LEILA PINHEIRO - UMA VOZ NO VENTO

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UMA VOZ NO VENTO

LEILA PINHEIRO
COMPOSITOR: MARCUS VIANNA
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: A CASA DAS SETE MULHERES
GRAVADORA: SOM LIVRE
GÊNERO: M. P. B.
ANO: 2003
 
             Leila Toscano Pinheiro (Belém, 16 de outubro de 1960) é uma cantora, compositora e pianista brasileira.
           Leila iniciou-se no estudo de piano aos dez anos, no Instituto de Iniciação Musical. Em 1974, desistiu das aulas teóricas de música e passou a estudar piano com um conterrâneo, Guilherme Coutinho, músico de talento e presença importante no cenário musical de Belém.
          Em 1980, ela abandonou - no segundo ano - o curso de medicina e em outubro, estreou o primeiro espetáculo, Sinal de Partida (realizado no Theatro da Paz, em Belém), como cantora profissional. Em 1981, mudou-se para o Rio de Janeiro onde gravou o primeiro LP, o independente Leila Pinheiro, produzido por Raimundo Bittencourt. Excursionou com o Zimbo Trio em 1984, realizando uma série de espetáculos pelo exterior, mas o sucesso veio na verdade quando ganhou o prêmio de cantora-revelação no Festival dos Festivais (TV Globo, 1985), onde interpretou a canção Verde, que foi classificada em terceiro lugar consecutivo e foi o primeiro sucesso radiofônico.
           A convite do então diretor artístico Roberto Menescal, assinou contrato com a gravadora Polygram (atualmente Universal Music). O disco que marca a estreia nessa gravadora é Olho Nu, que lhe garantiu representar o Brasil no Festival Mundial Yamaha. O álbum, muito elogiado pela crítica especializada, obteve vendagem significativa. No ano seguinte, recebeu da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD) o Troféu Villa-Lobos, como revelação feminina.
       Colecionando muitos prêmios, a partir daí prosseguiu com mais dois discos: Alma e, principalmente, Bênção Bossa Nova. Este último foi lançado em comemoração aos trinta anos de bossa nova no Brasil. Produzido por Roberto Menescal para o mercado japonês, o disco vendeu duzentas mil cópias - marca jamais atingida por um disco desse gênero de música até então. A partir daí Leila passou a ser conhecida como cantora de bossa nova, rótulo este que seria reforçado com o lançamento do disco Isso é Bossa Nova (1994), que marcou a estreia na gravadora EMI e foi o último a ter versão em vinil. Nessa gravadora, também lançou Catavento e Girassol, um tributo aos cantores e compositores Guinga e Aldir Blanc, Na Ponta da Língua (1998), que trouxe canções inéditas de compositores novatos, e Reencontro (2000), um tributo aos cantores e compositores Ivan Lins e Gonzaguinha.
         No final dos anos 90 fez espetáculos com o parceiro e amigo Ivan Lins nos Estados Unidos e ainda um tributo a Tom Jobim realizado na casa de espetáculos nova-iorquina Carnegie Hall. Também participou de outros projetos especiais, tais como Tributo a Tom Jobim (Som Livre) e Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime. Em 1998 participou do Festival Brazilfest, ao lado de Bebel Gilberto, Patricia Marx, Carol Saboya e do grupo de câmara Quinteto d'Ellas, projeto que foi idealizado na concha acústica de uma casa de espetáculos nova-iorquina, Damrosch Park, Lincoln Center de Nova Iorque (Estados Unidos).
           Em 2001 retornou à antiga gravadora, pela qual lançou o CD Mais coisas do Brasil, o primeiro ao vivo da carreira, que também rendeu o primeiro DVD. O repertório trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas. Transferiu-se para a independente Biscoito Fino em 2004, onde gravou o CD Nos horizontes do mundo (2005), cujo título provisório era Hoje - que deu título ao álbum lançado por Gal Costa. O sucesso do álbum acabou por gerar o espetáculo homônimo, de onde veio o trabalho mais recente da carreira: Nos horizontes do mundo - ao vivo. Entre os méritos, este conta ser o segundo disco ao vivo e DVD da cantora, após Mais coisas do Brasil.
Uma voz no vento
Chama azul do dia
Doce perfume, canção
Uma voz no tempo
Resiste na noite
E as lágrimas fogem de ti
Uma voz no vento
Uma voz me chama
Brisa de amor, doce coração
Uma voz no tempo
Carinho na alma
E as lágrimas fogem de ti
 
Se quem chegou, partiu
Se quem virá, já foi
Só pra quem fica os dias são todos iguais
Mil sonhos pra enterrar
Ventos e vendavais
Corpo e alma afetam
Se os anos pesam demais no coração
 
E as lágrimas fogem de ti
E lágrimas fogem de mim
E um rio se forma de nós.

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