TOURADA
FERNANDO TORDO
COMPOSITOR: JOSÉ
CARLOS ARY DOS SANTOS & FERNANDO TORDO
PAÍS: PORTUGAL
ONDE: FESTIVAL EUROVISÃO
DE 1973
ÁLBUM: TOURADA/SINGLE
GRAVADORA: TECLA
GÊNERO: MÚSICA
POPULAR PORTUGUESA
ANO: 1973
Fernando
Travassos Tordo (Anjos, Lisboa, 29 de Março de 1948) é um cantor
e compositor português. Compôs algumas das músicas mais emblemáticas do
cancioneiro da língua portuguesa com o poeta José Carlos Ary dos Santos entre
elas "Tourada", "Estrela da Tarde", "Lisboa Menina e
Moça", "Cavalo à Solta", "Balada para os Nossos
Filhos" e "O Amigo que eu canto". Os seus temas são cantados por
intérpretes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Amor Electro, Simone de
Oliveira entre outros. Venceu também o Festival RTP da Canção em 1973 com "Tourada"
e em 1977 com "Portugal no Coração". É considerado uma figura tutelar
da música Portuguesa pela extensão e originalidade da sua obra.
"Tourada" foi
a canção escolhida para representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção
1973, interpretada em português por Fernando Tordo. Foi a terceira canção a ser
interpretada na noite do evento, a seguir à canção belga "Baby, Baby",
interpretada pelo duo Nicole & Hugo e antes da canção alemã "Junger Tag",
interpretada por Gitte. No final, terminou em décimo lugar, recebendo 80 pontos.
A canção tem uma letra que foi claramente entendida em Portugal
como uma metáfora em que se comparava a tourada ao decrépito regime ditatorial do
país, a canção é uma crítica à sociedade portuguesa daquele tempo:
"Entram velhas, doidas e turistas Entram excursões Entram
benefícios e cronistas Entram aldrabões Entram marialvas e coristas Entram
galifões de crista" (...)
Na letra faz-se uma crítica ao snobismo e hipocrisia da sociedade:
"Entram cavaleiros à garupa Do seu heroísmo Entra aquela música maluca Do
passodoblismo Entra a aficcionada e a caduca Mais o snobismo e cismo (...)
Critica-se as contradições existente na sociedade e aos lucros de
alguns:
"Entram empresários moralistas Entram frustrações Entram
antiquários e fadistas E contradições E entra muito dólar, muita gente Que dá
lucro aos milhões"
Na letra faz-se uma alusão à chamada Primavera marcelista, uma
pretensa mudança efetuada no governo de Marcelo Caetano (mudavam os nomes, por
exemplo, censura passou a ter o nome de "exame prévio", mas na prática
pouco mudava) "Estamos na Praça da Primavera"
Não se percebeu como
é que a censura vigente na época, não conseguiu entender a mensagem transmitida
pela letra que era uma crítica mordaz/sátira ao regime.
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e
derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
Fernando Tordo
Tourada
Tom: F#
D#m
Não importa sol ou sombra
A#
Camarotes ou barreiras
G#m C#7
Toureamos ombro a ombro
F#
As feras.
A#
Ninguém no leva ao engano
D#m
Toureamos mano a mano
Fm7/5-
Só nos podem causar dano
D#m A#
Esperas
D
Entram guizos chocas e capotes e mantilhas pretas
G#m G#m(b13)
Entram espadas chifres e derrotes
G#m6 G#m(b13)
E alguns poetas
F
Entram bravos cravos e dichotes porque tudo o mais
A#
São tretas.
D
Entram vacas depois os forcados que não pegam nada
G#m G#m(b13)
Soam brados e "olés” dos nabos
G#m6 G#m(b13)
Que nã pegam nada
F
E só ficam os peões de brega cuja confusao
A#
Não pega.
A#
Nós vamos pegar o mundo
D#m
Pelos cornos da desgraça
Fm7/5- A#
E fazermos da tristeza
D#m A#
Graça.
D
Entram velhas doidas e turistar entram em excursões
G#m G#m(b13)
Entram benefícios e cronistas
G#m6 G#m(b13)
Entram aldrabões
F
Entram marialvas e coristas entram galifoes
A#
De crista.
Entram cavaleiros à garupa do seu heroísmo
Entra aquela musica maluca
Do passodoblismo
Entra a aficcionada e a caduca mais o snobismo
E cismo…
Entram empresários moralistas entram frustrações
Entram antiquários e fadistas
E contradições
E entra muito dólar muita gente
Que da lucro aos milhões
E diz o inteligente que acabaram as canções.
Lalalala lalalalalala lalala la laa…
- G#m6
1234 - G#m(b13)
4ª234 - G#m
4ª34 - Fm7/5-
1234 - F#
234 - F
234 - D#m
1234 - D
123 - C#7
1234 - A#
234
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