NADA SEI DE ETERNO
TAIGUARA
COMPOSITOR: ALDIR BLANC & SÍLVIO DA SILVA JR.
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: HOJE
GRAVADORA: PHILIPS
GÊNERO: GUARÂNIA
ANO: 1968
Hoje é o título do álbum
do cantor e compositor Taiguara, lançado no formato LP em 1968.
Taiguara Chalar da Silva
(Montevidéu, 9 de outubro de 1945 — São Paulo, 14 de fevereiro de 1996) foi um cantor
e compositor brasileiro nascido no Uruguai durante uma temporada de espetáculos
de seu pai, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva.
Mudou-se para o Rio de
Janeiro em 1949 e para São Paulo, posteriormente, em 1960. Largou a faculdade
de Direito para se dedicar à música. Participou de vários festivais e programas
da TV. Fez bastante sucesso nas décadas de 60 e 70. Seus dois primeiros LPs
foram gravados no selo Philips pelo produtor Armando Pittigliani. Autor de
vários clássicos da MPB, como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda,
Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração
70 e Que as Crianças Cantem Livres; entre outros.
Considerado um dos
símbolos da resistência à censura, durante a ditadura militar brasileira.
Taiguara foi um dos compositores mais censurados na história da MPB. tendo 68
canções censuradas e escreveu uma, Cavaleiro da Esperança, em homenagem a Luís
Carlos Prestes. Os problemas com a censura levaram Taiguara a se auto exilar na
Inglaterra em meados de 1973. Em Londres, estudou no Guildhall School of Music
and Drama e gravou o Let the Children Hear the Music, que nunca chegou ao
mercado, tornando-se o primeiro disco estrangeiro de um brasileiro censurado no
Brasil.
Hoje
eu sei
Que
esse minuto é tudo
Mas
que passa...
Eu
sei...
Por
isso pede a noite
Que
eu pernoite em teus receios
Durma
nos teus seios
E
se o sol
O
mesmo antigo sol da infância
Vindo
da distância
Se
firmar no horizonte
É
pra não durar
Não
vou sonhar
Eu
vim do inverno
Nada
sei de eterno
Vi
o amor chorar
Pra
depois mudar
Igual
a chuva
Que
se curva em arco-íris
Abraçando
o espaço
Incompleto
abraço
Que
não deixa queixa
Braço
à luz
Não
me seduz
Nascer
em ti
Depois
morrer de ti
Como
essa luz morreu
Eu
quero um filho teu
Que
me estenda
Que
me estenda a mão
Ao
teu cabelo louro quando embranquecer
Que
seja o céu e o sol
Em
tua estrada ensombrecida
Tudo
em tua vida
(Quanto
eu desejava ser).
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