ATIRE A
PRIMEIRA PEDRA
ATAULFO
ALVES
COMPOSITORES:
ATAULFO
ALVES & MARIO LAGO
PAÍS:
BRASIL
ÁLBUM:
GRAVADORA:
ODEON RECORDS
GÊNERO:
SAMBA
ANO: 1944
Ataulfo
Alves de Sousa(Miraí,
2 de maio
de 1909—Rio de Janeiro, 20 de abril
de 1969)
foi um compositor
e cantor
de samba
brasileiro,
um dos sete filhos de um violeiro, acordeonista e repentista
da Zona da Mata
chamado "Capitão" Severino.
Aos
oito anos de idade, já escrevia versos. Foi leiteiro,
condutor de bois,
carregador de malas, menino de recados, engraxate,
marceneiro
e lavrador,
ao mesmo tempo em que frequentava a escola. Aos dez anos, perdeu o pai. Sua
mãe, logo após, juntamente com os filhos, passou a morar no centro de Miraí.
Aos
dezoito anos, fixou residência no Rio de Janeiro, acompanhando um médico
para quem trabalhava dia e noite como ajudante de farmácia. Aos dezenove anos,
tocava violão,
cavaquinho
e bandolim.
Casou-se com Judite e o casal teve cinco filhos.
Aos
vinte anos, começou a compor e tornou-se diretor de harmonia de Fale Quem
Quiser, bloco organizado pelo pessoal do bairro.
Em
1933, Almirante gravou o samba Sexta-feira, sua
primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmen
Miranda gravou Tempo Perdido, garantindo sua entrada no mundo
artístico. Em 1958, apareceu no filme Meus Amores no Rio.
Sua
musicografia ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira. Intérpretes importantes,
como Clara Nunes
e os grupos Quarteto em Cy e MPB-4, fizeram versões de
suas músicas.
Faleceu
em decorrência do agravamento de uma úlcera,
após uma intervenção cirúrgica, no Rio de Janeiro, poucos dias antes de completar
60 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério do Catumbi, zona norte da
capital fluminense.
Atire
a Primeira Pedra é um samba de Ataulfo Alves e Mário Lago
de 1943.
A letra versa sobre o grande desejo de um homem de se reconciliar com a mulher
amada, a despeito do que os demais, e até a própria amada, pensem a respeito. O
título faz referência às palavras de Jesus Cristo
em João 8:7, e também já fora
usado para um filme estrelado por Marlene Dietrich e para
um programa radiofônico apresentado por Raimundo
Lopes.
Covarde sei que me
podem chamar
Porque não calo no
peito dessa dor
Atire a primeira
pedra, ai, ai, ai
Aquele que não sofreu
por amor
Eu sei que vão
censurar
O meu proceder
Eu sei, mulher,
Que você mesma vai
dizer
Que eu voltei pra me
humilhar
É, mas não faz mal
Você pode até sorrir
Perdão foi feito pra
gente pedir.
0 comentários:
Postar um comentário