LÁ VAI O BRASIL DESCENDO A LADEIRA
BABY DO BRASIL
COMPOSITOR: MORAES MOREIRA &
PEPEU GOMES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: PRA ENLOUQUECER
GRAVADORA: WARNER MUSIC BRASIL
GÊNERO: M. P. B.
ANO: 1979
Bernadete
Dinorah de Carvalho Cidade (Niterói, 18 de julho de 1952), mais
conhecida como Baby do Brasil e também como Baby Consuelo, é uma cantora,
compositora
e multi-instrumentista brasileira.
Nascida
em uma família de classe média alta de Niterói, é
filha do jurista
Luís Carlos Cidade e da jornalista Carmem Menna Barreto de Carvalho Cidade. Ainda
na infância
mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi criada. A artista sempre
foi interessada por música, e escrevia canções, queria fazer aulas de canto e
violão. Os pais se opuseram, queriam que seguisse uma carreira tradicional. Por
intermédio de parentes, aprendeu a tocar violão ainda na infância, chegando a vencer um
festival de música
de Niterói, aos 14 anos, no qual interpretou uma música do maestro Eduardo
Lages. Os conflitos com os pais se intensificaram no final da adolescência,
pois eram controladores e não aceitavam a escolha profissional da filha. Aos 17
anos, deixou uma carta aos pais e fugiu de casa. Decidiu ir para Salvador, onde
estava se expandindo o movimento rock no Brasil. Chegando lá, passou muitas necessidades, chegando a
dormir nas ruas. Começou a pedir para cantar em bares em troca de
comida, e isso agradou os comerciantes, pois cantava muito bem e viram seu
estabelecimento lotar. Por uma grande sorte, conheceu Luiz
Galvão, Paulinho Boca de Cantor e Moraes
Moreira, uma banda musical em início de carreira. Juntos, formaram a
icônica banda Novos Baianos, nesses mesmo ano de 1969, então, a jovem
iniciou sua carreira como cantora no grupo. Bernadete Dinorah precisava
escolher um nome artístico bem revolucionário, para combinar com
a banda, e optou por Baby Consuelo, em referência ao filme “Meteorango Kid”. Só
em 1994, ela trocou
de nome artístico e escolheu Baby do Brasil, mas até hoje é conhecida pelos
dois nomes.
Através
da banda, em 1969, Baby conheceu o guitarrista Pepeu
Gomes, que se tornou seu primeiro namorado. Com poucos meses de namoro,
foram morar juntos na casa dele, e no ano seguinte, em 1970, casaram-se
oficialmente em Salvador.
Com
um ano de formação, a banda Novos Baianos lançou, em 1970, seu primeiro
disco, É Ferro na Boneca, pela gravadora RGE Fermata. O trabalho musical
colocou a banda na mídia nacional. Pouco tempo depois, a banda se mudou para o
Rio de Janeiro, e se estabeleceram em um sítio do bairro
carioca de Jacarepaguá, laboratório para criação daquele que viria a
ser o LP de maior sucesso da banda, Acabou Chorare, eleito pela revista Rolling Stone Brasil como "o maior álbum
de música brasileira de todos os tempos". Baby e Pepeu permaneceram no
grupo até 1978, quando foi decidido que cada um iniciaria sua carreira solo.
O
primeiro álbum solo de Baby, O Que Vier Eu Traço, atinge grande
sucesso de mídia e de vendagem pela gravadora Warner Music. Seu primeiro grande
sucesso solo foi a canção Menino do Rio, de Caetano
Veloso, composta exclusivamente para Baby e tema da novela Água Viva da Rede Globo.
A música fez parte de seu segundo disco solo, Pra
Enlouquecer, novo campeão de vendas. Na capa, Baby aparece ao lado de
quatro de seus (futuros) seis filhos: 'Riroca (que viria a trocar seu nome para
Sarah
Sheeva), Zabelê, Nana Shara e Pedro Baby. Os quatro tornaram-se músicos, e
as três garotas viriam a formar a girl band SNZ. Baby ainda daria à
luz outros dois meninos: Krishna Baby (que aparece na contracapa do disco
que leva o nome da criança, de 1984) e Kriptus Baby (presente na capa do
álbum Sem Pecado e Sem Juízo, do ano seguinte).
Quem desce do morro
E não morre no
asfalto
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeira
Na bola, no samba
Na sola, no salto
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeira
Da sua escola é
passista
De primeira
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeira
No equilíbrio da lata
Não é brincadeira
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeira
E toda a cidade
Que andava quieta
Naquela madrugada
Acordou mais cedo
Arriscando um verso
Gritou o poeta
Respondeu o povo
Num samba sem medo
E enquanto a mulata
Em pleno movimento
Com tanta cadência
Descia a ladeira
A todos mostrava
Naquele momento
A força que tem
A mulher brasileira.
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