ORLANDO SILVA - LÁBIOS QUE BEIJEI

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LÁBIOS QUE BEIJEI

ORLANDO SILVA
COMPOSITORES: J. CASCATA & LEONEL AZEVEDO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: lábios que beijei/78rpm
GRAVADORA: rca victor
GÊNERO: valsa
ANO: 1937
 
         Orlando Silva, nome artístico de Orlando Garcia da Silva (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1915 — Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1798) foi um cantor brasileiro da primeira metade do século XX.
           Orlando Silva nasceu na rua General Clarindo, no bairro do Engenho de Dentro. Seu pai, José Celestino da Silva, era violonista e limador da Estrada de Ferro Central do Brasil e morreu quando Orlando tinha três anos de idade, vítima da gripe espanhola que assolava o país na época.
          Teve de abandonar os estudos cedo, mal tendo aprendido a ler, escrever e realizar as quatro operações da aritmética, para ajudar sua mãe, Dona Balbina, que era lavadeira. Trabalhou como entregador de marmitas, sapateiro, estafeta da Western (com o salário de 3,50 cruzeiros por dia), vendedor de tecidos e roupas, trocador de ônibus, operário de fábrica de cerâmica e entregador de encomendas da Casa Reunier. Em todos esses empregos, aproveitava os intervalos para cantar para os colegas (principalmente canções de Francisco Alves e Carlos Galhardo, seus ídolos).
          Numa manhã de agosto de 1932, ao saltar para um bonde em movimento na Praça da República, escorregou e caiu nos trilhos, tendo seu pé atingido pelo veículo. No hospital, onde demorou a ser atendido, teve os dedos do pé amputados, porém os médicos deixaram seus cortes abertos com base na suposição de que a sangria evitaria uma infecção. Permaneceu quase seis internado, tomando morfina para suportar as dores - mais tarde, ele desenvolveria um vício pela droga, o que consumiria uma considerável parte dos seus ganhos como cantor.

Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Numa noite de luar, assim
O mar na solidão bramia
E o vento a soluçar, pedia
Que fosses sincera para mim
 
Nada tu ouviste
E logo que partiste
Para os braços de outro amor
Eu fiquei chorando
Minha mágoa cantando
Sou estátua perenal da dor
 
Passo os dias soluçando com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus tem compaixão deste infeliz
Porque sofrer assim
Compadecei-vos dos meus ais
Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada
De chorar por teu amor
Lábios que beijei
Mãos que eu afaguei
Volta, dá lenitivo à minha dor.

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