SYLVIA TELLES - DISCUSSÃO

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DISCUSSÃO

SYLVIA TELLES
COMPOSITOR: ANTONIO CARLOS JOBIM
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: AMOR DE GENTE MOÇA
GRAVADORA: BRAZILIAN CLASSIC
GÊNERO: BOSSA NOVA
ANO: 1959
 
            Sylvia D'Atri Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 17 de dezembro de 1966), conhecida simplesmente por Sylvia Telles, foi uma cantora e compositora brasileira, de ascendência francesa e portuguesa, considerada uma das maiores intérpretes da bossa nova e da MPB.
            A maioria de seus discos está fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.
        Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo, "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final – com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".
           Sylvia era filha da parisiense Marie Amélie D'Atri e do carioca Paulo Telles, um grande apreciador da música clássica. Seu irmão mais velho, Mário Telles, também atuava com música.
             Ela estudou no Colégio Sagrado Coração de Maria e sonhava se tornar bailarina, mas, ao realizar um curso de teatro, descobriu que seu talento era realmente cantar.
               Em 1954, Billy Blanco, amigo da família, notou o dom de Sylvinha, seu apelido carinhoso, e apresentou-a a amigos músicos. Nas reuniões que eles faziam, pôde conhecer os grandes nomes do rádio da época, tais como Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, que a ajudou a encontrar trabalho em boates para o início de sua carreira profissional. Nessa época, conheceu seu primeiro namorado, o cantor e violonista João Gilberto, amigo de Mário; o relacionamento acabou porque a família Telles não gostava do jovem, que vivia de favor na casa dos outros.
              No ano seguinte, o comediante Colé a convidou para participar de um musical, chamado Gente bem e champanhota, apresentado no Teatro Follies de Copacabana. Na ocasião, o músico e advogado José Cândido de Mello Mattos, o Candinho, acompanhou Sylvinha na canção Amendoim Torradinho, composta por Henrique Beltrão. Sylvia e Candinho se apaixonaram e iniciaram um relacionamento amoroso.
           A atuação de Sylvinha neste espetáculo chamou a atenção da gravadora Odeon, que a contratou como artista exclusiva. Em junho de 1955 ela gravou "Amendoim torradinho", faixa que obteve bastante destaque nas rádios e que a levou a ser premiada como Cantora revelação de 1955, prêmio outorgado pelo jornal O Globo.
            Sylvinha e Candinho casaram-se em 1955, após alguns meses de namoro. Em 1957 tiveram sua única filha, Cláudia Telles. Em 1956, ela e seu marido apresentaram pela TV Rio o programa Música e romance, recebendo como convidados Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf e Billy Blanco. Em 1958, o casal se separou.
             Ainda em 1958, o local de encontro dos músicos passou a ser o apartamento de Nara Leão, então com quinze anos de idade. Ronaldo Bôscoli, que frequentava as reuniões, atuava como produtor musical do grupo. Sylvia Telles, que já era um nome conhecido, foi então chamada para participar de um espetáculo no Grupo Universitário Hebraico, juntamente com Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros. Foi neste show, "Carlos Lyra, Sylvia Telles e os seus Bossa nova", que a expressão "bossa nova" foi divulgada pela primeira vez.
Sylvinha Telles chegou a fazer turnês em outros países, como Estados Unidos, Suíça, França e Alemanha.
            Em 1960 Sylvia casou-se pela segunda vez em Las Vegas, com seu então noivo, o produtor musical Aloysio de Oliveira. O casal assinou a separação em 1964.

Se você pretende sustentar opinião
E discutir por discutir
Só prá ganhar a discussão
Eu lhe asseguro, pode crer
Que quando fala o coração
Às vezes é melhor perder
Do que ganhar, você vai ver
Já percebi a confusão
Você quer ver prevalecer
A opinião sobre a razão
Não pode ser, não pode ser
Prá que trocar o sim por não
Se o resultado é solidão
Em vez de amor, uma saudade
Vai dizer quem tem razão. 

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