O MEU PRIMEIRO AMOR
AMÁLIA RODRIGUES
COMPOSITORES: NELSON
DE BARROS E FREDERICO VALÉRIO
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: O MEU PRIMEIRO AMOR
GRAVADORA: EDIÇÕES VALENTIM DE CARVALHO S/A
GÊNERO: FADO
ANO: 2009
Amália da Piedade Rodrigues GCSE • GCIH (Lisboa,
1 de Julho
de 1920 — Lisboa,
6 de Outubro
de 1999)
foi uma fadista,
cantora
e actriz
portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais
brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses
ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao
simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos
como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas
de televisão pelo mundo A fora, onde não só cantava fados e outras músicas de
tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o
chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa,
americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). Marcante contribuição
sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de
grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo
a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis.
Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e
letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre.
Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego,
francês, italiano e inglês.
Ai quem me dera
Ter outra vez vinte anos
Ai como eu era
Como te amei, santo Deus!
Meus olhos
Pareciam dois franciscanos
À espera
Do sol que vinha dos teus
Beijos que eu dava
Ai como quem morde rosas
Quanto te esperava
Na viva que então vivi
Podiam acabar os horizontes
Podiam secar as fontes
Mas não vivia sem ti
Ai como é triste
De o dizer não me envergonho
Saber que existe
Um ser tão mau, tão ruim,
Tu que eras
Um ombro para o meu
sonho
Traíste o melhor
que havia em mim
Ai como o tempo
Pôs neve nos teus
cabelos
Ai como tempo
As nossas vidas
desfez
Quem me dera
Ter outra vez
desenganos
Ter outra vez vinte
anos
Para te amar outra
vez!
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