EU TAMBÉM QUERO
BEIJAR
A FLOR DO MARACUJÁ
CIDADE NEGRA
POESIA: CATULO DA
PAIXÃO CEARENSE
COMPOSITORES: FAUSTO NILO; MORAES MOREIRA &
PEPEU GOMES
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: HITS - CIDADE NEGRA
GRAVADORA: UNIVERSAL
GÊNERO: REGGAE
ANO: 2001
Cidade
Negra é
uma banda brasileira, originalmente de reggae, com outras influências, como soul e
o pop rock. Formado por Toni Garrido
(vocal), Bino Farias (baixo) e Lazão (bateria) o grupo surgiu na cidade de Belford Roxo, no Rio de Janeiro em 1986.
Suas letras falam de amor e problemas sociais.
Encontrando-me
com um sertanejo,
Perto
de um pé de maracujá,
Eu
lhe perguntei:
Diga-me
caro sertanejo,
Porque
razão nasce branca e roxa,
A
flor do maracujá?
Ah,
pois então eu lhi conto,
A
estória que ouvi contá,
A
razão pro que nasci branca i roxa,
A
frô do maracujá.
Maracujá
já foi branco,
Eu
posso inté lhe ajurá,
Mais
branco qui caridadi,
Mais
brando do que o luá.
Quando
a frô brotava nele,
Lá
pros cunfim do sertão,
Maracujá
parecia,
Um
ninho de argodão.
Mais
um dia, há muito tempo,
Num
meis que inté num mi alembro,
Si
foi maio, si foi junho,
Si
foi janeiro ou dezembro.
Nosso
sinhô Jesus Cristo,
Foi
condenado a morrê,
Numa
cruis crucificado,
Longe
daqui como o quê,
Pregaro
cristo a martelo,
E ao
vê tamanha crueza,
A
natureza inteirinha,
Pois-se
a chorá di tristeza.
Chorava
us campu,
As
foia, as ribeira,
Sabiá
tamém chorava,
Nos
gaio a laranjera,
E
havia junto da cruis,
Um
pé de maracujá,
Carregadinho
de frô,
Aos
pé de nosso sinhô.
I o
sangue de Jesus Cristo,
Sangui
pisado de dô,
Nus
pé du maracujá,
Tingia
todas as frô,
Eis
aqui seu moço,
A
estória que eu vi contá,
A
razão proque nasce branca i roxa,
A
frô do maracujá
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