NOVOS BAIANOS - ACABOU CHORARÊ

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ACABOU CHORARE
NOVOS BAIANOS
COMPOSITORES: GALVÃO & MORAES MOREIRA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: ACABOU CHORARE/LP
GRAVADORA: SOM LIVRE
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1972

Acabou Chorare é o segundo álbum de estúdio do grupo musical brasileiro Novos Baianos. O disco foi lançado como Long Play em 1972 pela gravadora Som Livre, após o relativo sucesso de É Ferro na Boneca (1970), que ainda procurava identidade. Adotando a guitarra expressiva de Jimi Hendrix e a brasilidade de Assis Valente, e sobretudo a influência estrondosa de João Gilberto, que também serviu de mentor do grupo na época da realização do disco, o grupo realizou uma obra que apresenta grande versatilidade de gêneros musicais.
Sua faixa de abertura, "Brasil Pandeiro", foi proposta por Gilberto e é um dos sambas, ao lado de "Recenseamento", que Valente havia escrito para a recém-chegada Carmem Miranda dos Estados Unidos; ela aceitou a segunda, mas ignorou a primeira, que ficou em ostracismo até a regravação dos Anjos do Inferno. O título do álbum e a faixa homônima também foram inspiradas no estilo de bossa nova de Gilberto e numa história contada por ele sobre sua filha com Miúcha, a então bebê Bebel Gilberto, e representa a proposta principal do disco de criticar a tristeza que então dominava a música popular brasileira com alegria, prazer e jocosidade. "Preta Pretinha", por sua vez, virou mania nacional, e "Besta é Tu" e "Tinindo Trincando" dominaram as rádios do país, esta última um belo exemplo da mistura de baião com rock psicodélico.
Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho,
Tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo.
No bu bu bolindo.
No bu bu bolindo.
No bu bu bolindo.

Talvez pelo buraquinho
Invadiu-me a casa
Me acordou na cama
Tomou o meu coração
E sentou na minha mão.

Abelha, abelhinha...
Acabou chorare
Faz zunzum pra eu ver
Faz zunzum pra mim
Abelha, abelhinha
Escondido faz bonito
Faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel.

Inda de lambuja tem um carneirinho
Presente na boca.
Acordando toda gente
Tão suave mé que suavemente...

Abelha, carneirinho...
Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo
Foi-se tudo pra escanteio.
Vi o sapo na lagoa
Entre nessa que é boa
Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto.

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