JONATHAN SILVA & CEUMAR - SAMBA DA UTOPIA

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Samba da Utopia

JONATHAN SILVA & CEUMAR
COMPOSITORES: JONATHAN SILVA & CEUMAR
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: SAMBA DA UTOPIA
GRAVADORA: TRATORE
GÊNERO: SAMBA
ANO: 2018
 
    Completando 20 anos vivendo em São Paulo, Jonathan, nascido em Vitória, tem três discos gravados (“Benedito”, “Necessário” e “Precisa-se de compositor com experiência”).
       Compositor de talento, tem como uma de suas vertentes de trabalho fazer trilhas sonoras para peças de teatro, arte pela qual transita. Foi o caso do Samba da Utopia, composta especialmente para a peça Ledores do Breu, de Dinho Lima Flor, da Cia do Tijolo, da qual o músico também faz parte.
        "A peça é inspirada em Zé da Luz, Paulo Freire, construída toda em cima da palavra. Pedia uma música que tivesse como tema principal como mote, a palavra. Quando fiz o Samba da Utopia fiz para a peça, não imaginava que fosse desgarrar dela e virar uma música para a gente cantar na vida, no dia a dia”, conta sobre a canção que já foi compartilhada mais de 2 mil vezes em seu Facebook.
          Na gravação, Jonathan canta junto com Ceumar Coelho, acompanhado por músicos e um coro formado por nove pessoas. O videoclipe é dedicado à vereadora Marielle Franco e ao mestre de capoeira Moa do Katendê, ambos assassinados por defenderem suas ideias e pontos de vista.
          “Acho que o Samba da Utopia acabou virando um alento pros nossos corações. Estamos cansados desse discurso de ódio, de preconceito. A poesia é uma ferramenta pra encararmos esses tempos sombrios. Vou me armar de poesia até os dentes”, afirma. O videoclipe será lançado no dia 16 de novembro na Casa Teatro de Utopias, no bairro paulistano da Lapa.
          Chegado em São Paulo por questões amorosas, o compositor diz que acabou aceitando o desafio de mostrar sua música e poesia em terras paulistanas, mas sem deixar o amor por sua cidade Vitória e o Espírito Santo. Na capital paulista, participa do grupo Gabiroba, que toca e canta o Congo Capixaba. “Se eu não cantar o Congo, eu não  aguento a loucura , a correria de São Paulo”.
Se o mundo ficar pesado
Eu vou pedir emprestado
A palavra poesia
 
Se o mundo emburrecer
Eu vou rezar pra chover
Palavra sabedoria
 
Se o mundo andar pra trás
Vou escrever num cartaz
A palavra rebeldia
 
Se a gente desanimar
Eu vou colher no pomar
A palavra teimosia
 
Se acontecer afinal
De entrar em nosso quintal
A palavra tirania
 
Pegue o tambor e o ganzá
Vamos pra rua gritar
A palavra utopia.

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