NÓS E O
MAR
DORIS
MONTEIRO
COMPOSITORES:
ROBERTO MENESCAL &
RONALDO FERNANDO ESQUERDO BOSCOLI
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: DÓRIS MONTEIRO
GRAVADORA: BRAZILIAN CLASSICS
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1958
Adelina
Doris Monteiro(Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1934) é uma cantora
e atriz
brasileira
Descrita
por renomados críticos musicais como a cantora que tem "a bossa de quem já
nasceu sabendo" e símbolo de "modernidade já atemporal" no
universo da música brasileira, a carioca Doris Monteiro começou a despontar
para o público aos 15 anos, cantando em programa de calouros no rádio, em
francês. O ano era 1949 e o samba-canção consagrava cantores com vozes de alta
potência e repertório de dor de cotovelo. Doris, porém, tinha a voz suave e
emprestava charme e frescor às canções, privilegiando também letras mais
alegres e firmando-se como precursora de um estilo que viria a ter destaque
também na bossa nova, além de acumular gravações de sucesso nas décadas
seguintes - especialmente nos anos 60 e 70. É considerada uma das mais
expressivas cantoras da transição do samba-canção para a bossa nova.
A
artista tem um papel importante na história da música brasileira ainda por ter
afiançado, com sua arte, o início da carreira de grandes criadores. "Um
atrás do outro, Doris ajudou a deslanchar compositores como Tom Jobim e Dolores Duran(Se
É Por Falta de Adeus), o hoje injustamente esquecido Fernando
César(Dó-Ré-Mi, Graças a Deus e Joga a Rede no Mar), Billy Blanco(Mocinho
Bonito), Sílvio César(O Que Eu Gosto em Você), Sidney Miller(Alô
Fevereiro), Maurício Tapajós e Hermínio Bello de Carvalho(Mudando de
Conversa)", ressalta em artigo o jornalista, biógrafo e escritor Ruy Castro.
Tão
logo se tornou famosa, nos anos 50, foi convidada a fazer cinema, participando
de oito filmes ao longo da carreira. Em 1953 obteve o prêmio de Melhor Atriz no
I Primeiro Festival de Cinema por sua interpretação em Agulha no Palheiro, de Alex Viany.
Com
mais de 20 LPs e mais de 20 discos de 78rpm gravados, Doris se mantém ativa,
fazendo shows. Em 2020, regravou a música Fecho Meus Olhos, Vejo Você no álbum Copacabana
- Um Mergulho nos Amores Fracassados, produzido pelo jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello, com base em seu livro Copacabana
- A Trajetória do Samba-Canção(1929-1958), lançado em 2017.
Lá se vai mais um dia assim,
E a vontade que não tenha fim, este sol
É viver, ver chegar ao fim,
Essa onda que cresceu, morreu aos seus pés
E olhar pra o céu que é tão bonito,
E olhar pra esse olhar perdido
Nesse mar azul
Uma onda nasceu, calma desceu sorrindo,
Lá vem vindo
Lá se vai mais um dia assim,
Nossa praia que não tem mais fim, acabou
Vai subindo uma lua assim,
E a camélia que flutua nua no céu.
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