BIDU SAYÃO - CANTO DA SAUDADE

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CANTO DA SAUDADE

BIDU SAYÃO
COMPOSITOR: ALBERTO COSTA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: O LUAR DA MINHA TERRA
GRAVADORA: VICTROLA
GÊNERO: ÓPERA
ANO: 1933
 
          Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, (Itaguaí, 11 de maio de 1902 — Rockport, Maine, 12 de março de 1999) foi uma célebre intérprete lírica brasileira. Considerada uma das maiores estrelas da ópera de todos os tempos, foi uma das maiores intérpretes do Brasil.
          Filha de Pedro Luiz de Oliveira Sayão e de Maria José da Costa Oliveira Sayão, Bidu Sayão começou estudando canto com Elena Theodorini, uma romena que então vivia no Brasil. Elena a levou para a Romênia, onde continuou seus estudos. Mais tarde, foi para Nice, na França, onde foi aluna de Jean de Reszke, um tenor polonês que a ajudou a consolidar sua técnica vocal. Bidu estreou em 1926 no Teatro Costanzi de Roma, no papel de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. Sua estreia no Metropolitan Opera House de Nova Iorque se deu em 1937 no papel de Manon na ópera de Massenet.
       Foi parte do elenco do Metropolitan durante muitos anos. Arturo Toscanini era seu admirador, referindo-se a ela como la piccola brasiliana (traduzido do italiano, significa "a pequena brasileira"). Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Roosevelt lhe ofereceu a cidadania estadunidense, mas ela recusou. De acordo com ela mesma, "no Brasil eu nasci e no Brasil morrerei". Entretanto, ela morreu de pneumonia nos Estados Unidos em 1999, antes de completar 97 anos, sem realizar um de seus desejos: rever a Baía de Guanabara.
Naquela tarde de inverno sombria
Ao te deixar, deixar pra sempre abandonada
N'alma eu senti, eu senti uma saudade fria
Mais que saudade e dor, mais que dor, ó bem amada!
 
Juventude, sonhos meus
Ilusões, crenças, amores
Sim a tudo, a tudo eu disse adeus
Eu disse adeus, adeus
Ao te deixar por entre flores
 
Ao te deixar, a tudo eu disse adeus
Crenças, amores, sonhos, sonhos meus
 
Eras tão pobre, modesta e tão pequena
Mas eras rica, rica de amor e de mocidade
Em teu regaço a vida, a vida era serena
Quanta lembrança! Oh sim, quanta, quanta saudade!
 
Juventude sonhos meus
Ilusões, crenças, amores
Sim a tudo eu disse adeus, adeus
Ao te deixar por entre flores!
 
Ao te deixar, a tudo eu disse adeus
Crenças amores, sonhos, sonhos meus
Adeus
Adeus
Sonhos, adeus!

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