CLAUSTROFOBIA
MARTINHO
DA VILLA
COMPOSITOR:
MARTINHO DA VILA
PAÍS:
BRASIL
ÁLBUM: ROSA
DO POVO
DRAVADORA:
RCA VICTOR
GÊNERO:
SAMBA
ANO: 1976
Martinho
José Ferreira, mais conhecido por Martinho da Vila, (Duas
Barras, 12 de fevereiro de 1938) é um cantor,
compositor,
escritor e músico brasileiro
Filho
de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, mudou-se para o Rio de Janeiro com
apenas quatro anos. Quando se tornou conhecido, voltou a Duas Barras para ser
homenageado pela prefeitura em uma festa, e descobriu que a fazenda onde havia
nascido estava à venda. Não hesitou em comprá-la e hoje é o lugar que chama de
"meu off-Rio". Cidadão carioca criado na Serra dos Pretos-Forros, a primeira
profissão foi como auxiliar de químico industrial, função aprendida no curso
intensivo do SENAI.
Mais tarde, serviu o Exército Brasileiro como sargento burocrata.
Nesta instituição ele começou na Escola de Instrução Especializada, tornando-se
escrevente e contador, profissões que abandonou em 1970, quando deu baixa
para se tornar cantor
profissional.
A
carreira artística surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu
com a música "Menina Moça". O sucesso veio no ano seguinte, na quarta
edição do mesmo festival, lançando a canção "Casa de Bamba", um dos
clássicos de Martinho. O primeiro álbum, lançado em 1969, intitulado Martinho
da Vila, já demonstrava a extensão de seu talento como compositor e músico,
incluindo, além de "Casa de Bamba", obras-primas como "O Pequeno
Burguês", "Quem é Do Mar Não Enjoa" e "Prá Que
Dinheiro" entre outras menos populares como "Brasil Mulato",
"Amor Pra que Nasceu" e "Tom Maior". Logo tornou-se um dos
mais respeitados artistas brasileiros além de um dos maiores vendedores de
disco no Brasil, sendo o segundo sambista a
ultrapassar a marca de um milhão de cópias com o CD Tá Delícia, Tá Gostoso lançado
em 1995 (o primeiro
foi Agepê,
que em 1984 vendeu
um milhão e meio de cópias com seu disco Mistura Brasileira). Destacam-se Zeca
Pagodinho, Simone
(CD Café com leite, um tributo a Martinho da Vila, 1996) e Alcione
como os maiores intérpretes.
A
celebração do 75º aniversário do cantor, bem como 45 anos de carreira, levou
Martinho a receber o segundo volume da série Sambabook em 2013, depois de João
Nogueira receber o original no ano anterior.
Embora
internacionalmente conhecido como sambista, com várias composições gravadas no
exterior, Martinho da Vila é um legítimo representante da MPB e compositor
eclético, tendo trabalhado com aspectos da cultura brasileira e criado músicas
dos mais variados ritmos brasileiros, tais como ciranda, frevo, samba
de roda, capoeira,
bossa
nova, calango, samba-enredo,
toada e sambas africanos. O espírito de pesquisador incansável, viaja desde o
disco O Canto das Lavadeiras, baseado na cultura brasileira, lançado em 1989, até o mais
recente trabalho Lusofonia, lançado no início de 2000, reunindo canções
de todos os países de língua portuguesa. Em setembro de 2000 concretizou, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
um dos projetos mais cultuados: a apresentação do Concerto Negro. Idealizado
por Martinho e pelo maestro Leonardo
Bruno, o espetáculo enfoca a participação da cultura negra na música
erudita. Para cuidar das diversas atividades, criou o Grupo Empresarial ZFM
abrindo as portas para sambistas com um selo musical e inaugurando sua própria
editora, com o primeiro romance Joana e Joanes.
Ah! Meu samba
Se tu és nosso é
nosso o samba
Se é nosso samba o
samba é nosso
Pra que prisões
dentro de ti?
Sai meu samba
Pois sei que tens
claustrofobia
É tua a noite, a
noite e o dia
Vá se espalhar pelo
país
Vai meu samba
Sem fadiga, estafa ou
stress
Não precisas de reza,
quermesse
Passaporte de padre
ou juiz
Já se abriu a janela
do mundo
E agora não podes
parar
Tu tens que
conquistar
Tu tens que encantar
E te fazer cantar
Com teu lararara
Com teu lararara
Com teu lararara
Com teu lararara.
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