morre sua mãe, Daw Khin Kyi, aos setenta e seis anos.
Em 1989, Suu Kyi é presa pela primeira vez,
ficando impedida de apresentar sua candidatura às eleições gerais do ano
seguinte - as primeiras no país desde 1962. Mesmo
assim, seu partido, a LND, obtém uma vitória esmagadora nas eleições de 1990,
conquistando 81% das cadeiras em disputa. A junta militar se recusa a
reconhecer o resultado das eleições.
Manifestação pela
liberação de
Aung San Suu Kyi, 2005.
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Manifestação pela liberação deAung
San Suu Kyi, em Nova York, 2003
Ainda em 1990, o Parlamento Europeu concede a Suu Kyi o prémio
Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991 foi galardoada com o Nobel da
Paz. Em 10 de dezembro, seus filhos, Alexander e Kim, recebem o prêmio, em
nome de sua mãe. Suu Kyi permanece presa e se recusa a deixar o país, conforme
lhe propõe o governo birmanês. O movimento por sua libertação cresce em todo o
mundo.
Em 1995, o regime militar decide levantar a
pena de prisão domiciliária imposta a ela, como sinal
de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade
dura pouco. Logo estará
novamente em prisão domiciliar.
No Natal de 1995, Michael consegue permissão
para visitar a esposa. Será o último encontro do casal. Em 27 de março de 1999
morreu de câncer, em Londres, sem ter conseguido voltar a Mianmar para ver Suu
Kyi. O governo sempre insistia que ela fosse encontrar sua família, na
Inglaterra, mas ela sabia que, se concordasse em sair do país, as autoridades
birmanesas não a deixariam retornar. Assim, ela assume essa separação como um
sacrifício a ser feito por seu país.
Manifestações
de apoio
Em 2000, o grupo U2 fez uma canção em
sua homenagem chamada "Walk On". Em 2005, Damien Rice e Lisa
Hannigan escreveram a canção "Unplayed
Piano" em sua honra e tocaram-na ao vivo no Nobel Peace Prize Concert (Nobels
fredspriskonsert)" em Oslo, Noruega.
Em 2008, Suu Kyi foi considerada como a 71ª
mulher mais poderosa do mundo, pela revista
Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou
preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta
militar.
Nove ganhadores do Nobel manifestaram apoio
a Aung San Suu Kyi, que estava sendo julgada. Segundo
a Secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade,
a detenção de Suu Kyi, a poucos dias de sua liberação, visava afastá-la do
processo eleitoral. O objetivo do regime era chegar às eleições legislativas
de 2010 sem entraves. "Trata-se de um estado que vive sob o terror há vinte anos,".
Suu Kyi, mantendo-se em seu país, marca resistência
pacífica mas firme ao regime autoritário.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary
Clinton, qualificou de escandaloso o processo contra Aung San Suu Kyi. "É
escandaloso que ela seja julgada e continue a
ser detida em razão de sua popularidade", declarou Clinton em Washington.
Em 30 de maio, os dois juízes militares
responsáveis pelo julgamento da Pprincipal opositora
birmanesa adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra
ela, de 1 de junho para 5 de junho. "O tribunal pronunciará a sentença
depois das razões finais" − disse Kyi Win, um dos três advogados que
defendiam Aung San Suu Kyi.
Em 19 de junho de 2010, Aung San Suu Kyi
completou 65 anos ainda em prisão domiciliar. Na ocasião o presidente americano Barack
Obama fez um apelo ao governo de Myanmar para que a liberte, assim como aos
demais presos políticos.
Libertação
Em 13 de novembro de 2010, Suu Kyi foi
finalmente libertada da prisão domiciliar, ficando autorizada a se deslocar
livremente. Ao discursar para cerca de 4.000 simpatizantes, ela defendeu a
democracia e a "reconciliação nacional". "Estou preparada para
conversar com qualquer um. Não guardo ressentimento de ninguém", disse
ela. Em 15 de agosto de 2011, ela se encontrou com o presidente Thein Sein e
manifesta apoio à abertura iniciada pelo governo, que inclui a libertação dos
numerosos presos políticos do país.
Em 1 de abril de 2012 seu partido, a Liga Nacional
pela Democracia, anunciou que ela havia sido eleita para o Pyithu Hluttaw,
a câmara baixa do parlamento birmanês,
representando o distrito eleitoral de Kawhmu, na região de Yangon. Seu
partido também conquistou 43 dos 45 assentos vacantes da câmara baixa. No
dia seguinte os resultados da
eleição foram confirmados pela comissão eleitoral oficial.
Prêmios
e honrarias
Prêmio Rafto (1990)
Prêmio Nobel da Paz de 1991
Prêmio
Sakharov para a Liberdade de Pensamento (1990)
Prêmio Jawaharlal Nehru
para a Compreensão Internacional, concedido pelo governo da Índia (1992)
Prêmio
Internacional Simón Bolívar, do governo da Venezuela (1992)
Cidadania honorária do Canadá, concedida
pelo governo daquele país (2007). Até
então, o título só havia sido concedido a três outras pessoas.
Medalha Wallenberg (2011)
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