PARALAMAS DO SUCESSO - O CALIBRE

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O CALIBRE
OS PARALAMAS DO SUCESSO
COMPOSITOR: HERBERT VIANNA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: LONGO CAMINHO
GRAVADORA: ROCK AND ROLL
GÊNERO: EMI
ANO: 2002

Longo Caminho é o décimo álbum de estúdio da banda brasileira de Rock Os Paralamas do Sucesso. Gravado após o acidente de ultraleve que paralisou o líder Herbert Vianna, conta com material composto antes do acidente.
Longo Caminho é mais centrado no trio (Herbert, Bi Ribeiro e João Barone), com pouca participação da banda de apoio (sopros, percussão e teclados). As bases musicais foram gravadas nos estúdios AR, Rio de Janeiro. As vozes foram gravadas nos estúdios Tweety, na casa de Herbert Vianna.
Os grandes sucessos foram "O Calibre" (canção de crítica à violência urbana), e as baladas "Cuide Bem do Seu Amor" e "Seguindo Estrelas".
A faixa-título fora gravada por Zélia Duncan, que acabou não a lançando a pedido dos Paralamas por entrar em conflito com datas de lançamento do Longo Caminho.
"Soldado da Paz" fora gravada pelo Cidade Negra em seu Acústico MTV, por isso a versão de Longo Caminho tornou-se em oposição um rock rasgado com a guitarra de Dado Villa-Lobos (considerado "membro honorário" após participar de Hey Na Na e do Acústico MTV dos Paralamas). Outra participação especial é o argentino Fito Paez, tocando órgão em "Flores e Espinhos".
"Flores no Deserto" fora escrita em homenagem a Marcelo Yuka, ex-baterista d'O Rappa. O nome da última canção, "Hinchley Pond", é o nome da fazenda dos pais de Lucy Needham Vianna, ex-mulher de Herbert, morta no acidente.
"Amor em Vão (Tudo Passará)" foi composta e gravada anteriormente pelo cantor Paulo Ricardo, em seu álbum O Amor Me Escolheu, de 1997, em parceria com o vocalista dos Paralamas. Herbert inclusive participa da gravação da canção, assumindo os violões. Já "Flores e Espinhos" teve versão do Fat Family com o nome "Sou Só Um".


 Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo

Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca para?
A que horas você nunca sai?

Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação

Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro.

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