SANGUE LATINO
SECOS &
MOLHADOS
COMPOSITORES: JOÃO
RICARDO & PAULINHO MENDONÇA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: SECOS E
MOLHADOS
GRAVADORA:CONTINENTAL
GÊNERO: ROCK AND
ROLL
ANO:1973
"Sangue Latino" é uma canção escrita
por João Ricardo e Paulinho Mendonça, lançada no primeiro álbum de 1973 do Secos
& Molhados. A canção foi escolhida pela revista Rolling Stone Brasil
como a quadragésima Maior Música Brasileira de todos os tempos.
A música começa com um
toque de baixo memorável, tocado por Willy Verdaguer. Sua letra alude à
"condição latino-americana, os 'descaminhos' dos povos desse continente,
bem como a sua capacidade de resistir", e é vista como uma intenção do
grupo de conciliar o engajamento estético da década de 60 com o clichê dos hits
internacionais. Além de ser uma das mais famosas do grupo, foi uma das mais
tocadas nas rádios da época, ao lado de "O Vira". Quando o disco foi
lançado na Argentina e no México, foi realizada uma versão em espanhol chamada
"Sangre Latina".
A música pode ser ouvida
na sequência de abertura do seriado Magnífica 70, produzido pela HBO Brasil.
Secos &
Molhados foi um grupo vocal brasileiro da década de 1970 cuja formação clássica consistia de João Ricardo
(vocais, violão e harmônica), Ney Matogrosso (vocais) e Gérson Conrad (vocais e violão). João havia criado o nome da
banda sozinho em 1970 até juntar-se com as diferentes formações nos anos
seguintes e prosseguir igualmente sozinho com o álbum Memória Velha (2000).
No começo, as
apresentações ousadas, acrescidas de um figurino e uma maquiagem extravagantes, fizeram a banda ganhar imensa
notoriedade e reconhecimento, sobretudo por canções como "O Vira", "Sangue Latino", "Assim Assado", "Rosa de Hiroshima", que misturam danças e canções do folclore português como o Vira com críticas à Ditadura Militar e a poesia de Cassiano Ricardo, Vinícius de Moraes, Oswald de Andrade, Fernando Pessoa, e João Apolinário, pai de João
Ricardo, com um rock pesado inédito no país, o que a fez se tornar um dos
maiores fenômenos musicais do Brasil da época e um dos mais aclamados pela
crítica nos dias de hoje.
Jurei mentiras e sigo sozinho, assumo
os pecados
Os ventos do norte não movem moinhos
E o que me resta é só um gemido
Minha vida, meus mortos, meus
caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa
Rompi tratados, traí os ritos
Quebrei a lança, lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa é não estar
vencido
Minha vida, meus mortos, meus
caminhos tortos,
Meu sangue latino, minha alma cativa.
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