ROSA
CAETANO VELOSO
COMPOSITOR: PIXINGUINHA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: GENTE DA ANTIGA/LP
GRAVADORA: PHILIPS
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1968
Eu não sei bem o que Caetano pensa hoje sobre esse disco,
nem sei direito o que ele pensava quando o lançou em janeiro de 1968. Já ouvi
dizer ou li em algum lugar sem importância, que foi, para ele, o mais próximo
que podia produzir do que foi sugerido por “Terra em Transe”, de Glauber Rocha
lançado em 1967. Provavelmente também foi o mais próximo que ele pode condensar
do que foi mostrado pelo “Sgt Peppers”, dos Beatles, pelo “Are you
experienced?”, de Jimi Hendrix, pelo “Piper at Gates of Dawn” do Pink Floyd ou
pelo “Pet Sounds”, dos Beach Boys. Esses discos, suas experimentações,
instrumentos inusitados e guitarras elétricas a todo vapor, influenciaram
naturalmente a nova estética adotada por Caetano e pelos tropicalistas (em
especial Os Mutantes), assim como o fez a bandinha de pífano de Caruaru,
Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Vicente Celestino e toda cultura popular
brasileira. As cabeças estavam realmente piradas, não há dúvida; surgia a
vontade de misturar tudo, de mesclar isso com aquilo, de devorar das mais
diversas influências. As idéias de Oswald de Andrade estavam mais atuantes do
que nunca. Antropofagia era a palavra da vez, a atitude da vez. Mas os nomes
haviam sido substituídos.
Tu
és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor
Por
Deus esculturada e formada com ardor
Da
alma da mais linda flor de mais ativo olor
Que
na vida é preferida pelo beija-flor
Se
Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente de luz
Formada
numa tela deslumbrante e bela
O teu
coração junto ao meu lanceado pregado e crucificado
Sobre
a rósea cruz do arfante peito teu
Tu és
a forma ideal, estátua magistral oh alma perenal
Do
meu primeiro amor, sublime amor
Tu és
de Deus a soberana flor
Tu és
de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor
O
riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor
Em
vozes tão dolentes como um sonho em flor
És
láctea estrela, és mãe da realeza
És
tudo enfim que tem de belo
Em
todo resplendor da santa natureza
Perdão,
se ouso confessar-te eu hei de sempre amar-te
Oh
flor meu peito não resiste
Oh
meu Deus quanto é triste a incerteza de um amor
Que
mais me faz penar em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
Jurar,
aos pés do onipotente em preces comoventes de dor
E
receber a unção da tua gratidão
Depois
de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei
de te envolver até meu padecer de todo fenecer
Pixinguinha
Rosa
Tom: D
D Fº A7 D
Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor
Fº A7 F#7
Por Deus esculturada e formada com ardor
Bm B7
Da alma da mais linda flor de mais ativo olor
Em E7 A7
Que na vida é preferida pelo beija-flor
D Fº A7 D7
Se Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente de luz
G
Formada numa tela deslumbrante e bela
Gm D B7 E7 A7
O teu coração junto ao meu lanceado pregado e crucificado
D
Sobre a rósea cruz do arfante peito teu
Bm Em F#7
Tu és a forma ideal, estátua magistral oh alma perenal
Bm
Do meu primeiro amor, sublime amor
B7 Em
Tu és de Deus a soberana flor
C#7 F#7 F#7 Bm
Tu és de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor
Em G7 F#7
O riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor
C7 B7
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
Em Fº Bm
És láctea estrela, és mãe da realeza
F#7
És tudo enfim que tem de belo
Bm A7
Em todo resplendor da santa natureza
D Fº A7
Perdão, se ouso confessar-te eu hei de sempre amar-te
D Fº A7
Oh flor meu peito não resiste
F#7 Bm
Oh meu Deus quanto é triste a incerteza de um amor
B7 Em E7 A7
Que mais me faz penar em esperar em conduzir-te um dia aos pés do altar
D Fº A7 D7
Jurar, aos pés do onipotente em preces comoventes de dor
G
E receber a unção da tua gratidão
Gm D B7 E7
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
A7 D A# D
Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer
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