IZAÍAS E SEUS CHORÕES | INSTRUMENTAL SESC BRASIL - PEDACINHOS DO CÉU

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PEDACINHOS DO CÉU

IZAÍAS E SEUS CHORÕES | INSTRUMENTAL SESC BRASIL
COMPOSITOR: WALDIR AZEVEDO
PAÍS: BRASIL
ÁQLBUM: IZAÍAS E SEUS CHORÕES
GRAVADORA: SESC BRASIL
GÊNERO: CHORINHO/INSTRUMENTAL
ANO: 2011
 
          Izaías e seus Chorões é um conjunto regional de choro formado em São Paulo, no início da década de 70. Alguns dos integrantes são o bandolinista Izaías Bueno de Almeida e Israel Bueno de Almeida, que toca violão de 7 cordas.
          O grupo participou de diversos programas sobre choro na TV Cultura de São Paulo e acompanhou músicos famosos como Altamiro Carrilho, Paulinho da Viola e Arthur Moreira Lima, dentre outros.
        Conforme depoimento dado pelos irmãos Izaías (SP, 1937) e Israel Bueno de Almeida (SP, 1943) para o livro “CHORANDO NA GAROA – MEMÓRIAS MUSICAIS DE SÃO PAULO”, de José de Almeida Amaral Júnior, ambos eram apaixonados por música desde a meninice. Seu pai, sr. Benedito, ferroviário, tocava clarinete e conhecia muito de teoria musical. Isto certamente acabou influenciando os meninos.
       Izaías iniciou primeiro o trato com a música. Israel, mais novo, acompanhou posteriormente. A família vivia na Casa Verde, região da zona norte paulistana, onde eram comuns os grupos chorões e seresteiros.
           Izaías, na adolescência, montou um conjunto, o Grupo Bola Preta, com amigos. Israel, então, depois passou também a participar dos ensaios e apresentações. Izaías gostava de frequentar encontros de músicos na Casa Del Vecchio, rua Aurora, centro. Lá viu Garoto, Mário Portela, Jaime Soares, Serelepe, muita gente boa que visitava o espaço sempre que possível. E, aos poucos, trocando experiências, foram se tornando conhecidos no meio. Travaram contato com nomes notáveis como Antonio Rago, Xixa, Roberto Sass, Portinho, Hortêncio, Jucy, entre outros. E não deixavam de frequentar a lendária roda de choro de Antonio D'Áuria, na Avenida Rudge, nos anos 50, ponto de encontro de bambas de todo o país que, ao visitarem São Paulo, passavam na casa do violonista D'Áurea para uma "chorada". Alguns exemplos para constar são Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho. Deste núcleo, surgiu o Conjunto Atlântico, tendo à frente D'Áuria, onde Izaías acabou com o tempo tornando-se figura titular, especialmente após o afastamento do bandolinista Amador Pinho. Ainda jovens, participaram das históricas "Noites dos Choristas", criadas por Jacob do Bandolim e veiculadas pela TV Record em maio de 1955 e abril de 56.
          Os irmãos tocaram também paralelamente no regional de Mauro Silva e no de Caçulinha, apresentando-se em importantes programas como "O Fino da Bossa" e "Bossaudade", na TV Record, junto a Elizeth Cardoso, Ciro Monteiro, Elis Regina e demais convidados. Com o fim do Conjunto Atlântico e a "aposentadoria musical" de D'Aurea, Izaías passou a liderar a sua própria formação, o conjunto Izaías e Seus Chorões, entre outras coisas, veiculando programas na TV Cultura, em parceria com o produtor e apresentador Julio Lerner, um grande divulgador do chorinho. Em 1974 Izaías faturou o premio APCA como 'revelação do ano'. Parceiros básicos no grupo eram Marçola, violão, Malavasi, cavaco, Clodoaldo, pandeiro e Valdir Guide, percussão. No dia 21 de novembro de 1979 o conjunto tocou no Teatro Municipal de São Paulo nas comemorações de 30 anos da carreira de Waldir Azevedo, ao lado de Carlos Poyares, Ademilde Fonseca, Paulinho da Viola, Copinha, Cesar Faria, Raphael Rabello, Paulo Moura, Arthur Moreira Lima, Celso Machado e Osmar do Trio Elétrico, com LP registrado pela brasileira Continental.
           Pedacinhos do céu foi uma homenagem de Waldir Azevedo as suas duas filhas, Mirian e Marly, às quais ele se referia como “pedacinhos do céu”. Por esse motivo Waldir não cansava de dizer que esse era seu choro preferido e um dos mais inspirados que já havia feito. Em entrevista Waldir disse: “Esta composição foi feita em homenagem às minhas queridas filhinhas Mirian e Marly, assim como para todas as crianças do Brasil. Elas estavam sentadinhas e eu as namorando. Sempre que tenho que executá-la, seja no rádio ou em excursões, faço-o de olhos fechados, com o pensamento voltado para elas. Nenhuma das minhas musicas possui tão grande conteúdo emotivo quanto pedacinhos do Céu”.

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