TERESA TAPADAS - FADO MALHOA

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FADO MALHOA
TERESA TAPADAS
COMPOSITORES: Frederico Val & José Galhardo
PAÍS: PORTUGAL
ÁLBUM: TRAÇOS DE FADO
GRAVADORA: IPLAY, SOM E IMAGEM LTDA.
GÊNERO: FADO
ANO: 2012

Os olhos de Teresa Tapadas são mais do que o espelho da alma. São reflexos da voz. Olhos claros, cristalinos, magnéticos, cheios de luz como quando canta o Fado que lhe vai na alma.
Teresa Tapadas não é mais um caso clássico de alguém que, no berço, já sonhava ser fadista. Quis ser hospedeira de bordo, fez um Curso Superior de Gestão, cantou no Coral da Igreja, fez parte do Rancho Folcórico de Riachos, no Ribatejo, onde ainda hoje vive. Mas aos poucos, levada por uma “fadistice” aqui outra ali, o Fado havia de ganhar terreno até traçar o rumo da sua vida.
Em 1997, com 20 anos, teve o primeiro encontro com os grandes palcos. Pela mão de Ricardo Pais e Mário Laginha participa em “Raízes Rurais, Paixões Urbanas”, e actua no Teatro S.João, no Porto, na Cité de La Musique, em Paris, e no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Nos anos seguintes passa pela Expo98, integrando o elenco das Noites Ribatejanas, a convite de António Pinto Basto apresenta-se em Portugal Continental, nos Açores, na Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, actua no Peru e nos EUA. Em 2000 participa na Homenagem a Amália Rodrigues, promovida pela TVI no Coliseu do Porto e no espectáculo de Boas Vindas ao Papa João Paulo II, em Fátima. A convite de João Braga integra o projecto Land of Fado e canta no NJPAC, prestigiada sala de Newark. Ainda nesse ano há-de voltar aos EUA para uma digressão na Califórnia com o espectáculo Noites de Fado, estreado em Lisboa. O público começa a conhecê-la melhor, a crítica reconhece-lhe o talento e a culminar esse ano a Casa da Imprensa e o Jornal de Notícias premeiam-na como “Voz Revelação do Fado”.

Alguém que Deus já lá tem
Pintor consagrado,
Que foi bem grande
E nos fez já ser do passado,
Pintou numa tela
Com arte e com vida
A trova mais bela
Da terra mais querida.

Subiu a um quarto que viu
A luz do petróleo
E fez o mais português
Dos quadros a óleo
Um Zé de Samarra
Com a amante a seu lado
Com os dedos agarra
Percorre a guitarra
E ali vê-se o fado.

Dali vos digo que ouvi
A voz que se esmera
Dançando o Faia banal
Cantando a Severa
Aquilo é bairrista
Aquilo é Lisboa
Aquilo é fadista
Aquilo é de artista

E aquilo é Malhoa.

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