OS ORIGINAIS DO SAMBA - ESPERANÇAS PERDIDAS

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ESPERANÇAS PERDIDAS

OS ORIGINAIS DO SAMBA
COMPOSITOR: DÉLCIO DE CARVALHO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: É DE LEI
GRAVADORA:
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1970
 
           Bigode é o único integrante original do grupo carioca, formado no início da década de 60. Os Originais do Samba, nessa época era composto por: Mussum reco-reco, voz, Bidi — cuíca, voz, Chiquinho — ganzá, voz, Lelei — tamborim, voz, Rubão — surdo, voz e ele no — pandeiro, voz. Todos os ex-companheiros relembrados com muito carinho durante a entrevista.
            Os ingredientes se conheceram nas escolas de samba, Bigode naquela era passista da Imperatriz Leopoldinense, mas há muitos anos ele samba pela Salgueiro.
             Bigode é sambista desde que nasceu, tocou com outros músicos, até integrar os Originais do Samba, em 1966. Com instrumentistas talentosos e um estilo único, com canto coletivo, o grupo começou a se destacar na noite carioca e era presença certa nas casas de show. Esse sucesso chamou a atenção dos empresários e de grandes artistas.
              Os Originais do Samba é um grupo brasileiro de samba formado na década de 1960 no Rio de Janeiro por ritmistas de escolas de samba.
            O grupo começou a se apresentar em praias e baladas, incluindo a balada do Copacabana Palace.
Fixaram-se em Recife depois de excursionar pela América, e em 1968 acompanharam Elis Regina na música vencedora da I Bienal do Samba, Lapinha, de Baden Powell e P.C. Pinheiro. No ano seguinte gravaram a música "Cadê Tereza", de Jorge Ben, que fez grande sucesso. Participaram de festivais e ganharam discos de ouro pelas vendas de suas gravações, principalmente na década de 1970, combinando o canto uníssono, a roupa padronizada e boa dose de humor.
             Um dos integrantes do grupo, Mussum, integrou o humorístico Os Trapalhões ao lado de Renato Aragão, Mauro Gonçalves e Dedé Santana, logo em seguida, pediu dispensa dos Originais do Samba para se dedicar ao humor.
          Completaram a formação com Coimbra (Reco-reco), Zinho (Cuíca) e Claudio (Surdo). Em 1980, gravaram um compacto simples ("Mulher, Mulher", de Jorge Ben), em 1981 um LP intitulado "Eu me Rendo" (Fábio Junior) e em 1983 o LP "Canta Meu Povo, Canta".
            Tocaram com grandes nomes da música popular brasileira como Alex Luiz, Armando Geraldo, Jair Rodrigues, Vinicius de Moraes e, também, da música mundial, como Earl Grant.
                 Excursionaram pela Europa e Estados Unidos e foram o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Olympia de Paris.
        Alguns de seus maiores sucessos são "Tá Chegando Fevereiro" (Jorge Ben/João Melo), "Do Lado Direito da Rua Direita" (Luiz Carlos/Chiquinho), "A Dona do Primeiro Andar", "O Aniversário do Tarzan", "Esperanças Perdidas" (Adeilton Alves/Délcio Carvalho), "E Lá se Vão Meus Anéis" (Eduardo Gudin/P.C. Pinheiro), "Tragédia no Fundo do Mar"(Assassinato do Camarão) (Zeré/Ibrahim), "Se Papai Gira" (Jorge Ben) e "Nego Véio Quando Morre".

Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar
 
Minha beleza encontro no samba que faço
Minhas tristezas se tornam um alegre cantar
É que carrego o samba bem dentro do peito
Sem a cadência do samba não posso ficar
 
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar, eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba
 
Quantas noites de tristeza ele me consola
Tenho como testemunha a minha viola
Ai, se me faltar o samba não sei o que será
Sem a cadência do samba não posso ficar
 
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar, eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba.

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