CORAÇÃO
IMPRUDENTE
PAULINHO
DA VIOLA
COMPOSITOR:
PAULINHO DA VIOLA
PAÍS:
BRASIL
ÁLBUM: A
DANÇA DA SOLIDÃO
GRAVADORA:
EMI RECORDS
GÊNERO: SAMBA
ANO: 1972
A Dança da Solidão é o quinto álbum de estúdio do sambista carioca
Paulinho da Viola, lançado em 1972
Paulo César Batista de Faria, mais conhecido como Paulinho
da Viola, (Rio de Janeiro, 12 de
novembro de 1942)
é um violonista,
cavaquinista,
bandolinista,
cantor
e compositor
de samba
e choro
brasileiro,
conhecido por suas harmonias sofisticadas e sua voz suave e gentil.
Ainda em 1963, Hermínio levou Paulinho para conhecer o Zicartola,
bar e restaurante fundado por Cartola e a Dona Zica na Rua da Carioca que se
convertera em um reduto de sambistas, chorões artistas, intelectuais e
jornalistas. Quando aparecia por lá, o jovem Paulinho acompanhava, no
cavaquinho ou no violão, compositores e intérpretes e também se apresentando
cantando músicas de outros autores e, após fazer um show com o compositor Zé
Ketti, foi incentivado pelo mesmo a cantar suas próprias músicas no Zicartola.
No ano seguinte, após ter acompanhado o cantor Ciro Monteiro
em uma canja no Zicartola, decidiu abandonar seu posto de bancário para se
dedicar exclusivamente à música. Também em 1964, seu primo Oscar
Bigode, que era diretor de bateria da Portela,
o convenceu a se mudar de escola de samba e o apresentou para a ala de
compositores da agremiação de Oswaldo Cruz, onde
Paulinho mostrou a primeira parte de um samba que fazia e que Casquinha, um dos compositores
portelenses, havia gostado e completado com a segunda parte, criando-se assim "Recado".
Já em 1965, participou do musical
"Rosa de Ouro", montado por Kléber Santos e Hermínio Bello de
Carvalho, que marcou o retorno de Araci Cortes
e lançou Clementina de Jesus, e que culminaram na
gravação do LP Rosa De Ouro Vol.1, pela Odeon.
Ainda naquele ano, o nome de Paulinho da Viola apareceu no LP Roda de Samba, da
Musidisc. Essa gravadora, a mesma onde Paulinho estava registrando seus sambas,
pediu para Zé Ketti organizar o conjunto A Voz do
Morro, composto por integrantes do conjunto Rosa de Ouro-Anescar do
Salgueiro, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Nelson
Sargento e Paulinho - e acrescidos de Oscar Bigode, Zé Cruz e o
próprio Ketti. No processo de finalização desse álbum, um funcionário da
Musidic não gostou do nome “Paulo César” e, tendo conhecimento da anedota, o
jornalista Sérgio Cabral e Zé Ketti bolaram o nome
artístico Paulinho da Viola. Nesse primeiro disco, aparecem as composições "Coração
vulgar", "Conversa de malandro" e "Jurar com lágrimas".
No início de carreira Paulinho foi parceiro de nomes
ilustres do samba
carioca, como Cartola, Elton
Medeiros e Candeia, entre outros. Destaca-se como
cantor e compositor de samba, mas também compõe choros e é tido como um
dos mais talentosos representantes da chamada Música Popular Brasileira.
Torcedor do Vasco da Gama, participou do show
comemorativo dos 113 anos do clube, onde apresentou as músicas "Coração
Leviano" e "Foi um Rio que Passou em Minha Vida".
O quê que pode fazer
Um coração machucado
Senão cair no chorinho
Bater devagarinho p’ra não ser notado
E depois de ter chorado
Retirar de mansinho
De todo amor o espinho
Profundamente deixado
O que pode fazer
Um coração imprudente
Se não fugir um pouquinho
De seu bater descuidado
E depois de cair no chorinho
Sofrer de novo o espinho
Deixar doer novamente.
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