FEITO MISTÉRIO
BOCA LIVRE
COMPOSITOR: CACASO
PAÍS: BRASIL
ÁLBUM: BOCA LIVRE/LP
GRAVADORA: SONO-VISO DO BRASIL
GÊNERO: M.P.B.
ANO:1979
Boca Livre é o primeiro LP do grupo vocal Boca Livre
gravado e mixado no estúdio da Sono-Viso do Brasil, Rio de Janeiro-RJ, no
período entre julho a agosto de 1979. Adaptação para CD, a partir do projeto
original do LP, realizada digitalmente, posteriormente, por Zé Nogueira.
Boca Livre é um grupo musical
brasileiro
de MPB,
cujo primeiro disco
foi lançado independentemente em 1979.
Com seu estilo refinado, o Boca Livre se destaca por suas
composições e também pelas versões de músicas
de outros compositores. Seus arranjos instrumentais e, principalmente, vocais
fogem da métrica convencional utilizada por outros
grupos, através do uso de acordes vocais dissonantes e revezamentos nos solos.
Fizeram turnês nos EUA e na Europa e parcerias com nomes como Milton
Nascimento, Edu Lobo e Tom Jobim. Seu estilo já foi comparado ao grupo
francês Gipsy Kings,
embora Maurício Maestro, único membro original que nunca deixou o grupo, diga
que o grupo também tem influência de bossa nova.
(...)Em 2006, voltou a atuar com sua formação clássica,
integrada por Zé Renato, David Tygel, Lourenço Baeta e Maurício Maestro. Nesse
ano, apresentou-se no Teatro Rival BR e no Canecão, no Rio de Janeiro. No
repertório, "Trenzinho caipira” (Villa-Lobos e Ferreira Gullar),
"Correnteza” (Tom Jobim e Luiz Bonfá), "Feito mistério” (Lourenço
Baeta e Cacaso), "Caxangá” (Milton Nascimento e Fernando Brant),
"Caravana” (Alceu Valença e Geraldo Azevedo), “Dança do ouro” (Lourenço
Baeta e Zé Renato), “Al Outro Lado Del Rio” (Jorge Drexler), “Fazenda” (Nelson
Angelo), "Mistérios” (Maurício Maestro e Joyce), "Eleonor Rigby”
(Lennon e McCartney), "Não é céu” (Vitor Ramil), "Quando ela fala”
(Carlos Lyra, sobre poema de Machado de Assis), "The first circle” (Lyle
Mays e Pat Metheny), "“Desenredo” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro),
"Bicicleta” (Zé Renato), "Eu no futuro” (Lula Queiroga e Lulu
Oliveira) e "Panis et circensis” (Caetano Veloso e Gilberto Gil),
"Toada” (Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho) e “Quem tem a viola” (Zé
Renato, Claudio Nucci, Xico Chaves e Juca Filho), "Valsa de uma cidade”
(Ismael Netto e Antônio Maria), “Diana” (Toninho Horta e Fernando Brant) e
“Ponta de areia” (Milton Nascimento e Fernando Brant). O espetáculo apresentado
no Teatro Rival BR contou com uma banda formada por João Carlos Coutinho
(piano), Márcio Bahia (bateria), Marcelo Bernardes (sax e flauta) e Iura
Ranevsky (violoncelo). No espetáculo do Canecão, Marcos Nimrichter assumiu o
piano e o acordeom. O show contou ainda com a participação do ator Paulo José,
que também assinou o roteiro.
Lançou, em 2007 o CD e o DVD "Boca Livre e ao
vivo", em show no Canecão (RJ), com a participação de Roberta Sá,
Rodrigo Maranhão, Renato Brás, Fred Martins e
Marcelo Mariano, além do grupo MPB-4.
Em 2008, foi contemplado com o Prêmio Tim de Música, na
categoria Melhor Grupo/MPB, pelo disco “Boca Livre ao vivo”.
Em 2013, lançaram o disco Amizade, que no ano seguinte
rendeu-lhes a categoria banda de MPB do Prêmio da Música Brasileira. Em 2016, com
o apoio financeiro do cantor panamenho Rubén Blades,
gravaram um disco com canções do repertório de Blades, e atraíram atenção
inusitada ao ver a Polícia Federal batizar uma ação como Operação Boca Livre.
Então
Senti que o resumo
É de cada um
Que todo rumo
Deságua
Em lugar comum
Então eu monto num cavalo
Que me leva a Teerã
E não me perco jamais
Quando desespero
Vejo muito mais
Essa canção
Me rói feito um mistério
Essa tristeza dói
Meu fingimento é sério
Como aéreo
É sempre todo amor.
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